A
seca também se faz sentir em França, a actual disponibilidade de recursos
hídricos em território gaulês é 14% menor do que há 10 anos e alguns estudos indicam
que o volume de água nos rios e nos lençóis freáticos do país deverá cair mais
30 ou 40% até ao ano de 2050. Em Blanquefort e nos seus arredores, no
departamento de Gironde, no sudoeste da França, desde sábado, dia 08 de julho
deste ano, é proibido tomar banho, pescar, caçar e consumir ou vender peixe e
caça da região. A decisão foi tomada pela prefeitura após a morte de dois cães
que haviam tomado banho num rio. A população de Blanquefort e dos municípios
vizinhos teme pela qualidade da água dos seus rios desde o sucedido com os
cães, suspeitando as autoridades de Gironde estarem relacionadas com a presença
de cianobactérias, também conhecidas por “algas azuis”, que são tóxicas para
pessoas e animais.
Diante do perigo para a saúde pública, as autoridades locais não hesitaram em tomar medidas drásticas em Blanquefort, Saint-Médard-en-Jalles, Le Haillan, Le Taillan-Médoc e Eysines (Gironde). Desde o passado que várias proibições passaram a vigorar, estando entre elas os banhos nos rios, pesca e o seu consumo, a venda ou compra de peixes de determinados rios daquele sector. É também proibido caçar naquela zona e comer ou comercializar caça abatida no local. Estas medidas extremas serão abandonadas “assim que for constatado não existirem mais riscos para a saúde pública”, afirmou a prefeitura departamental.
O
objectivo passa também por proteger os cães de caça e garantir que nenhuma
bactéria perigosa contamine a cadeia alimentar. Entretanto, análises adicionais
deverão ser realizadas para determinar com maior exactidão a importância do
perigo para pessoas e animais. Os dois cães, cuja morte levou as autoridades de
saúde a reagir tão rapidamente, perderam a vida logo após entrarem em contacto
com a água dos “jalles que fazem fronteira com o parque Majolan, na cidade de
Blanquefort”, conforme fizeram saber as autoridades locais.
No verão, com as temperaturas mais altas, com o menor caudal das águas de rios e com o aumento das águas paradas, o surgimento de cianobactérias acontece com maior frequência, muito embora elas também possam aparecer nas águas do mar. Em abono da vida, saúde e bem-estar do seu cão, face à possibilidade da existência de cianobactérias, não o deixe beber e banhar-se em ribeiros, lagoas e águas paradas. Ao invés, carregue na sua mochila de caminhada binomial água suficiente para saciar a sede do animal, tendo o cuidado de a transportar dentro de sacos ou garrafas isotérmicas para que não seja servida como chá.
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