A TRELA DE SUSPENSÃO é
um acessório de grande utilidade que não se presta a donos com um peso igual ou
inferior ao do cão que conduzem, porque obviamente acabarão travados ou
rebocados contra sua vontade. Usa-se a trela de suspensão sempre que se procura
um “junto” irrepreensível e importa libertar as mãos dos condutores para outras
tarefas (como um kit de mãos livres). Na procura das suas vantagens, tanto pode
ser usado no espaço doméstico como na escola e nas saídas ao exterior. O seu
uso excepcional reporta-se às seguintes situações: 1 _ Quando urge instalar o “junto”
para além da concentração e destreza técnica dos condutores; 2 _ Como protocolo
de segurança na sociabilização de cães agressivos com donos invariavelmente
distraídos; 3 _ Nas aulas colectivas e
nos trabalhos de grupo onde a obediência é primordial como garante da boa ordem;
4 _ Nos condutores que já nasceram sem braços ou que se viram privados deles
por desastre ou amputação, sem próteses ou incapazes de as usar de modo
conveniente; 5 – Em todo e em qualquer ambiente onde a saúde e o bem-estar dos
animais estejam em risco (iscas envenenadas, perante a aproximação de solos
lesivos ou corrosivos, em zonas de muito tráfego e nos locais de possíveis
armadilhas para animais selvagens), assim como nas áreas e circunstâncias favoráveis
ao despoletar dos seus mecanismos de agressividade; 6 _ Como meio para agilizar
o processo de reeducação canino e 7 _ Como subsídio para melhor recompensar os
cães pela libertação das mãos dos condutores e fixar naturalmente a sua atenção
na pessoa dos seus donos.
Como
a trela de suspensão é um acessório corrector, a adaptação de donos e cães não
é automática, pelo que carecem ambos de se familiarizar com o acessório. A melhor
forma de o fazer é através da prática dos diversos exercícios que possibilita,
alcançando-se assim mais facilmente o seu uso. Como se antevê, a trela de
suspensão, depois de aceite pelos animais, é óptima para os donos que adoram
correr com os seus cães, mantendo-os a seu lado e economizando-lhes esforço.
Alheio
a tudo isto e a fazer o que mais gosta, o pequeno Ozzy divertia-se a saltar
trotinetas fora de serviço, desafiando simultaneamente a sua dona para uns
breves passinhos de corrida. O pequeno Yorkshire deu pela falta do CPA Bohr,
uma vez que o Dobby não lhe inspira confiança.
Para
além do que já dissemos acerca da trela de suspensão, ela é também um precioso
subsídio de ensino para os donos, nomeadamente nos pequenos saltos, porque se o
dono não se adiantar, o cão não poderá saltar.
Este
simples acessório de ensino não é para ser usado de modo coercivo, mas
constituir-se num elo de ligação entre donos e cães – servir de pretexto à sua
cumplicidade. Na foto abaixo, a corroborar o que acabei de dizer, é possível
avaliar o estado anímico vivido pelo CPA Dobby quando entregue ao trabalho da trela
de suspensão.
Com o rio ali tão perto de vento em popa, o Ozzy continuava a saltar alegre como se tivesse pilhas Duracell. Agora que aprendeu a saltar e lhe tomou o gosto, juntando o útil ao agradável, ainda mais porque se tem portado muito bem, o Yorkshire aproveita a onda e salta amiudadas vezes para o colo da sua dona. Como pesa pouco, o incómodo não é grande, pois é bem mais pequeno que alguns ursinhos de peluche).
Engana-se
quem pensar que o Ozzy é uma mera bola saltitona peluda, porque na obediência
está a ser tão bom quanto os melhores, o que não deixa de uma gracinha,
deixando estupefactos os transeuntes que observam o seu acerto, na foto
seguinte vemo-lo a executar o “deita” com os olhos postos nas indicações da
dona, como manda o figurino.
A
trela de suspensão, cujo comprimento é regulável, deverá ser regulada para
possibilitar o “deita” dos cães. Na foto abaixo podemos observar o CPA Dobby a
executar a mesma figura de obediência mediante a linguagem gestual,
destacando-se a correcta postura da dona. Para além da eventual necessidade de
progressões silenciosas e da obediência à distância, a linguagem gestual induz
os cães a olhar para os donos, evitando assim que “falem para o boneco!”
O Dobby adaptou-se ao acessório, o cinto da Maria não cedeu, o Ozzy adorou o treino, a Margarida lá deu umas corridinhas e só voltará amanhã com o seu gracioso Yorkshire, que já o sinto também meu e seu pai pedagógico.
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