Felizmente
que o Brasil é uma terra de oportunidades para todos, inclusive para os cães,
apesar de haver brasileiros que a sentem como madrasta. Mani, um cão vira-lata
(mestiço) com 4 anos de idade, foi adoptado por polícias na cidade brasileira
de São João dos Campos, após ser encontrado no local de um crime. Hoje ele é o
único k-9 no Brasil e primeiro na América Latina treinado para detectar sangue
humano, tendo já participado em 30 investigações de homicídio. Desde os seus
tempos de abandono pelas ruas de São José dos Campos, no sul do Brasil, que se
percebeu que este rafeiro tinha um óptimo faro.
Desde
que se formou na Unidade K-9 da Polícia Civil, Manioca, ou Mami, como é
carinhosamente chamado, tornou-se um membro importante da brigada de homicídios
– o primeiro cão da América Latina a rastrear sangue humano. Adoptado desde
cachorrinho, o Mani foi imediatamente adoptado pelo seu treinador, o polícia
João Oliveira. Desde que ingressou naquela força policial, em 2020, este cão
participou em 30 investigações nas quais os peritos forenses não conseguiram
detectar sangue humano. “'Ele optimiza os nossos recursos, é eficaz na detecção
de sangue, ajuda-nos muito na continuidade da investigação, na identificação do
autor do crime e nas prisões posteriores', disse o chefe da Polícia Civil,
Neimar Camarco, ao Jornal Hoje.
A
união com Maní não poderia ter acontecido em melhor altura para a polícia de
São José dos Campos, que já se encontrava nos estágios iniciais de
desenvolvimento de um programa de treino para cães de detecção de sangue humano
em cenas de crime no Vale do Paraíba. Oliveria começou a preparar Maní para sua
nova vida, apesar de ser como o único cão vadio da unidade K-9 em 2019 e
relembrou que foi interrogado por uma dupla de polícias que o surpreendeu a
enterrar uma amostra de sangue no solo durante um treino. Eles não ficaram nada
convencidos quando ele explicou que estava a treinar o cão para trabalhar com
detectives de homicídios e policiais forenses e ainda não ficaram satisfeitos
quando ele chamou o cão para encontrar o sangue. Foi necessário algum
convencimento adicional na delegacia de polícia local para garantir aos
comandantes que Maní estava a caminho de se tornar um componente crítico de
futuras investigações criminais.
Ao tornar-se um membro activo da polícia científica, Mani está abrir as portas para outros rafeiros como ele em todo o mundo, a mostrar que as suas mais-valias excedem em muito as dos comuns cães de companhia, que os cães de abrigo e sem raça têm muito para dar, o que só espanta a quem nunca trabalhou com eles! A polícia de São José dos Campos, o mestre do cão e o próprio Mani estão todos de parabéns e, quando assim é, o povo tem mais razões para confiar nas autoridades e na justiça.
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