quinta-feira, 27 de julho de 2023

UMA JANELA VIRADA PARA O MAR

 

Quando decidi editar a reportagem fotográfica dos trabalhos de ontem reparei na foto acima e lembrei-me imediatamente de uma canção que ouvi na rádio amiudadas vezes durante a minha mocidade: “ AQUELA JANELA VIRADA PRÒ MAR”, cantada por Tristão da Silva, que apesar da sua popularidade não era um salazarista. Hoje os jovens só conhecem esta canção pela interpretação do António Zambujo, que eu não desgosto, mas que penso não ter vindo acrescentar nada (vale a pena comparar as duas interpretações para que cada um tire as suas conclusões). De costas para o mar, foi pedido aos dois cães que permanecessem sentados e quietos sobre uns cubos de pedra com 50cm de lado, com as donas sentadas na sua frente. Nenhum dos animais temeu o movimento da maré, muito embora o pequeno Ozzy preferisse estar ao lado da sua dona.

Sentindo-se desconfortável, o Yorkshire obrigou a sua dona a diminuir a distância entre eles para que pudesse ficar “quieto”, o que impediu a Margarida de se sentar confortavelmente e a permanecer tal qual estatura virada ao mar, na frente do irrequieto Terrier.

Para não fragilizar os animais face ao que lhes havia exigido antes e devolver-lhes a moral (confiança), optei por uma progressão circular colectiva, que ao ser elevada promovia a sua ascensão social sem contudo pôr em causa a liderança das senhoras.

Valendo-me de uma rampa de skate, no intuito de melhorar a capacidade de impulsão e os seus ritmos vitais, convidei Ozzy a subi-la, encargo que o Yorkshire aceitou feliz sem nunca perder o embalo. Como este Yorkshire é um verdadeiro míssil, não de guerra mas de amor e paz, somos por vezes obrigados a captá-lo em "Slow Motion".

Não temos fotos de todas as actividades que desenvolvemos ontem, porque quando o Paulo Jorge não está presente, sou também obrigado a desdobrar-me em fotógrafo, o que não me dá grande margem de erro face à distracção da Maria e ao carácter subversivo do seu cão, que mostram agora progressos significativos. Ontem, como se diz na gíria, “não houve pão para malucos” e o treino decorreu sem qualquer percalço, com o Dobby encostado à perna esquerda da dona pelo contributo da Trela de Suspensão.

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