terça-feira, 18 de julho de 2023

ASSIM VAI A CINOTECNIA JAPONESA

 

Parece quase impossível como é o Japão ousou desafiar o gigante americano na II GUERRA MUNDIAL, mas quem conhece os japoneses nada estranha, porque eles são verdadeiramente notáveis naquilo que fazem, ousados para alcançarem aquilo que pretendem e extraordinariamente resilientes quanto ligados a um objectivo maior. Eles não têm só os olhos em bico, eles põem os olhos em bico a todos aqueles que do alto da sua soberba os desdenham! A Prefeitura de Gunma, localizada a noroeste da região de Kantō, na ilha Honshu, está a investir 124 milhões de ienes (873.000 dólares americanos) num projeto para treinar cães que podem farejar problemas de saúde como o cancro em humanos. O governo da província planeia estender o apoio a médicos e cientistas que se dedicam a essas pesquisas durante três anos a partir do ano fiscal de 2023. Embora vários estudos sobre cães de detecção de cancro tenham sido realizados em todo o mundo, as pesquisas nunca foram postas em prática e Gunma pretende ser a primeira a fazê-lo.

De acordo com o governo da província, cães de detecção de doenças, a trabalhar como farejadores de drogas, podem determinar se as pessoas estão doentes com base no cheiro do ar exalado e/ou da urina. A iniciativa na província de Gunma faz parte do esforço do governador Ichita Yamamoto (na foto seguinte) de criar uma “sociedade para viver melhor com animais de estimação”. “Fomos informados (por um painel de especialistas organizado pela prefeitura) que criar um ambiente onde os cães de detecção e outros animais de estimação possam atingir seu potencial, ajudará a promover a nossa simbiose”, disse Yamamoto. A prefeitura está a solicitar propostas de pesquisa de todo o país, querendo especificamente um estudo acerca do modo como os cães conseguem detectar o cancro e outro sobre como encontrar sintomas de COVID-19, doença de Parkinson e outras doenças.

Um máximo de 30 milhões de ienes será entregue para cada projecto. A compra e a alimentação dos cães para a pesquisa serão cobertos pelos recursos do orçamento. As inscrições foram aceites até ao dia 14 de julho. Os pesquisadores estudarão amostras de doenças fornecidas por institutos médicos. A prefeitura espera treinar dois cães da raça Labrador Retriever e outras raças conhecidas pelos seus altos níveis de concentração. Pesquisas sobre esses cães foram realizadas na Finlândia e na Grã-Bretanha. No Japão, a cidade de Kaneyama, na província de Yamagata, financiou um programa semelhante nos anos fiscais de 2017 e 2018.

No ano passado, Yamamoto visitou a Finlândia para observar um teste de verificação de cães farejadores de doenças no aeroporto de Helsínquia, tentando identificar os infectados com o novo coronavírus. “Pessoas e animais de estimação poderão coexistir num sentido muito mais amplo com o programa detector”, disse Yamamoto. “Faremos pleno uso das habilidades dos cães pelo bem da humanidade.” Questionado sobre como pôde o governo local justificar tão elevada quantia, Yamamoto  referiu o estúdio de transmissão Tsulunos dentro do prédio de escritórios da prefeitura e o espaço de trabalho comunitário público-privado Netsugen para empresários: “Estas instalações foram criticadas na época da sua introdução, mas actualmente estão a operar a 100% da capacidade (…) Devemos correr riscos sempre que começamos algo novo.” A cinotecnia japonesa vai bem e recomenda-se – tem um futuro auspicioso!

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