segunda-feira, 17 de julho de 2023

PORQUE NÃO SE ARRISCOU A MORRER SOZINHO?

 

Um australiano de 51 anos de idade, Tim Shaddock, a bordo do seu catamarã, decidiu atravessar o Pacífico desde a cidade mexicana de La Paz até à Polinésia Francesa em Abril passado, numa extensão de 6.000 quilómetros. Mas não se arriscou a morrer sozinho – levou a sua cadela consigo – animal que dá pelo nome de Bela (se calhar não encontrou outro aventureiro ou maluco disposto a acompanhá-lo). Mas passado pouco tempo depois da partida, o catamarã foi seriamente danificado devido à força do mar, que o deixou à deriva e sem instrumentos electrónicos de navegação. Australiano e cadela conseguiram sobreviver nessas condições durante dois meses no Pacífico, a beber água da chuva e a comer peixe cru todos os dias.

Numa operação espectacular de resgate, a lembrar o filme norte-americano “Cast Away” de Tom Hanks, Shaddock e Bela foram finalmente resgatados do mar por uma traineira de atum mexicana, com o Australiano de barba desgrenhada e significativamente mais magro, mas no seu perfeito juízo, conforme adiantou o canal de televisão australiano 9News. Como entendo que a vida é o melhor dos bens, os cães não deverão ser condenados à morte na mesma hora em que os seus donos morrem, pelo que não posso estar, de maneira nenhuma, de acordo a opção do australiano em levar a sua cadela consigo naquela viagem de alto risco, como se veio a verificar. Por sorte escaparam. Seria Shaddock um lobo solitário, ao ponto da cadela ser o seu ente querido mais próximo? Os seus bens resumir-se-iam ao catamarã? O que teria levado este homem a tamanha aventura sem qualquer tipo de apoio logístico? Não creio que tenha sido este o caso, mas um cão nunca tem como saber se vai parar às mãos de um idiota ou não! Continuam a faltar por toda a parte as certificações psicológicas que garantiriam aos donos a possibilidade de virem a ter cães.

Sem comentários:

Enviar um comentário