No
pitoresco e medieval município de Santa Eugènia, situado na Ilha de Maiorca,
província e comunidade autónoma das Ilhas Baleares, um cão dito perigoso anda a
aterrorizar os seus moradores. O animal, aparentemente um cruzado de Pitbull
(na foto abaixo), costuma vaguear sozinho pela comunidade e já mordeu dois
vizinhos. O dolo mais grave que até hoje cometeu aconteceu há dois meses atrás,
quando mordeu uma pessoa que precisou de ser suturada com 52 pontos numa das
pernas. Ainda que o animal tenha sido levado ao seu dono, também vizinho da
cidade, ele reapareceu livremente na região nos últimos dias, como se não
houvesse talaiot (1) capaz
de encerrá-lo!
Após
o segundo ataque, acontecido no passado dia 15 de maio, o caso foi entregue à
Guardia Civil, o cão foi confiscado ao dono e foi levado por precaução para um
abrigo de animais. Para surpresa dos vizinhos atemorizados, o animal voltou a
aparecer na cidade nos últimos dias. Algumas testemunhas do seu deambular
citadino, afirmam tê-lo visto duas vezes ao redor do cemitério na passada
terça-feira, dia 11 do corrente mês (só faltava virar necrófago!). Os
habitantes da cidade, principalmente os proprietários de cães, mostram-se muito
indignados face ao retorno do molosso e acusam as autoridades de passividade
diante do perigo que este cão representa.
Ainda que a maior parte das famílias residentes em Santa Eugènia sejam pessoas locais, também residem ali algumas famílias britânicas e alemãs, que naturalmente se juntam ao coro de protesto, acostumadas que estão à maior severidade das polícias dos seus países de origem, o que também não é de estranhar, porque mesmo que a polícia e a justiça maiorquina fossem as mais céleres e competentes do mundo, ainda assim depressa lhes encontrariam defeito. Curiosamente, apesar dos protestos e do escárnio, raro é o estrangeiro que retorna vivo e definitivamente à sua pátria mãe. E quando assim é, para que não fiquem sem resposta, o melhor que há a fazer-lhes é mandá-los para … o país donde escaparam!
Quanto ao cão, no meu torpe
entendimento, ele deveria ser confiscado ao dono de uma vez por todas e
confiado a um abrigo de animais, na esperança de vir a ser adoptado por quem se
entendesse com ele e/ou precisasse dele para o seu trabalho. Tenho quase a
certeza que o cão nunca teve um dono capaz e esse é o seu principal problema. Conhecendo
estes cães como conheço, caso encontre um dono que o entenda e em quem possa
confiar, “aquest dimoni de Santa Eugènia”, ser-lhe-á fiel até à morte.
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