segunda-feira, 31 de julho de 2023

O CPA BOHR COM AS JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE

 

Perseguindo mais uma vez os percursos que lhe trazem saúde, o CPA Bohr deparou-se hoje à tardinha com um grupo de jovens costa-riquenhos que se preparava para rumar a Lisboa enquanto parte das Jornadas Mundiais da Juventude empenhada em ver e estar com o Papa, gente muito jovem e alegre com t-shirts com as cores do seu país. Apesar de não ser católico, a alegria daqueles miúdos contagiou-me e mandei o Pastor Alemão lobeiro sentar-se na sua frente, o que muito agradou à rapaziada.

Para culminar aquele encontro com chave de ouro, foi pedido aos miúdos da América Central que fizessem um túnel gigante para o Bohr passar por baixo, ideia que de imediato lhes agradou e que foi alvo de algum espanto e de muitas fotografias.

Daqui a uns anos estes jovens recordarão a sua estadia em Portugal e o carinho com que foram recebidos pela nossa gente. Ao olhar para as fotos lembrar-se-ão também de um Pastor Alemão de pêlo comprido que um dia interagiu com eles em terras lusas, um animal afável que lhes deixou boas recordações. Não sei se o Bohr ainda estará entre nós, queira Deus que sim, mas sei que a sua silhueta sobreviverá à sua própria morte e permanecerá para sempre na memória de quem o admira. Obrigado Bohr por trazeres paz e alegria a quem contigo se cruza!

INESPERADO ACHADADO NUMA VILA BRITÂNICA ROMANA

 

Arqueólogos que escavavam uma vila romana na Inglaterra descobriram os restos mortais de um cão do tamanho de um brinquedo, sugerindo que os antigos britânicos mantinham pequenos cães como animais de estimação já há 1.800 anos. Medindo apenas 19,812 cm de altura da pata ao ombro, o animal é um dos cães mais pequenos da era romana até agora descobertos no Reino Unido. Uma equipa da empresa de escavação DigVentures encontrou os restos mortais perto de Wittenham Clumps, em Oxfordshire. Conhecido localmente como “the Clumps”, o local pertence e é cuidado pela instituição de caridade ambiental Earth Trust. Zooarqueólogos que examinaram os ossos do cão determinaram que era provavelmente do sexo feminino, com a estatura de pernas arqueadas de um dachshund. Do tamanho de um Chihuahua, a sua morfologia diferenciava o seu propósito dos restantes cães da mesma época na Grã-Bretanha romana. “O facto deste cachorro ser tão pequeno e ter pernas arqueadas sugere que ele provavelmente não foi criado para caçar”, dizem as zooarqueólogas Hannah Russ e Sarah Everett num comunicado. “Isso, associado ao fato de que ela poderia ter sido enterrada com o seu dono, aumenta a probabilidade de ter sido sido mantida como um cão doméstico, cão de colo ou animal de estimação.”

Os pesquisadores desenterraram os restos mortais perto de uma grande villa romana que eles já haviam escavado em Clumps. A casa provavelmente foi ocupada entre os séculos III e IV, quando a Grã-Bretanha fazia parte do Império Romano. (Este período abrangeu a invasão da Grã-Bretanha pelo imperador Cláudio em 43 EC até o início do século V, quando os romanos se retiraram da região.) O cão de tamanho pequeno é um dos 15 cães de pequeno a médio porte descobertos na vila. “Este local fornece um instantâneo da vida doméstica na Grã-Bretanha romana”, diz Maiya Pina-Dacier, da DigVentures, num comunicado, acrescentando que os ocupantes ricos da casa “geriam uma fazenda com uma variedade de animais de trabalho, incluindo cães de caça ou de pastoreio - bem como como este pequeno cão. Antes da ocupação romana da Grã-Bretanha, “não se encontra nenhum cão pequeno” na ilha, segundo fez saber Pina-Dacier ao London Times. “Só se encontram cães de trabalho dos tamanhos médio e grande, provavelmente para caça e para guarda.” Esses cães de trabalho foram posteriormente cruzados e exportados para todo o Império Romano.

Foi apenas durante a era romana da Grã-Bretanha que outros tipos de cães chegaram à região. Versões em miniatura ou toy de cães maiores, bem como “cães anões” nascidos com condrodisplasia, um fenótipo que resulta em pernas curtas e arqueadas, provaram ser populares como companheiros animais por todo o império. A maioria dos pequenos cães romanos encontrados no Reino Unido medem entre 22,098 e 37,84 cm de altura, de acordo com um comunicado.  A criação de cães minúsculos como animais de estimação “parece ser um fenómeno romano que eu suspeito estar ligado ao consumo conspícuo da elite e outras tentativas de riqueza e ostentação”, disse Michael MacKinnon, arqueólogo da Universidade de Winnipeg, no Canadá, à revista Archaeology. Além dos cães, os pesquisadores que escavaram a villa encontraram restos de animais de criação prática, como galinhas, gansos, porcos, vacas e cavalos, bem como corvos, “que podem ter sido usados em actividades rituais ou cerimoniais, e não como alimento” conforme concluiu o comunicado. Eles também desenterraram itens domésticos como utensílios de cozinha, vasos, potes, jóias, ferramentas de trabalho em couro, pentes e pregos romanos (tachas usadas nas solas das botas).

Os artefactos recuperados durante a escavação, incluindo os restos do cachorrinho do tamanho de um chihuahua, serão exibidos numa exposição a realizar pela Earth Trust em agosto, como parte do festival de arqueologia Clumps Go Ancient . “O que é tão encantador é que, quando pensamos nos romanos, sempre nos contam histórias dos militares e de como eles eram brutais”, disse Pina-Dacier a Dalya Alberge, do Telegraph . “Mas aqui está uma vila onde se pode ver uma família, o seu viver familiar e o seu modo de vida. Eles tinham também o seu cachorrinho, que teriam amado como nós amamos hoje os nossos animais de estimação.”  Estes achados vêm comprovar que os cães miniatura e toys não são produto das selecções operadas na idade média ou nos séculos seguintes, porque a sua existência remonta há pelo menos 2.000 anos atrás.

PENSEI LOGO NUM AFRO-AMERICANO

 

Vamos à notícia. O que ao princípio parecia aos investigadores policiais tratar-se de um homicídio no Condado de Dale, no estado norte-americano do Alabama, veio a revelar-se num ataque canino fatal, isto segundo o que fizeram saber as autoridades locais. O xerife do condado de Dale, Mason Bynum, disse que o corpo de Demarcus “Sam” McKenzie II de 27 anos, de Skipperville, foi encontrado numa garagem residencial no bloco 5500 da County Road 33 na manhã de anteontem, sábado. Bynum disse também que durante a investigação preliminar, parecia que McKenzie tinha sofrido um ferimento de bala na cabeça, apesar das declarações das testemunhas e das evidências físicas não apontarem nesse sentido, mas que uma investigação mais aprofundada revelou que havia morrido em consequência de um ataque canino, pelo que a hipótese inicial de homicídio foi abandonada. O mesmo xerife disse que o vídeo de segurança da casa mostrou McKenzie a sair de casa e um cão a querer agredi-lo. Em consequência disso, o jovem de 27 anos começou a correr em direcção à entrada da garagem, momento em que mais 2 ou 3 cães se juntaram ao primeiro no intuito de o atacarem. De acordo como o comunicado de imprensa, McKenzie tropeçou perto da base da garagem, exacto local onde os cães se juntaram. “A certa altura, 5 ou 6 cães são vistos a atacá-lo violentamente, espancando-o enquanto lutava para se levantar. Depois de alguns minutos, os cães dominaram a vítima e ela parece ter ficado incapacitada”, disse Bynum no mesmo comunicado.

Porque pensei logo que a vítima tinha sido um afro-americano? O esperado de um jovem saudável com 27 anos perante um cão que avança para ele agressivamente é enfrentá-lo e afugentá-lo, jamais temer a ameaça e desatar a correr desalmadamente. Este lamentável modo de se constituir em presa dá moral ao cão agressor e convida outros a seguir o seu exemplo, transformando aquilo que era um ataque individual num ataque de grupo. Com este comportamento, involuntariamente, McKenzie pediu para si a pena capital, sendo o seu medo mais responsável pela sua morte do que os cães. Apesar dos cinófobos não pertencerem exclusivamente a uma etnia em particular, é sabido que o seu número é substancialmente maior entre os africanos e seus descendentes, maioritariamente por razões históricas e sócio-culturais somadas a outros particulares, das quais não podemos excluir a escravatura, a segregação e os nunca sepultados e agora rejuvenescidos apartheids, tão em voga nos discursos inflamados dos populistas. O medo tem uma força extraordinária e de tal maneira a tem que assim como nos pode salvar a vida também nos pode fazer perdê-la. Como o controlo do medo está apenas ao alcance de muito poucos e os traumas são de difícil eliminação, cabe-nos a nós, treinadores e donos de cães, contribuir para a sua supressão, sociabilizando os animais e familiarizando-os com aqueles que os temem para que o seu receio se torne infundado.

Como não herdamos só a côr dos olhos ou dos cabelos, seria bom que nos grupos familiares mais afectados pela cinofobia, a familiarização com os cães acontecesse logo desde tenra idade, precocemente, para que os animais venham a ser naturalmente aceites no seu mundo e contribuam também para o seu equilíbrio. Compreende-se agora porque tão poucos cidadãos de etnia africana sejam tratadores ou proprietários caninos, muito embora façam muita falta. A existência de mais militares, polícias e comuns cidadãos de etnia africana com cães, ao vulgarizar-se, contribuirá definitivamente para a supressão da cinofobia que vitimou McKenzie e que continua a ceifar muitas vidas – há que combater a histeria! Lembro aqui que existem várias raças caninas mais indicadas para quem pretende adquirir um cão para vencer o seu medo, entre elas (não é única) está o Cão de Água Português, raça do cão “Bo” que o senador democrata Ted Kennedy ofereceu ao presidente Obama.

PS: A existência de gente de etnia africana ou sua descendente na cinotecnia leva-a muitas vezes a ser escolhida para o desempenho do papel de cobaia na tentativa de melhor aproveitar o seu medo idiossincrático, o que é a todos os títulos reprovável atendendo ao bem-estar de pessoas idênticas. Por norma, os indivíduos de etnia africana nas escolas civis são na sua maioria brasileiros ou cidadãos já nascidos na Europa. 

RESPOSTA A UM PEDIDO COM UMA INFORMAÇÃO VALIOSA

 

“Caro João, Espero que esteja bem. Boa estamos bem, o Radar acabou de fazer 12 anos. Está muito surdo e quebrado. Estamos a considerar adquirir outro CPA brevemente. Caso conheça alguma futura ninhada cujos cães sejam ajuizados por favor diga-nos qualquer coisa. Eu não esqueço a cadela dourada Red e a Joana fala muito no cão preto Stone das Caldas. Um grande abraço (…)” – recebi ontem este email de um amigo que publico na íntegra por causa do seu conteúdo e notícia poderem ter mais interessados. O “Radar” atrás citado é um Pastor Alemão nascido numa localidade saloia que tem como padroeira Nossa Senhora da Lapa, veio-nos parar às mãos ainda cachorro, com uma apresentação morfológica por demais côncava e frágil, vindo a ser alvo de um acompanhamento muito sério durante a sua fase de crescimento. Connosco aprendeu tudo o que sabe, foi vedeta e permanecerá para sempre na minha memória. Como foi dito, fez agora a bonita idade de 12 anos e algumas das mazelas típicas da idade acompanham-no agora. Estou convencido que ainda durará mais alguns anos, muito embora não seja da minha criação, que era naturalmente longeva e produzia indivíduos até aos 16 anos de idade, graças à sua genética e superior acompanhamento. Depois do que disse, escusado será dizer que espero sempre e avidamente notícias do Radar, dos seus donos e restante agregado familiar.

Pede-me este amigo, caso tenha eu conhecimento de uma ninhada ajuizada de Pastores Alemães que o contacte, porque está a pensar adquirir um novo cão. Pastores Alemães há por aí muitos e “ao preço da uva mijona” (1) e nem aqueles que são vendidos mais caro espelham a qualidade esperada, na maioria dos casos somente a pantominice ou fanfarronice de quem os vende. O que garante o “juízo” de um cão é a riqueza do seu impulso ao conhecimento que lhe possibilitará uma superior adaptação e interacção. Ora, quando os criadores da raça desprezam e não sabem identificar este importante impulso herdado, a qualidade laboral dos seus cães fica entregue à sorte, que não é uniforme nas ninhadas e que tende a condenar a maioria dos cachorros à inutilidade, não diferindo os seus criadores dos seus homólogos que se dedicam à criação de coelhos, chinchilas, porquinhos-da Índia e até de ratazanas malhadas para o mundo do espectáculo. Assim, não raramente e para todo e qualquer serviço, encontram-se com mais facilidade bons cães sem pedigree do que com ele, invariavelmente mais saudáveis, prestimosos e menos exigentes. Como faço questão de encontrar um cão capaz para este amigo, vou começar desde já a procurá-lo, agradecendo àqueles que têm ninhadas (de qualidade) que me informem através deste blogue para posterior visita, apreciação e possível compra.

(1)Expressão popular portuguesa para dizer que algo é muito barato ou sem valor. “Mijona” é uma variedade de uva que frequentemente apresenta bagos de polpa aguada e sabor desagradável, advindo daí o facto de ter pouco valor.

domingo, 30 de julho de 2023

DOIS LAÇAROTES COR-DE-ROSA E UM CÃO SALTITÃO

 

A foto acima, tirada durante o treino matinal de ontem, assinala o momento em que uma menina de ascendência africana, com cerca de 2 anos de idade, se acercou por iniciativa própria e inesperadamente do CPA Bohr, cujo dono se encontrava a beber a sacramental bica numa esplanada. A reacção do lupino lobeiro é de uma ternura imensa (bem patenteada na foto) para com aquela menina, como se já a conhecesse, fosse sua e a mais ninguém pertencesse. Este episódio da vida real encheu-me de alegria e justificou todo o meu empenho na educação do CPA Bohr, que é bom para os bons e inibidor para os maus, equilíbrio nem sempre fácil de encontrar e de alcançar. Com o calor a dar-nos tréguas, pudemos exercitar os nossos cães por mais tempo e sem corrermos qualquer risco. No GIF abaixo, em Slow Motion, como introdução natural aos obstáculos extensores, podemos observar detalhadamente os vários momentos da transposição de acordo com a biomecânica do CPA Dobby, que para o efeito usou de demasiada velocidade na ânsia de se reencontrar com a sua dona.

Com o clima convidativo do Verão é natural que os elementos neutros dos cães apareçam com maior frequência nos treinos, emprestando-lhes um colorido bastante agradável que acaba por fortalecer o grupo escolar pela sua participação em diferentes tarefas. Na foto seguinte vemos a Liliana com a CPA negra Gaia, de quem é também dona, esposa de um indivíduo simultaneamente ciumento e prestável.

Tão prestável que num dos momentos de supercompensação, depois de convidado por mim, decidiu ajudar um trabalhador camarário a carregar relva cortada para dentro de uma camioneta. Força mostrou que tinha, mas jeito quase nenhum, o que não impediu o empregado da câmara de lhe agradecer o esforço, porque não é todos os dias que aparece alguém com vontade de trabalhar.

Quem me conhece sabe que “ando sempre com ela fisgada” e que detesto desperdiçar tempo. Em troca do serviço prestado, usámos aquela camioneta para o CPA Bohr saltar para dentro dela, exercício muito requerido nas lides cinematográficas, que tanto poderá ser feito com as viaturas de caixa aberta estacionadas ou em andamento, quando a altura dos taipais o permite. Sabendo o que sei, doravante não faltarão por aí “macaquinhos de imitação” a treinar este salto. Salto que o Bohr executou com os pés de modo deficitário na subida, não tanto por qualquer incapacidade física sua, mas por impropriedade do seu líder, que marcou mal o salto e não motivou o animal para o esforço extra a que o obrigou. Como sempre, porque lhe corre nas veias uma herança Möselring e querendo agradar ao dono, o Bohr resolveu (daria um excelente cão-guia!).

A escolha deste sábado para o exercício colectivo escolar recaiu sobre uma passagem estreita entre planos desnivelados (1m do lado dos condutores e 3m do lado dos cães). A pensar na salvaguarda da integridade física dos animais, o exercício foi primeiro executado à trela com os cães ordenados nas seis posições possíveis para depois ser executado em liberdade e isento de riscos pelo contributo conjunto da experiência feliz e da memória mecânica.

A prática deste exercício procurou fortalecer o controlo dos donos sobre os cães em situações análogas e noutras, prestando-se ao mesmo tempo para combater a acrofobia canina, que felizmente não é muito comum, quer os animais sejam grandes ou pequenos. Por outro lado, ao controlar os cães naquela situação concreta, os donos estão a combater as “leviandades” daqueles cães que tendencialmente de se atiram de qualquer lugar pondo desse modo a sua vida em risco. Por outro lado, o concurso a exercícios deste género visa dotar os condutores da confiança e a tranquilidade necessárias para poderem valer aos seus cães em circunstâncias extraordinárias. O GIF seguinte dá-nos uma imagem panorâmica do local onde desenvolvemos este trabalho, vendo-se no seu lado direito uma ribeira a correr. Na frente da coluna vai o binómio Maria/Dobby e os cães avançam confiantes conforme elucidam as suas caudas.

Com o CPA Bohr em fase de manutenção saudável e a servir de exemplo para os demais (estamos empenhados para que viva para além dos 12 anos de idade, com saúde), as maiores exigências a nível físico foram para os CPA’s Dobby e Gaia, o primeiro porque teve uma fase de crescimento um tanto ou quanto descuidada e a cadela, à falta de lho atribuírem, inventou para si trabalho encontrando soluções à sua maneira e nem sempre de modo conveniente. O Dobby precisa de alongamentos como de pão para a boca, para se harmonizar morfologicamente e alcançar as performances atléticas vaticinadas pela sua genética. Já a Gaia vai ter que reaprender a usar convenientemente os andamentos naturais, a olhar mais para o dono e a ser mais interactiva, necessitando para isso de abandonar acções instintivas que obstam ao seu melhor desempenho e aproveitamento. No GIF abaixo e neste âmbito vemos o Dobby a saltar por cima de dois adultos, duas crianças e um cão, que encrustados num comum banco de jardim, se constituíram num exel. Apesar de terem faltado as pernas à dona, sobrou cão por todo o lado. Convém relembrar que este CPA ainda não atingiu o grau de sociabilização que preconizamos, daí a presença e a colaboração das crianças.

Através da foto seguinte, para os mais conhecedores da biomecânica canina, lanço uma questão: para que mão vai o CPA Dobby a galopar? Parece-me que a posição da cauda, por estarmos na presença de um salto, pode ajudar na obtenção da resposta certa, muito embora outras fotos neste texto sejam elucidativas.

Resta dizer que aproveitamos bem mais uma manhã de Verão na companhia dos nossos cães, que nos entregámos a uma prática saudável e agradável e que convivemos alegremente uns com os outros tal qual uma família, desenvolvendo em simultâneo uma maior cumplicidade com os nossos cães que queremos manter ao longo das suas vidas.

sábado, 29 de julho de 2023

FOI UM CÃO, MAS PODIA SER OUTRA CRIANÇA OU DESEQUILIBRAR-SE SOZINHA

 

O mundo deve estar louco ou alguns avôs nos Estados Unidos, de tão novos que são, ainda não atingiram a plenitude do seu senso de responsabilidade. Pelo menos é o que parece à luz da notícia que vou agora divulgar. Numa pequena cidade norte-americana no estado de Louisiana aconteceu na semana passada um fatal acidente que resultou na morte de uma menina com 1 ano de idade chamada Nevaeh, enquanto brincava num jardim. Um cão ao passar, empurrou-a acidentalmente para dentro de uma piscina infantil, vindo a morrer afogada, apesar da piscina não se encontrar totalmente cheia. O seu avô, que estava responsável por ela, não estava naquele momento presente (?!). Quando a pequena criança foi retirada da água ainda tinha pulso, vindo a morrer depois no hospital. Foi a sua irmã de quatro anos quem revelou à polícia que a mãe de ambas tem a guarda exclusiva de quatro crianças e que o pai dela delas supervisionava todas. As investigações ainda estão a decorrer e ainda não se sabe se o cão que empurrou menina é o cão da família. Foi a mesma irmã de quatro anos de Nevaeh quem contou à polícia como tudo aconteceu. A mãe está agora a pedir doações na Internet para realizar o funeral da menina, porque é mãe solteira e não tem como pagar. Já lhe foram doados mais de 4.000 dólares, mas são necessários 5.000. O avô enfrenta uma acusação de homicídio involuntário, crime com uma moldura penal de até 5 anos de prisão efectiva nos Estados Unidos.

É evidente que nesta história o cão é o menos culpado, porque outra criança poderia ter tocado na menina e precipitá-la para dentro da piscina, como ela também poderia ter-se desequilibrado sózinha. Suspeito que o avô e o seu agregado familiar são gente de poucas posses, porque se fossem ricos, algum advogado habilidoso depressa incriminaria o pobre animal ou o seu dono (caso fosse alheio) para inocentar o descuidado avô. A pequena Nevaeh, cuja morte se lamenta, parece ter vindo a este mundo em má hora ou virada do avesso, o que até se coaduna com o seu nome, que outra coisa não é que “Heaven” escrito ao contrário, nome que se tornou conhecido na América do Norte depois que o músico Sonny Sandoval da banda P.O.D (1) o atribuiu à sua filha no ano 2.000. Crianças de tenra idade e cães não deverão concorrer aos mesmo locais, porque importa em primeiro lugar salvaguardar a vida e a saúde das primeiras. Como não temos por cá muitas crianças neste País de velhos, lembro os papás que a primeira causa de morte infantil no verão acontece por afogamento, pelo que todo o cuidado é pouco.

(1)P.O.D. é uma banda norte-americana cristã de metal alternativo formada em San Diego, na Califórnia, em 1992. A sigla P.O.D. significa “PAYABLE ON DEATH”, termo técnico muito em uso nos bancos dos States quando uma pessoa morre e deixa herdeiros, sendo preciso que alguém morra para que outros possam herdar.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

ARREPIAR CAMINHO ENQUANTO É TEMPO!

 

Como não me julgo profeta, também não creio que receba mensagens do além nos meus esporádicos sonhos, agora ligados a episódios da minha infância ou substituídos por breves pesadelos. Esta noite, enquanto dormia, inexplicável e ininterruptamente, quiçá por tanto ouvir falar em igreja e nas Jornadas Mundiais da Juventude durante o dia, um versículo bíblico invadiu-me o sono, o constante em Isaías 65:25 que diz: “O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.” Normalmente não consigo relembrar-me dos meus sonhos, mas este levantou-se comigo e teimou em se ir embora, pondo em inquietude a militância que agora norteia a minha vida enquanto adestrador de cães. Pela primeira vez na vida tentei encontrar um significado para um sonho e ao ouvir as notícias internacionais, finalmente compreendi que mensagem tinha para mim.

Fugindo ao carácter escatológico do versículo, que não é para aqui chamado, ao tomar conhecimento dos muitos cães detectores de minas que trabalham em quase todos os continentes, pensei imediatamente num volte-face total e completo no adestramento, capaz de terminar, de uma vez por todas, com a inimizade entre cães e homens que tantas vítimas tem vindo a causar, devolvendo aos animais o seu carácter bondoso e transformando-os em mensageiros da paz, para que doravante venham ser unicamente usados para o bem. Não estou a falar de nenhuma loucura ou utopia, mas de algo que já acontece e que carece de ser amplamente replicado.

Se a I Guerra Mundial marcou o início do uso generalizado dos cães para fins militares, a Segunda aprimorou os cães de assalto e os conflitos locais subsequentes recorreram ao seu uso especializado. Antes que venha a Terceira, que há quem diga estar para chegar e ser a derradeira, ainda é tempo de arrepiar caminho e pôr os animais ao serviço das vítimas da guerra e de quem deles precisar, ao invés de pô-los a triturar carne humana e serem emissários do anjo da morte. Sim, homens e cães são compatíveis, muito mais compatíveis do que a ovelha com o seu predador natural.

Se há cães que nascem maus, quando não são produto do acaso, é porque foram seleccionados para causar dolo a outrem; se há cães que se fazem maus, é porque alguém ao invés de os repreender, antes os empossou e nisso investiu! A maldade canina, que tantas vezes é sancionada com a morte dos animais, outra coisa não é do que o resultado directo da maldade humana que substituiu a fraternidade por uma prática fratricida. Penso que ninguém deseja a morte de mais pessoas e cães, que a maioria de nós procura dar uma oportunidade à paz, porque ela é possível e só será autêntica quando deixarmos de abusar dos animais. O bom relacionamento entre homens e animais só trará benefícios para todos – o mal não está nos cães, mas no uso que lhe dão!

Eu quero muitos cães-guia, detectores de doenças e de explosivos, de terapia e de serviço, de uso forense, de busca e salvamento; eu quero que os homens dêem mais valor à vida e que os cães se empenhem em conservá-la. Sonhei e abri os olhos para a realidade – valeu a pena ter sonhado - vou deitar-me para o mesmo lado!

PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: OS NOMES DIZEM TUDO

 

Um altaneiro cão com pedigree encontra-se num jardim com um humilde rafeiro abandonado e apresenta-se: “Chamo-me Horst vom Pferdehof”. Apostado em sociabilizar-se com aquele companheiro de ocasião, o bom do rafeiro responde-lhe: “ Chamo-me “Cai fora Ladrão”.

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

 

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE, editado em 11/05/2016

2º _ INVADIU UM ABRIGO E ROUBOU DOIS CACHORROS AKITA INU, editado em 26/07/2023

3º _ O CPA DOBBY COM A TRELA DE SUSPENSÃO E O OZZY A OBSERVAR, editado em 25/07/2023

4º _ ISTAMBUL ORDENA ESTERILIZAÇÃO DE CÃES VADIOS, editado em 24/07/2023

5º _ MIGUEL SOUZA: O MOTOCICLISTA DOS CÃES DE RUA, editado em 24/07/2023

6º _ OS MÁRTIRES DA NOSSA LOUCURA, editado em 25/07/2023

7º _ PASTORES ALEMÃES LOBEIROS: O QUE OS TORNA ESPECIAIS, editado em 02/11/2015

8º _ JÁ HÁ TANTO TEMPO QUE NÃO SE OUVIA FALAR DELES!, editado em 25/07/2023

9º _ O CANIBALISMO CANINO, editado em 12/04/2018

10º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

 

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Canadá, 5º Países Baixos, 6º Roménia, 7º Alemanha, 8º Suécia, 9º Moçambique e 10º Angola.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

UMA JANELA VIRADA PARA O MAR

 

Quando decidi editar a reportagem fotográfica dos trabalhos de ontem reparei na foto acima e lembrei-me imediatamente de uma canção que ouvi na rádio amiudadas vezes durante a minha mocidade: “ AQUELA JANELA VIRADA PRÒ MAR”, cantada por Tristão da Silva, que apesar da sua popularidade não era um salazarista. Hoje os jovens só conhecem esta canção pela interpretação do António Zambujo, que eu não desgosto, mas que penso não ter vindo acrescentar nada (vale a pena comparar as duas interpretações para que cada um tire as suas conclusões). De costas para o mar, foi pedido aos dois cães que permanecessem sentados e quietos sobre uns cubos de pedra com 50cm de lado, com as donas sentadas na sua frente. Nenhum dos animais temeu o movimento da maré, muito embora o pequeno Ozzy preferisse estar ao lado da sua dona.

Sentindo-se desconfortável, o Yorkshire obrigou a sua dona a diminuir a distância entre eles para que pudesse ficar “quieto”, o que impediu a Margarida de se sentar confortavelmente e a permanecer tal qual estatura virada ao mar, na frente do irrequieto Terrier.

Para não fragilizar os animais face ao que lhes havia exigido antes e devolver-lhes a moral (confiança), optei por uma progressão circular colectiva, que ao ser elevada promovia a sua ascensão social sem contudo pôr em causa a liderança das senhoras.

Valendo-me de uma rampa de skate, no intuito de melhorar a capacidade de impulsão e os seus ritmos vitais, convidei Ozzy a subi-la, encargo que o Yorkshire aceitou feliz sem nunca perder o embalo. Como este Yorkshire é um verdadeiro míssil, não de guerra mas de amor e paz, somos por vezes obrigados a captá-lo em "Slow Motion".

Não temos fotos de todas as actividades que desenvolvemos ontem, porque quando o Paulo Jorge não está presente, sou também obrigado a desdobrar-me em fotógrafo, o que não me dá grande margem de erro face à distracção da Maria e ao carácter subversivo do seu cão, que mostram agora progressos significativos. Ontem, como se diz na gíria, “não houve pão para malucos” e o treino decorreu sem qualquer percalço, com o Dobby encostado à perna esquerda da dona pelo contributo da Trela de Suspensão.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

INVADIU UM ABRIGO E ROUBOU DOIS CACHORROS AKITA INU

 

Louvo e admiro aqueles que se deslocam a um refúgio de animais e trazem de lá um cão mais velho, deficiente, amputado, enfermo ou necessitado de medicamentos e tratamentos para toda a vida. Bem sei que são poucos, mas também sei que mais do que ninguém, são gente que verdadeiramente gosta de cães. Muitos vão aos abrigos para animais como se fossem aos saldos, à procura de uma pechincha, de encontrar um cão de raça pura pelo preço de nada. Outros há, que trazendo de lá um cão cruzado, ao chegar cá fora e por vaidade, dizem tratar-se de um cão de raça pura com direito a pedigree. Eu não sei qual foi a ideia de um cavalheiro na cidade alemã de Meiningen (distrito de Schmalkalden-Meiningen) que decidiu invadir um santuário para animais e roubar de lá dois cachorrinhos Akita Inu. Desejaria um para si e vender o outro ou estará ligado ao tráfico de animais? Ainda não sabemos, mas podemos ter a certeza que os abrigos para animais também podem ser assaltados!

Conforme anunciou hoje a polícia local, entre segunda e terça-feira de manhã, um ladrão ainda desconhecido invadiu o terreno da recepção de um santuário animal na Am Alten Flugplatz e depois de abrir um canil, sacou de lá dois cachorrinhos Akita Inu e “pôs-se ao fresco”, não sem antes ter aberto outro canil e soltado um cão que se encontrava dentro dele. A polícia, que procura agora testemunhas que lhe possam fornecer informações sobre o autor do crime ou acerca do paradeiro dos cachorros, adianta que o ladrão arrombou uma porta de madeira e que acabou por se magoar na boca. Diante do sucedido e perante o tráfico de animais presente na Europa, aconselho todos os responsáveis pelos refúgios de animais a não desprezarem a segurança dos seus animais, mercadorias e instalações, porque cães puros atraem ladrões, sacos de ração roubados podem ser vendidos a metade do preço, acessórios para cães têm sempre procura e tanto o vandalismo como o crime invariavelmente espreitam ocasião.

terça-feira, 25 de julho de 2023

OS MÁRTIRES DA NOSSA LOUCURA

 

Num artigo datado de ontem, o jornal britânico MIRROR fez saber que 1.000 crianças precisaram de cirurgia o ano passado devido a ataques caninos e que centenas deles tinham 4 ou menos anos de idade, baseando-se nos dados adiantados pelo NHS (serviço nacional de saúde inglês), que mostraram que 1.006 pacientes com 14 anos ou menos foram operados para fechar feridas causadas por dentadas de cães, incluindo 374 com quatro anos ou menos e que mais de 9.000 pessoas de várias faixas etárias foram internadas nos hospitais por ferimentos infligidos por cães desde o ano passado até à presente data. O total incluiu 3.473 indivíduos que precisaram de cirurgia, o maior número desde que estes dados foram divulgados pela primeira vez há 16 anos atrás. Foram necessárias 1.950 operações em 2007/8, o que significa que os casos dispararam 78% desde então.

O Dr. John Tulloch (na foto seguinte), professor de saúde pública veterinária na Universidade de Liverpool, disse: “A taxa de crescimento das dentadas é mais rápida do que o crescimento da população canina, então o fenómeno não se deve apenas ao aumento do número de cães. Houve um forte crescimento nas dentadas mesmo antes da pandemia, então os 'cachorros pandêmicos' poderão ter agido como um catalisador para acelerar as coisas, mas este é um problema que já vem ocorrendo há alguns anos.” Ele disse que 80% dos ataques a adultos e 90% a crianças ocorrem em casa. O Dr. Tulloch aconselhou os pais a não deixarem crianças pequenas sozinhas com um cão, acrescentando: “O seu cão médio não quer morder, ele procede assim como último recurso... para dizer 'deixa-me em paz'. “Eles (os cães) costumam mostrar sinais de alerta. Se alguém vir esses sinais de alerta, precisará de afastar o cão ou de se afastar daquela situação”. A pesquisa deste investigador mostra que os locais dos ataques incluem Merseyside, Wakefield e West Yorks. No parlamento foi pedido que o valentão americano XL, responsável por nove mortes desde 2021, seja a quinta raça proibida. Bella-Rae Birch, de 17 meses, foi fatalmente atacada por um valentão americano XL da família em 2022, na sua casa em St Helens, Merseyside.

Como o Mirror está fazer campanha para proteger as pessoas dos cães perigosos, ouviu Jane Robinson (na foto abaixo), da Associação de Treinadores de Cães de Estimação, que atribuiu o fenómeno à ausência de regulamentação que leva criadores não-licenciados a criar cães em condições precárias que afectam o seu comportamento, dizendo ainda que as coisas pioraram ainda mais porque a industria do treino canino também não é regulamentada, acrescentando: “Qualquer um pode criar um site e se autodenominar treinador de cães sem entender nada acerca deles (…) Até que aconteça alguma regulamentação para ambas as indústrias, as dentadas dos cães continuarão a aumentar.

Estou 100% de acordo, porque não posso estar mais, com o que disse o Dr. John Tulloch e em parte em desacordo com as afirmações de Jane Robinson, porque a agressividade canina não resulta somente de factores ambientais, há que considerar também os genéticos resultantes de distintas selecções e propósitos (subsiste ainda quem crie cães com o propósito de matar). O cerne do problema não assenta maioritariamente nos criadores e treinadores de cães, considerando que muitos dos animais envolvidos não tinha raça definida, atacaram dentro das suas próprias casas e não foram alvo de qualquer tipo de treino. No caso das crianças, os grandes responsáveis pelo problema foram os seus pais ou de quem cuidava delas, que sem qualquer tipo de conhecimento e formação, sujeitaram-nas aos desígnios dos cães, pelo que nem estes são culpados, mas a ignorância dos seus donos somada à sua irresponsabilidade enquanto pais. Apesar de se ouvir continuamente o contrário, a maioria das pessoas não sabe peva de cães, não se preocupa em saber e é feliz assim.

JÁ HÁ TANTO TEMPO QUE NÃO SE OUVIA FALAR DELES!

 

Raramente se ouve falar acerca deles, também não serão muitos e quando vêm à baila não é pelas melhores razões. São por norma uns molossos pachorrentos e inofensivos, desinteressados e pouco interactivos, apesar de se irritarem facilmente, o que poderá estar também ligado aos seus gravíssimos problemas de saúde. Contudo, quando um Mastim Napolitano nasce saudável, activo e dominante, o que é raríssimo (na minha carreira como adestrador só encontrei um assim) (1), ele pode ser um verdadeiro exterminador ou um predador de topo que não se intimida perante ninguém graças à sua potente mandíbula e natureza antissocial. O encontro com um cão destes tem grandes probabilidades de vir a ser fatal, na melhor das hipóteses causará alguma amputação e feridas graves na sua” presa”. Convém não esquecer que a abertura da sua mandíbula é capaz de absorver a totalidade do crânio de um homem adulto! Se procura um Mastim Napolitano para si, não o conseguindo demover dos seus intentos, desejo-lhe sorte, muita sorte porque irá precisar dela, porque estes cães trazem consigo mais problemas do que felicidade. Se porventura lhe calhar um animal activo e sem problemas, sinal de que Deus existe, siga o meu conselho – proceda precocemente à sua sociabilização.

Segundo fez saber hoje a DEUTSCHE PRESSE-AGENTUR (a maior e mais conceituada agência de notícias alemã), na cidade de Friedrichsruhe no distrito de Ludwigslust-Parchim, lá para os lados da Pomerânia Ocidental, de acordo com um porta-voz da polícia, um homem de 41 anos foi atacado por um Mastim Napolitano ontem há noite e seriamente ferido num antebraço. O médico de emergência chamado ao local atendeu o homem gravemente ferido e informou a polícia. Segundo o parecer dos médicos, os ferimentos do homem foram tão graves que que ele precisou de ser operado no hospital. Devido ao seu particular clínico, o homem de 41 anos ainda não prestou qualquer esclarecimento sobre o incidente e o dono do cão agressor remeteu-se ao silêncio. Quando a polícia chegou ao local onde tudo aconteceu, os 3 Mastins Napolitanos já se encontravam no canil, supondo aquelas autoridades que um dos cães tenha atacado a vítima em questão. Entretanto decorrem as devidas as devidas investigações.

Deseja-se rápidas melhoras e franca recuperação ao homem de 41 anos que foi vítima do ataque efectuado pelo Mastim Napolitano, sabendo-se de antemão que tanto as feridas físicas como as psicológicas demorarão a sarar, havendo algumas que jamais terão cura.

(1)Tratava-se de m Mastim Napolitano com 72cm de alto e 48kg de peso, que defendeu a sua casa contra dois ladrões, deixando um em muito mau estado e acabando morto pelo outro que lhe enfiou um pedaço de cano galvanizado pela garganta abaixo.

O CPA DOBBY COM A TRELA DE SUSPENSÃO E O OZZY A OBSERVAR

 

A TRELA DE SUSPENSÃO é um acessório de grande utilidade que não se presta a donos com um peso igual ou inferior ao do cão que conduzem, porque obviamente acabarão travados ou rebocados contra sua vontade. Usa-se a trela de suspensão sempre que se procura um “junto” irrepreensível e importa libertar as mãos dos condutores para outras tarefas (como um kit de mãos livres). Na procura das suas vantagens, tanto pode ser usado no espaço doméstico como na escola e nas saídas ao exterior. O seu uso excepcional reporta-se às seguintes situações: 1 _ Quando urge instalar o “junto” para além da concentração e destreza técnica dos condutores; 2 _ Como protocolo de segurança na sociabilização de cães agressivos com donos invariavelmente distraídos; 3 _  Nas aulas colectivas e nos trabalhos de grupo onde a obediência é primordial como garante da boa ordem; 4 _ Nos condutores que já nasceram sem braços ou que se viram privados deles por desastre ou amputação, sem próteses ou incapazes de as usar de modo conveniente; 5 – Em todo e em qualquer ambiente onde a saúde e o bem-estar dos animais estejam em risco (iscas envenenadas, perante a aproximação de solos lesivos ou corrosivos, em zonas de muito tráfego e nos locais de possíveis armadilhas para animais selvagens), assim como nas áreas e circunstâncias favoráveis ao despoletar dos seus mecanismos de agressividade; 6 _ Como meio para agilizar o processo de reeducação canino e 7 _ Como subsídio para melhor recompensar os cães pela libertação das mãos dos condutores e fixar naturalmente a sua atenção na pessoa dos seus donos.

Como a trela de suspensão é um acessório corrector, a adaptação de donos e cães não é automática, pelo que carecem ambos de se familiarizar com o acessório. A melhor forma de o fazer é através da prática dos diversos exercícios que possibilita, alcançando-se assim mais facilmente o seu uso. Como se antevê, a trela de suspensão, depois de aceite pelos animais, é óptima para os donos que adoram correr com os seus cães, mantendo-os a seu lado e economizando-lhes esforço.

Alheio a tudo isto e a fazer o que mais gosta, o pequeno Ozzy divertia-se a saltar trotinetas fora de serviço, desafiando simultaneamente a sua dona para uns breves passinhos de corrida. O pequeno Yorkshire deu pela falta do CPA Bohr, uma vez que o Dobby não lhe inspira confiança.

Para além do que já dissemos acerca da trela de suspensão, ela é também um precioso subsídio de ensino para os donos, nomeadamente nos pequenos saltos, porque se o dono não se adiantar, o cão não poderá saltar.

Este simples acessório de ensino não é para ser usado de modo coercivo, mas constituir-se num elo de ligação entre donos e cães – servir de pretexto à sua cumplicidade. Na foto abaixo, a corroborar o que acabei de dizer, é possível avaliar o estado anímico vivido pelo CPA Dobby quando entregue ao trabalho da trela de suspensão.

Com o rio ali tão perto de vento em popa, o Ozzy continuava a saltar alegre como se tivesse pilhas Duracell. Agora que aprendeu a saltar e lhe tomou o gosto, juntando o útil ao agradável, ainda mais porque se tem portado muito bem, o Yorkshire aproveita a onda e salta amiudadas vezes para o colo da sua dona. Como pesa pouco, o incómodo não é grande, pois é bem mais pequeno que alguns ursinhos de peluche).

Engana-se quem pensar que o Ozzy é uma mera bola saltitona peluda, porque na obediência está a ser tão bom quanto os melhores, o que não deixa de uma gracinha, deixando estupefactos os transeuntes que observam o seu acerto, na foto seguinte vemo-lo a executar o “deita” com os olhos postos nas indicações da dona, como manda o figurino.

A trela de suspensão, cujo comprimento é regulável, deverá ser regulada para possibilitar o “deita” dos cães. Na foto abaixo podemos observar o CPA Dobby a executar a mesma figura de obediência mediante a linguagem gestual, destacando-se a correcta postura da dona. Para além da eventual necessidade de progressões silenciosas e da obediência à distância, a linguagem gestual induz os cães a olhar para os donos, evitando assim que “falem para o boneco!”

O Dobby adaptou-se ao acessório, o cinto da Maria não cedeu, o Ozzy adorou o treino, a Margarida lá deu umas corridinhas e só voltará amanhã com o seu gracioso Yorkshire, que já o sinto também meu e seu pai pedagógico.