Durante
o inverno suspendemos ordinariamente as actividades aquáticas para protegermos
os nossos cães de lesões e demais complicações, retomando esses trabalhos
quando a temperatura das águas ultrapassa os 15 graus celsius, o que geralmente
acontece com a chegada da primavera. Com o País debaixo de frio polar e com
temperaturas negativas de norte a sul, responsáveis pela ocorrência de gelo e neve,
ainda mais se desaconselha os mergulhos e os trabalhos anfíbios para os cães,
que nestas condições poderão até morrer senão forem prontamente socorridos. Nesta
altura do ano e pelas razões atrás indicadas, infelizmente, há sempre a
lamentar a morte de um ou mais cães na Europa e nos Estados Unidos, como
aconteceu este sábado, dia 9 do corrente mês, nos arredores da pequena cidade
escocesa de Lochmaben, pelas 13h20, quando um Cockapoo (híbrido de Cocker com
Poodle) decidiu mergulhar no gelo fino de um lago para perseguir cisnes, muito
embora tudo indique que tenha sido tardiamente socorrido. Diante de tamanhos
perigos aconselha-se a condução dos cães à trela junto do mar, baías e
enseadas, ao redor de rios, ribeiros, lagoas, lagos, charcos e de lençóis de
água ocasionais (poças).
Na
eventualidade de acidentes destes, depois de um acidental mergulho em água
gelada, convém limpar minuciosamente as patas do seu cão e as suas membranas
interdigitais, para evitar que o cabelo entre as almofadas dos dedos dos pés
forme bolas de gelo compactas que impeçam o animal de sentir dor, levando-o a aleijar-se.
A temperatura corporal normal de um cão oscila entre os 38 e 39 ° graus celsius
(de 100 a 102,5 graus Fahrenheit). A hipotermia pode se instalar-se num cão
quando a sua temperatura corporal se encontra abaixo dos 38 ° celsius. A
hipotermia canina é geralmente acompanhada pelos seguintes sintomas: tremores
intensos; músculos rígidos; má coordenação; tropeço; apatia ou letargia;
gengivas pálidas ou cinzentas e pele pálida. Como a hipotermia pode ser fatal,
caso suspeite que o seu cão esteja afectado por ela, tome medidas imediatas e
contacte sem demoras o veterinário assistente do seu cão. Assim, envolva o
animal em cobertores quentes e junte-lhes um saco de água quente, verificando a
temperatura do cão de 10 em 10 minutos. Caso a temperatura corporal do animal
se mantenha abaixo dos 37 graus celsius - corra imediatamente para o
veterinário. Caso contrário, mantenha-o aquecido até que a sua temperatura ultrapasse
os 38 graus celsius e o seu comportamento volte à normalidade.
Bem sabemos que alguns cães podem trabalhar normalmente dentro de água quando esta marcar apenas 7 graus celsius de temperatura e que muitas operações de socorro podem até acontecer abaixo desse valor. Todavia, como treinamos todo o tipo de cães (grandes; pequenos; de pêlo raso e manto denso, etc.), animais que nem sempre têm um calendário regular de treino ou o indicado para estas situações e temendo a hipotermia de alguns pela ausência de bom senso dos seus donos, duplicámos a margem de segurança e elegemos os 15 graus celsius como temperatura mínima para as actividades aquáticas dos nossos cães, temperatura que nunca pôs em causa a vida e a saúde de nenhum cão, independentemente da maior ou menor fragilidade e rarefacção do seu manto. A maioria dos cães que nos chegam, dificilmente será encaminhada para a detecção e salvamento dentro de água por razões ligadas à sua morfologia e outras, tendo com histórico exclusivo de submersão, a alcançada semanalmente dentro da banheira com água aquecida e a contragosto, prática que desaconselhamos por ser altamente nociva para o bem-estar, manto e protecção dos cães, que poderão ser higienizados diariamente doutro modo pela recorrência ao adequado trem de limpeza (infelizmente há tanta gente que se diz sabedora e quem nem sabe limpar um cão como deve ser!). Por enquanto, nada de mergulhos e de aventuras caninas dentro de água!
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