segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

MERGULHOS E TRABALHOS ANFÍBIOS SÓ PARA A PRIMAVERA

 

Durante o inverno suspendemos ordinariamente as actividades aquáticas para protegermos os nossos cães de lesões e demais complicações, retomando esses trabalhos quando a temperatura das águas ultrapassa os 15 graus celsius, o que geralmente acontece com a chegada da primavera. Com o País debaixo de frio polar e com temperaturas negativas de norte a sul, responsáveis pela ocorrência de gelo e neve, ainda mais se desaconselha os mergulhos e os trabalhos anfíbios para os cães, que nestas condições poderão até morrer senão forem prontamente socorridos. Nesta altura do ano e pelas razões atrás indicadas, infelizmente, há sempre a lamentar a morte de um ou mais cães na Europa e nos Estados Unidos, como aconteceu este sábado, dia 9 do corrente mês, nos arredores da pequena cidade escocesa de Lochmaben, pelas 13h20, quando um Cockapoo (híbrido de Cocker com Poodle) decidiu mergulhar no gelo fino de um lago para perseguir cisnes, muito embora tudo indique que tenha sido tardiamente socorrido. Diante de tamanhos perigos aconselha-se a condução dos cães à trela junto do mar, baías e enseadas, ao redor de rios, ribeiros, lagoas, lagos, charcos e de lençóis de água ocasionais (poças).

Na eventualidade de acidentes destes, depois de um acidental mergulho em água gelada, convém limpar minuciosamente as patas do seu cão e as suas membranas interdigitais, para evitar que o cabelo entre as almofadas dos dedos dos pés forme bolas de gelo compactas que impeçam o animal de sentir dor, levando-o a aleijar-se. A temperatura corporal normal de um cão oscila entre os 38 e 39 ° graus celsius (de 100 a 102,5 graus Fahrenheit). A hipotermia pode se instalar-se num cão quando a sua temperatura corporal se encontra abaixo dos 38 ° celsius. A hipotermia canina é geralmente acompanhada pelos seguintes sintomas: tremores intensos; músculos rígidos; má coordenação; tropeço; apatia ou letargia; gengivas pálidas ou cinzentas e pele pálida. Como a hipotermia pode ser fatal, caso suspeite que o seu cão esteja afectado por ela, tome medidas imediatas e contacte sem demoras o veterinário assistente do seu cão. Assim, envolva o animal em cobertores quentes e junte-lhes um saco de água quente, verificando a temperatura do cão de 10 em 10 minutos. Caso a temperatura corporal do animal se mantenha abaixo dos 37 graus celsius - corra imediatamente para o veterinário. Caso contrário, mantenha-o aquecido até que a sua temperatura ultrapasse os 38 graus celsius e o seu comportamento volte à normalidade.

Bem sabemos que alguns cães podem trabalhar normalmente dentro de água quando esta marcar apenas 7 graus celsius de temperatura e que muitas operações de socorro podem até acontecer abaixo desse valor. Todavia, como treinamos todo o tipo de cães (grandes; pequenos; de pêlo raso e manto denso, etc.), animais que nem sempre têm um calendário regular de treino ou o indicado para estas situações e temendo a hipotermia de alguns pela ausência de bom senso dos seus donos, duplicámos a margem de segurança e elegemos os 15 graus celsius como temperatura mínima para as actividades aquáticas dos nossos cães, temperatura que nunca pôs em causa a vida e a saúde de nenhum cão, independentemente da maior ou menor fragilidade e rarefacção do seu manto. A maioria dos cães que nos chegam, dificilmente será encaminhada para a detecção e salvamento dentro de água por razões ligadas à sua morfologia e outras, tendo com histórico exclusivo de submersão, a alcançada semanalmente dentro da banheira com água aquecida e a contragosto, prática que desaconselhamos por ser altamente nociva para o bem-estar, manto e protecção dos cães, que poderão ser higienizados diariamente doutro modo pela recorrência ao adequado trem de limpeza (infelizmente há tanta gente que se diz sabedora e quem nem sabe limpar um cão como deve ser!). Por enquanto, nada de mergulhos e de aventuras caninas dentro de água!  

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