De
Dezembro de 2011 a Janeiro de 2021, durante uma década, ocorreram em Caxemira,
território disputado pela Índia, pelo Paquistão e pela China, cerca de 58.869 ataques
caninos sobre pessoas, o que dá uma média de 16 ataques diários. Quem o diz é
um relatório do Departamento de Medicamentos Comunitários, Government Medical
College (GMC) Srinagar. O Dr. Salim Khan, Chefe do Departamento de Medicamentos
Comunitários, SMHS, disse ter sido ele a compilar os dados relativos aos
ataques de cães nos últimos 10 anos. “Em média, a clínica anti-rábica relata de
5.000 a 6.000 casos de dentadas de cães a cada ano”, disse ele. O Dr. Khan
disse ainda que se uma pessoa for mordida ou arranhada por um cão, mas não
houver sangramento, ela irá necessitar urgentemente de uma vacina anti-rábica. “Mas
se a pessoa começar a sangrar, para além da vacina, ela irá também precisar das
imunoglobulinas”, acrescentou.
A maioria dos casos aconteceu em Srinagar, capital durante o verão do Estado de Jamu e Caxemira, localizada nas margens do rio Jelum, fundada no século VI e elevada a 1.585 m de altitude, um importante centro de negócios com uma grande população de residentes (a rondar 1 milhão) somada a turistas, ao exército indiano e ao pessoal das suas infra-estruturas, particular que origina um grande desperdício de alimentos, segundo o parecer de especialistas. Os hotéis, restaurantes, residências, aviários e matadouros da cidade geram cerca de 450 toneladas métricas (MT) de resíduos diariamente e destas cerca de 200 são apenas resíduos de carne, segundo dizem as autoridades. De acordo com os médicos locais, os ataques caninos frequentes tornaram-se num sério problema de saúde pública que põe em risco os cidadãos, particularmente as crianças e os idosos. Irá Caxemira entrar para o “Guinness World Records” pela triste realidade destes factos? Ignoro, mas de uma coisa tenho a certeza – só outra cidade indiana poderá bater Caxemira numa tragédia igual!
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