Na
bela cidade atlântica francesa de La Baule, situada na Côte d’Amour, na região
do Loire-Atlantique, na passada segunda-feira a noite, um casal morador nesta
cidade deixou o seu Jack Russel sozinho no jardim cercado da sua residência, tendo
o cuidado de fechar bem a porta. Quando voltou para casa, por volta das 21h30,
o casal reparou que o pequeno cão estava abalado e apresentava um corte com 10
cm à volta do pescoço, segundo faz saber o semanário “L'Echo de la Presqu'Ile”.
Os donos do cão levaram-no imediatamente a um veterinário em Saint-Nazaire que
teve de operá-lo de urgência para salvar-lhe a vida. Segundo este clínico fez
saber, o cão havia sido deliberadamente esfaqueado e se a ferida tivesse
somente mais uma polegada de extensão, o animal teria morrido. O cão já deixou
a clínica, mas o seu prognóstico é ainda reservado. Depois disto, os seus donos
apresentaram queixa contra desconhecidos por abuso de animais e um acto de
crueldade na esquadra de La Baule.
Cães
simpáticos e indefesos, daqueles que na gíria dizemos “não fazer mal a uma
mosca”, que são a esmagadora maioria dos cães de companhia, não deverão ficar
sozinhos no exterior das casas dos seus donos quando estes saem, mas sim dentro
das habitações onde ficarão mais resguardados e protegidos. Ainda mais agora
com a presente pandemia, que fez aumentar a procura por cães e inflacionar o
seu preço, o que noutros países europeus tem tido como reflexo directo o roubo
destes animais. Pondo de parte este aspecto, deixar um cão num quintal sem que
ele saiba defender-se e sem escapatória, é abandoná-lo à sua sorte e sujeitá-lo
aos caprichos dos mais variados viciados e tarados, inclusive de alguém que
queira vingar-se dos seus donos e que veja no sofrimento ou na morte do animal
a melhor das pagas. E se estes cães não devem ser deixados sós, também aqueles
que estão a ser treinados para guarda deverão ser protegidos, porquanto não se
encontram ainda verdadeiramente preparados e as experiências nesta área têm-se
revelado fatais para os animais.
Entre outros predicados, um cão verdadeiramente preparado para guarda deverá estar sempre atento, não denunciar a sua presença e não se mostrar, avançar dissimulado e operar a captura, deverá estar preparado para aguentar o contra-ataque e ripostar, ter a envergadura, a robustez e a resistência necessárias para resistir à dor e aos golpes, ser incorruptível e, em caso de necessidade, ter um lugar de escape ou um ponto de evasão seu conhecido. O que acabámos de adiantar é apenas o levantar da ponta do véu dos muitos requisitos exigidos a um cão guarda, mas serve para se ter uma ideia mais próxima daquilo que ele deverá ser.
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