sexta-feira, 23 de outubro de 2020

TERRÍVEL SURPRESA AO VOLTAR PARA CASA

 

Na bela cidade atlântica francesa de La Baule, situada na Côte d’Amour, na região do Loire-Atlantique, na passada segunda-feira a noite, um casal morador nesta cidade deixou o seu Jack Russel sozinho no jardim cercado da sua residência, tendo o cuidado de fechar bem a porta. Quando voltou para casa, por volta das 21h30, o casal reparou que o pequeno cão estava abalado e apresentava um corte com 10 cm à volta do pescoço, segundo faz saber o semanário “L'Echo de la Presqu'Ile”. Os donos do cão levaram-no imediatamente a um veterinário em Saint-Nazaire que teve de operá-lo de urgência para salvar-lhe a vida. Segundo este clínico fez saber, o cão havia sido deliberadamente esfaqueado e se a ferida tivesse somente mais uma polegada de extensão, o animal teria morrido. O cão já deixou a clínica, mas o seu prognóstico é ainda reservado. Depois disto, os seus donos apresentaram queixa contra desconhecidos por abuso de animais e um acto de crueldade na esquadra de La Baule.

Cães simpáticos e indefesos, daqueles que na gíria dizemos “não fazer mal a uma mosca”, que são a esmagadora maioria dos cães de companhia, não deverão ficar sozinhos no exterior das casas dos seus donos quando estes saem, mas sim dentro das habitações onde ficarão mais resguardados e protegidos. Ainda mais agora com a presente pandemia, que fez aumentar a procura por cães e inflacionar o seu preço, o que noutros países europeus tem tido como reflexo directo o roubo destes animais. Pondo de parte este aspecto, deixar um cão num quintal sem que ele saiba defender-se e sem escapatória, é abandoná-lo à sua sorte e sujeitá-lo aos caprichos dos mais variados viciados e tarados, inclusive de alguém que queira vingar-se dos seus donos e que veja no sofrimento ou na morte do animal a melhor das pagas. E se estes cães não devem ser deixados sós, também aqueles que estão a ser treinados para guarda deverão ser protegidos, porquanto não se encontram ainda verdadeiramente preparados e as experiências nesta área têm-se revelado fatais para os animais.

Entre outros predicados, um cão verdadeiramente preparado para guarda deverá estar sempre atento, não denunciar a sua presença e não se mostrar, avançar dissimulado e operar a captura, deverá estar preparado para aguentar o contra-ataque e ripostar, ter a envergadura, a robustez e a resistência necessárias para resistir à dor e aos golpes, ser incorruptível e, em caso de necessidade, ter um lugar de escape ou um ponto de evasão seu conhecido. O que acabámos de adiantar é apenas o levantar da ponta do véu dos muitos requisitos exigidos a um cão guarda, mas serve para se ter uma ideia mais próxima daquilo que ele deverá ser.

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