Não
é só na Cova da Moura que a Polícia é apanhada de surpresa, emboscada, atacada
ou retaliada. Por um motivo ou outro, com o confinamento exigido pelo Covid-19
à cabeça, as polícias europeias não têm tido infelizmente descanso, vendo-se
obrigadas a participar em violentos confrontos com manifestantes. Ontem à
noite, enquanto agentes da PSP eram recebidos a tiro, à pedrada e com garrafas
na Cova da Moura, quando intentavam desmobilizar uma festa de rua ilegal,
operação da qual resultou um agente ferido numa mão, na cidade alemã de Aalen, também
à noite, durante uma operação stop, um motorista mandou o seu Rottweiler para
cima dos dois polícias que o mandaram parar. Os dois agentes da autoridade foram
obrigados a refugiar-se no carro-patrulha até que o cão fosse finalmente preso.
Depois disso, o motorista foi levado debaixo de custódia e aguardam-no agora
várias acusações.
Como me nego determinantemente a aceitar que alguém tenha cães para os atiçar à polícia e sei por experiência própria que os uniformes e a atitude de quem os veste provocam por vezes, pela diferença, alguma estranheza nos cães, tenho por hábito, protocolo e prioridade, familiarizar e sociabilizar os cães que ensino com os agentes da autoridade das diversas polícias, que são aqueles que mais de perto zelam pelos direitos e obrigações dos cidadãos, garantindo-lhes em simultâneo a liberdade e a segurança. Vivemos actualmente momentos de profunda incerteza e de grande agitação social, motivos mais do que suficientes para que os mais fracos ou fragilizados entrem em desespero, percam a cabeça e se deixem levar pelo caminho da asneira.
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