quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FÉRIAS ATRIBULADAS

 

Na pequena cidade de Hatten, no Baixo Reno e no Departamento francês do Grand Est, a norte de Strasbourg (Straßburg, em alemão) e a nove milhas a sul de Wissembourg, ontem, quarta-feira, um pai de 46 anos e seu filho de 6, que para ali rumaram com a restante família para gozar férias, foram atacados por dois Rottweilers numa área residencial da cidade quando estavam a sair do mercado. O menino ainda conseguiu ir avisar o avô do ocorrido, uma vez que este mora perto do local onde tudo aconteceu. Pai e filho ficaram gravemente feridos nas pernas e no rosto, o primeiro foi evacuado pelo helicóptero da Segurança Civil e transferido para o Hautepierre CHU, hospital para onde o menino foi também transferido. Os cães ter-se-iam escapado do recinto onde foram presos e pulado a cerca.

Acredito que muitos proprietários caninos, independentemente das disposições legais em vigor (ver o nosso texto: “O ARTº 12 DA LEI Nº 46/2013 E OS CÃES DE GUARDA”, editado em 13 de Fevereiro de 2014), gostariam de saber que altura deverão dar aos muros para impedir que os seus cães se escapem. Pois bem, sem qualquer tipo de treino específico, um cão saudável é capaz de saltar um muro três vezes maior do que a sua altura, bastando para isso haver uma cadela com o cio por perto ou passar alguém do outro lado que o animal deteste particularmente, o que torna os muros de 1,8 metros de fácil transposição para qualquer cão médio, sendo para eles um salto natural. Ainda que haja cães capazes de ultrapassar muros com alturas 4 e 5 vezes maiores do que a sua altura, não o farão sem treino específico e dificilmente os ultrapassarão sem ordem expressa (2,4m ; 2,5m; 2,75m 3m …). Neste aspecto a lei portuguesa em vigor e relativa à altura de muros ou cercas está correcta – 2m. Muros abaixo deste valor são obstáculos de musculação para os cães, havendo muitos que se divertem a subi-los e descê-los, quando não têm mais nada que fazer.

Sem comentários:

Enviar um comentário