No
confronto directo com os homens só a surpresa dará vantagem aos cães de guarda.
É possível condicioná-los a atacar zonas vitais e a procurar a imobilização dos
seus oponentes, manobras cujo sucesso dependerá da ocasião, da envergadura dos
cães e da experiência de quem enfrentam. Com tantos condicionalismos, visando a
captura efectiva, os cães têm que evoluir dissimulados e aparecer de surpresa.
Mas, mesmo assim, terão que exercer uma força de impacto capaz de derrubar os
seus opositores, o que realmente lhes dará uma vantagem extra. Dotar um cão com
uma força de impacto capaz de derrubar um homem de 85 kg só será possível
quando o animal aprender a usar a totalidade do seu peso tal qual uma bala de
canhão, o que jamais fará se usar primeiro os dentes, como é a sua tendência
natural.
Apesar de alguma dificuldade inicial, todos os cães poderão aprender a fazê-lo, a tirar partido do seu peso, velocidade e do uso concertado dos seus membros (ex: uma pata no olho de alguém deixa-o por momentos parcialmente cego e aturdido; o rasgar das unhas de um cão na cara ou nas orelhas de um intruso poderá fazê-lo abandonar os seus intentos). No mais, importa não esquecer que ataques previsíveis são de muito fácil defesa e que esta pode ser amplamente treinada até os fazer gorar.
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