A
presente pandemia tem sido particularmente impiedosa com os mais velhos,
entregando à morte grande número deles e, como se isso já não bastasse, os cães
acabam por beliscar ou ferir seriamente os sobreviventes. A “caça aos idosos”,
alvos preferenciais dos cães logo a seguir às crianças de tenra idade, que já
acontecia antes do Covid-19 e que tem vindo a aumentar com o crescente número
de cães nas zonas urbanas, continua implacável, já que raro é o dia em que um
idoso não é atacado algures por um “amigo de 4 patas”. Em Dresden, cidade alemã
que é capital do Estado do Sachsen, no passado dia 10 de Outubro, pelas 10
horas da manhã, uma senhora de 70 anos de idade foi mordida na via pública por
um dos três cães de um casal que com ela se cruzou, animais que eram conduzidos
à trela. A septuagenária foi mordida duas vezes num braço e sofreu ferimentos
ligeiros. Os donos dos cães escapuliram-se para lugar desconhecido, não
prestaram socorro à senhora e continuam a ser procurados pela polícia de Dresden.
Creio que ninguém duvida que estamos perante uma alta proliferação de cães nas cidades e que muitos deles não foram parar às mãos certas, porque saber cuidar e educar um animal não está infelizmente ao alcance de todos. A prová-lo está o elevado número de ataques caninos por toda a parte e o amontoar das suas vítimas. A solução não está em penalizar determinadas raças, mas em habilitar todos os que pretendem ser proprietários caninos, habilitação que caberá aos diferentes governos levar a cabo para protecção dos seus cidadãos em geral, mediante aprovação em exame prático-teórico, porque quando alguém se faz acompanhar por um cão está a conduzi-lo. Esta solução encontra-se em fase embrionária e já acontece isoladamente em algumas cidades estrangeiras como temos dado notícia, onde os seus autarcas procuram parar os ataques caninos.
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