Muitos
de nós já assistimos àquela manifestação instintiva que leva os cães a enterrar
restos de comida, ossos ou brinquedos. No caso da comida, há quem diga que a
guardam para mais tarde se saciarem, quando na verdade não sabem porque agem
assim. Este comportamento é comum a todos os grupos somáticos caninos e abrange
tanto machos como fêmeas, resquício atávico que pode ser contrariado e eliminado
porque os cães têm poucos instintos e não os seguem cegamente, particularmente
quando há bebés recém-nascidos em casa, como aconteceu no último domingo à
noite na cidade neozelandesa de Hamilton, onde um Rottweiler abocanhou
fatalmente um bebé com 1 dia de vida e tentou enterrá-lo no quintal,
aproveitando a ausência da mãe que momentaneamente se afastou do recém-nascido
para ir à casa de banho. Apesar de transportado para o hospital, o bebé viria a
morrer em função dos ferimentos infligidos pelo molosso alemão, Rottweiler a
rondar os 2 anos de idade, adoptado recentemente por aquela família, que no dia
do incidente já havia fugido de casa e que a mãe do bebé ajudou a recapturar e
a trazer de volta a casa?!
Lamentavelmente incidentes destes repetem-se com alguma frequência onde cães e crianças de tenra idade coabitam debaixo do mesmo tecto, como recentemente aconteceu no Reino Unido. Graças à ignorância, despreparo e ausência de cuidado dos pais, que entendendo os cães de modo fantasioso, acabam por condenar os seus filhos à morte ao deixá-los ao alcance destes animais, independentemente do grau de controlo que possam ter sobre eles, que normalmente não são objecto de qualquer tipo de educação por ser julgado dispensável. Deverei eu condenar o Rottweiler por ser cão, ter instintos e ser descendente de lobo? É evidente que não! Quem é que criou e potenciou o perigo que levou à morte do bebé por imprudência e extrema imprevisão, violando o dever de acautelar o seu cuidado? Obviamente a mãe, que a nosso ver cometeu homicídio por negligência! O seu dever não era zelar pela vida do bebé? E se era, porque se ausentou sem primeiro prender o cão que mal conhecia? Só pode ter sido por extrema imprevisão e imprudência. Nem que seja só por um minuto, não devemos afastar-nos dos bebés e crianças de tenra idade sem primeiro prender os cães. O cumprimento desta regra pode salvar vidas!
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