Para
resolver o problema dos ataques caninos melhor seria elaborar uma lista de
donos perigosos, que seriam proibidos de ter qualquer cão, do que elaborar uma
lista com as raças caninas consideradas potencialmente perigosas, porque são os
donos e não os cães, os primeiros responsáveis pelos disparates causados pelos animais.
Bem sabemos que em democracia a última coisa que os políticos querem é acusar os
eleitores seja lá do que for e muito menos proibir ou condenar as suas escolhas,
mesmo que isso dê azo à ditadura das minorias sobre a maioria, o domínio dos
oportunistas sobre os inteligentes e a supremacia dos ignorantes sobre os
sapientes. Adiante. Na cidade alemã de Chemnitz, no Estado de Sachsen,
aconteceu uma violenta disputa no parque de estacionamento do supermercado
Edeka sobre uma vaga nos lugares reservados aos deficientes, discussão que
terminou com uma sexagenária deficiente a ser atacada e mordida por um
rottweiler.
Não
tendo como se valer de outros argumentos e envolvido na discussão com o marido
da vítima, um homem de 32 anos que disputava indevidamente o lugar, abriu o
porta-bagagens e atiçou um rottweiler contra a sexagenária que sofre de um
distúrbio mental, senhora que foi derrubada e mordida na mão esquerda, apesar
do dono do cão ter contado em tribunal uma história bem diferente e nada
credível. Este proprietário canino, que já é cadastrado, foi condenado a 8
meses de liberdade condicional e a uma indemnização de 2.000€, sendo advertido
que esta foi a última chance que aquele tribunal lhe deu. A gentalha desta e sempre
que tal fosse possível, dever-se-ia confiscar os cães e proibi-la,
definitivamente, de voltar a ter qualquer animal. Quem é que foi o criminoso? O
Rottweiler? Obviamente que não, mas sim quem o mandou atacar.
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