De Esopo
não se sabe muito, sabe-se que nasceu na Grécia Antiga, possivelmente entre os
séculos VI e VII antes da nossa era, que foi um escravo e um contador de
histórias, que acabou fatídicamente por ser executado. Ao que tudo indica, as
suas fábulas eram muito conhecidas na Antiguidade e muitas das conhecemos hoje
são-lhe atribuídas. Das muitas que lhe associam, escolhemos a conhecidíssima:
“O CÃO E A CARNE”, porque a moral da história contém lições importantes para os
fãs dos cães. Vamos a ela: “ Um cão que levava um pedaço de carne boca, ao
atravessar um rio, viu a sua imagem reflectida nas águas e pensou tratar-se
doutro cão com um pedaço de carne ainda maior. Largando a que trazia, jogou-se
à que via na água, acabando por ficar sem nenhuma”.
Bem que
poderíamos remeter a moral da história para a cobiça, atribuir-lhe aforismos do
tipo “quem tudo quer, tudo perde” ou “mais vale um pássaro na mão do que dois a
voar”, o que não seria de todo errado, mas como os nossos destinatários são conhecidos
e sabemos dos seus dramas e paixões, que tantas vezes comprometem as suas
vidas, concluímos: se não tem como suportar um cão, não procure outro, se não
tem tempo para um, muito menos terá para dois e se não consegue educar o cão que
tem, não adquira outro, porque irá perder os dois, já que esta fábula de Esopo
tanto se aplica à cobiça quanto à insensatez.
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