quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

UMA FÁBULA DE ESOPO: O CÃO E A CARNE

De Esopo não se sabe muito, sabe-se que nasceu na Grécia Antiga, possivelmente entre os séculos VI e VII antes da nossa era, que foi um escravo e um contador de histórias, que acabou fatídicamente por ser executado. Ao que tudo indica, as suas fábulas eram muito conhecidas na Antiguidade e muitas das conhecemos hoje são-lhe atribuídas. Das muitas que lhe associam, escolhemos a conhecidíssima: “O CÃO E A CARNE”, porque a moral da história contém lições importantes para os fãs dos cães. Vamos a ela: “ Um cão que levava um pedaço de carne boca, ao atravessar um rio, viu a sua imagem reflectida nas águas e pensou tratar-se doutro cão com um pedaço de carne ainda maior. Largando a que trazia, jogou-se à que via na água, acabando por ficar sem nenhuma”.
Bem que poderíamos remeter a moral da história para a cobiça, atribuir-lhe aforismos do tipo “quem tudo quer, tudo perde” ou “mais vale um pássaro na mão do que dois a voar”, o que não seria de todo errado, mas como os nossos destinatários são conhecidos e sabemos dos seus dramas e paixões, que tantas vezes comprometem as suas vidas, concluímos: se não tem como suportar um cão, não procure outro, se não tem tempo para um, muito menos terá para dois e se não consegue educar o cão que tem, não adquira outro, porque irá perder os dois, já que esta fábula de Esopo tanto se aplica à cobiça quanto à insensatez. 

Sem comentários:

Enviar um comentário