quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SOLTEM-NOS QUE ELES ENTENDEM-SE!

Lá para as bandas da serra onde descansa em paz, desde 17 de Agosto de 1808, o Ten. Coronel George Lake, correm rumores de algo insólito, que anda por lá um fantasma, durante o dia, a mandar soltar os cães alheios, que por vezes se pregam à dentada uns aos outros. Diz quem já ouviu e a tudo assistiu, que a sentença é sempre a mesma: “soltem-nos que eles entendem-se!”. Com a confusão instalada e sem valer aos pobres animais, aquela criatura fantasmagórica sai em bicos de pés e põe-se ao fresco, como se tivesse carne e sangrasse. Será o diabo em figura de gente ou o produto de alguma alucinação colectiva? Uma das duas ou as duas em conjunto hão-de ser, porque a sociabilização canina não é feita assim, o que assim acontece é a lei da selva: a lei do mais forte. Será que aquele espírito é adepto da carnificina do “ the last dog to stand”? Há milhares de anos que se ouve dizer, que o diabo atormenta as pessoas, os cães nunca, mas para tudo há sempre uma primeira vez!     

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