Em Tóquio, no Santuário Xintoísta Yasukuni, existe um memorial dedicado aos Cães de Guerra, uma estátua em bronze com a figura dum Pastor Alemão, de frente para outra dedicada ao Cavalo Militar, ali colocada 47 anos depois do final da II Guerra Mundial, em 1992. Homenagem tardia quando comparada com os memoriais erigidos pelas forças das Nações Aliadas, circunstância inseparável do desfecho daquela guerra. Como é sabido, o enriquecimento do Exército Imperial com companhias cinotécnicas ficou a dever-se a Adolfo Hitler, que fez chegar milhares de cães ao seu aliado japonês.
O
Santuário de Yasukuni tem causado alguns amargos de boca à diplomacia nipónica,
a maioria causada por chineses e coreanos, que se viram invadidos e sujeitos
aos caprichos do Exército do Sol Nascente, a quem acusam de vários crimes de
guerra e que exigem do Japão um pedido formal de desculpas ou outras formas de
retractação (fantasmas do passado). No centro da polémica relativa àquele santuário,
que serve também como memorial aos japoneses mortos na II Guerra Mundial, está
a inclusão dos nomes de alguns militares tidos como criminosos de guerra pelas
potências vencedoras. Sempre que um membro do governo nipónico se desloca
àquele santuário, os protestos de algumas nações asiáticas fazem-se ouvir,
quiçá pelo espectro do Império derrubado, pelo respeito às suas vítimas ou
temendo o ressurgimento do imperialismo japonês.
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