Parece
impossível mas o número de cães desaparecidos não pára de aumentar. Por todo o
lado vemos notícias e fotografias de cães que se perderam, ao ponto de se
tornar corriqueira esta situação excepcional. É possível que a pobreza
encoberta leve alguns proprietários caninos ao abandono dos seus animais,
disfarçando assim esse acto diante da presença do microchip nos cães. Caso o seu
cão desapareça, ligue imediatamente para o Canil Terminal Municipal da área
onde o animal se perdeu, porque pode acontecer, mais por engano e
superlotação, o abate de alguns cães antes do breve período da sua reclamação e
concedido pró seu resgate. Depois, contacte os postos policiais da área (GNR,
PSP, Guarda Municipal, Florestal e Marítima), assim como consultórios
veterinários ao redor, adiantando-lhes o nº do microchip e a descrição
pormenorizada do animal. Caso haja essa possibilidade, sirva-se também dos bons
ofícios das rádios locais. Nada disto irá dispensar a busca imediata que deverá
efectuar. Não encontrando o cão, é chegada a hora de colar os avisos nos locais
públicos mais concorridos, tendo o cuidado de neles colocar uma fotografia a
cores, que desnude a morfologia, estatura e envergadura do animal a monte,
adiantando o seu nome, sexo e idade, para além doutras particularidades que o
tornam único.
Na foto acima, podemos ver o Sargento
norte-americano Terry Young no programa da Oprah, com a apresentadora ao centro
e abraçada à sua esposa, sendo acompanhados por uma cadela mestiça de Pastor
Alemão, vermelha de médio porte: a “Target”, a quem a família Young ficou a
dever a ida àquele show. A Target, o Sacha e o Rufus, três rafeiros vadios no
Afeganistão, foram adoptados pelos militares americanos da Base de Dan Aw
Patan, na província oriental de Paktia, junto à fronteira com o Paquistão,
tornando-se suas mascotes. A meio de uma noite de Fevereiro, um homem-bomba,
atado a 25kg de explosivos, invadiu aquela base para matar o maior número de
soldados americanos possível e causar outros danos. Os três cães detectaram-no
e adivinharam-lhe as intenções, escorraçando-o dali para fora e obrigando-o a
detonar-se no exterior, depois de lhe terem ladrado e mordido. Graças à acção
dos cães, as vidas de 50 soldados americanos foram poupadas, apenas cinco deles
ficaram feridos e todos já se encontram recuperados. O Sacha morreu no
confronto, a Target e o Rufus ficaram feridos, vindo a ser tratados pelos
médicos militares, alcançando a partir dali, merecidamente, o estatuto de
heróis. Na foto abaixo podemos ver o Rufus e a Target.
Quando os
militares terminaram a sua comissão e regressaram a casa, trouxeram os cães
consigo, Rufus foi entregue aos cuidados doutro militar e rumou para a Geórgia,
cabendo ao Sargento Young, a viver no Arizona, ficar com a Target. Depois de se
acostumar a conviver com o outro cão residente na casa do citado sargento e de
se habituar a comer ração, a cadela, no intuito de se aliviar, saiu da casa do
dono e foi parar a um quintal vizinho, o que levou o seu proprietário a
requisitar os serviços do canil municipal, vindo a Target a ser capturada, não
tendo na altura qualquer placa de identificação ou microchip. Por engano e para
desgosto da família Young, particularmente do seu filho de 4 anos de idade, que
se apresenta inconsolável, a heroína de Dan Aw Patan acabou por ser
ingloriamente abatida com uma injecção letal. Como os enganos não acontecem só
nos Estados Unidos, caso o seu cão fuja, já sabe: contacte de imediato os canis
terminais municipais, para que ele não seja mais um “target” nas mãos de alguém
distraído ou vítima do excesso de zelo. A propósito: se tem um cão fugitivo, é
melhor ter os cartazes sempre à mão, certamente irão dar-lhe muito jeito! Não
seria melhor ensiná-lo?
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