quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

SE ELE DESAPARECER, NÃO HESITE, LIGUE LOGO!

Parece impossível mas o número de cães desaparecidos não pára de aumentar. Por todo o lado vemos notícias e fotografias de cães que se perderam, ao ponto de se tornar corriqueira esta situação excepcional. É possível que a pobreza encoberta leve alguns proprietários caninos ao abandono dos seus animais, disfarçando assim esse acto diante da presença do microchip nos cães. Caso o seu cão desapareça, ligue imediatamente para o Canil Terminal Municipal da área onde o animal se perdeu, porque pode acontecer, mais por engano e superlotação, o abate de alguns cães antes do breve período da sua reclamação e concedido pró seu resgate. Depois, contacte os postos policiais da área (GNR, PSP, Guarda Municipal, Florestal e Marítima), assim como consultórios veterinários ao redor, adiantando-lhes o nº do microchip e a descrição pormenorizada do animal. Caso haja essa possibilidade, sirva-se também dos bons ofícios das rádios locais. Nada disto irá dispensar a busca imediata que deverá efectuar. Não encontrando o cão, é chegada a hora de colar os avisos nos locais públicos mais concorridos, tendo o cuidado de neles colocar uma fotografia a cores, que desnude a morfologia, estatura e envergadura do animal a monte, adiantando o seu nome, sexo e idade, para além doutras particularidades que o tornam único.
Na foto acima, podemos ver o Sargento norte-americano Terry Young no programa da Oprah, com a apresentadora ao centro e abraçada à sua esposa, sendo acompanhados por uma cadela mestiça de Pastor Alemão, vermelha de médio porte: a “Target”, a quem a família Young ficou a dever a ida àquele show. A Target, o Sacha e o Rufus, três rafeiros vadios no Afeganistão, foram adoptados pelos militares americanos da Base de Dan Aw Patan, na província oriental de Paktia, junto à fronteira com o Paquistão, tornando-se suas mascotes. A meio de uma noite de Fevereiro, um homem-bomba, atado a 25kg de explosivos, invadiu aquela base para matar o maior número de soldados americanos possível e causar outros danos. Os três cães detectaram-no e adivinharam-lhe as intenções, escorraçando-o dali para fora e obrigando-o a detonar-se no exterior, depois de lhe terem ladrado e mordido. Graças à acção dos cães, as vidas de 50 soldados americanos foram poupadas, apenas cinco deles ficaram feridos e todos já se encontram recuperados. O Sacha morreu no confronto, a Target e o Rufus ficaram feridos, vindo a ser tratados pelos médicos militares, alcançando a partir dali, merecidamente, o estatuto de heróis. Na foto abaixo podemos ver o Rufus e a Target.
Quando os militares terminaram a sua comissão e regressaram a casa, trouxeram os cães consigo, Rufus foi entregue aos cuidados doutro militar e rumou para a Geórgia, cabendo ao Sargento Young, a viver no Arizona, ficar com a Target. Depois de se acostumar a conviver com o outro cão residente na casa do citado sargento e de se habituar a comer ração, a cadela, no intuito de se aliviar, saiu da casa do dono e foi parar a um quintal vizinho, o que levou o seu proprietário a requisitar os serviços do canil municipal, vindo a Target a ser capturada, não tendo na altura qualquer placa de identificação ou microchip. Por engano e para desgosto da família Young, particularmente do seu filho de 4 anos de idade, que se apresenta inconsolável, a heroína de Dan Aw Patan acabou por ser ingloriamente abatida com uma injecção letal. Como os enganos não acontecem só nos Estados Unidos, caso o seu cão fuja, já sabe: contacte de imediato os canis terminais municipais, para que ele não seja mais um “target” nas mãos de alguém distraído ou vítima do excesso de zelo. A propósito: se tem um cão fugitivo, é melhor ter os cartazes sempre à mão, certamente irão dar-lhe muito jeito! Não seria melhor ensiná-lo?

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