Aconteceu
em Erkrath, poderá acontecer noutro lugar. Na cidade alemã de Erkrath, situada
no distrito de Mettmann, na região administrativa de Düsseldorf, no estado de
Nordrhein-Westfalen, os bombeiros da cidade realizaram ontem, quinta-feira, dia
01 de abril, uma operação complexa para encontrar um cão (na foto seguinte) que
despareceu numa construção subterrânea. Apesar da missão ter durado 7 horas, as
equipas de resgate não obtiveram sucesso, conforme anunciou um porta-voz dos
soldados da paz que receberam o pedido de socorro por volta das 08h40. O Hunt
Terrier(1) já havia desparecido na noite anterior numa
toca combinada de raposas e texugos, não respondendo ao chamamento dos seus
donos. O cão, que se chama Holly (santo), sempre acabava por retornar a casa e
foi por isso que os seus donos esperaram por ele até à noite, na esperança que
encontrasse o caminho para casa, o que infelizmente não veio a acontecer.
O
corpo de bombeiros veio munido de uma câmera especial para fazer buscas no
subterrâneo. Várias entradas e fendas foram escavadas com pás. Após três horas
sem nenhuma novidade, foram solicitados reforços. Um limpa-chaminés e um
caçador do distrito vieram reforçar as equipas no terreno, mas todas as
tentativas de localizar o cachorro falharam. O prédio era "tão
confuso" e "dotado de cavernas e numerosos corredores" que a
busca teve de ser interrompida por volta das 15h30 "com o coração
pesado", disse o corpo de bombeiros. O anúncio do desaparecimento do Holly
foi postado no site da Tasso e os bombeiros de Erkrath pedem a qualquer pessoa
que encontrou ou viu o terrier que entre directamente em contacto com eles ou
que o relate através de um formulário online. Pelo que a notícia adianta e face
à veia caçadora do cão, não compreendo por que razão os seus donos não o
conduziam invariavelmente à trela no exterior, já que este era um fim
anunciado. Estariam à espera de algum milagre por causa do cão se chamar “santo”?
Com as várias espécies de animais a
procriar na primavera é natural que os cães andem agitados e extremamente
interessados em tudo à sua volta, particularmente os seleccionados para a caça,
que tendem a seguir os seus instintos, a pôr-se em fuga e a ensurdecer-se para
os seus donos, segundo aquela surdez bem conhecida que alcunhamos de “selectiva”.
Ao fazê-lo, os cães não só colocam em risco outros animais, como correm eles
mesmos vários perigos, uns mais esperados do que outros, que podem inclusive
levá-los à morte. Estou a lembrar-me por exemplo daqueles que, na perseguição
das suas tão desejáveis as presas, acabam por cair dentro de poços, rasgados em
arame farpado, electrocutados ou atropelados nas estradas, perante a impotência
dos seus donos. Nesta primavera, ainda que nas anteriores nada tenha sucedido,
nas caminhadas pelos campos, seja previdente e evolua com o seu cão à trela,
porque ao fazê-lo está a proteger-lhe a vida, que é a sua primeira obrigação.
(1)Os “Hunt Terrier” são cães tipo terrier que sempre estiveram e continuam a estar ligados às diferentes caças britânicas, usados também para perseguir a raposa vermelha na caça cavalo, constituindo-se para isso em matilhas. A continuidade destes cães ficou também a dever-se à necessidade de controlo de ratos em estábulos e canis, ao facto de afastarem outros cães e à capacidade de conseguirem expulsar as raposas das suas tocas, não hesitando em invadi-las. Durante anos deu-se preferência à cor branca para serem vistos com maior facilidade pelos caçadores. São descendentes dos Hunt Terriers, entre outras, as seguintes raças caninas: Border Terrier; Terrier chileno; Hunt Terrier (americano); Jack Russell terrier; Terrier Japonês; Fox Terrier miniatura; Parson Russell Terrier; Plummer Terrier; Rat Terrier; Ratonero Bodeguero Andaluz; Russell Terrier; Fox Terrier liso; Tenterfield Terrier; Terrier brasileiro; Toy Fox Terrier e Wire Fox Terrier.
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