Desenvolvemos
os trabalhos de ontem na cidade a pensar na melhor integração social dos cães,
porque a pista táctica só por si não a promove ao ser um ambiente protegido,
onde os desafios são mais atléticos do que sociais, os cães são quase sempre os
mesmos e as pessoas pouco variam, assistindo-se à constituição da “matilha heterogénea
escolar”, o que não garante em absoluto a sociabilização entre iguais dos
nossos cães quando confrontados com outros seus desconhecidos. Por causa isto
recorremos ciclicamente à necessária “alternância pista-cidade”. Na foto acima
vemos os binómios André/Shelby e Paulo/Bohr “em frente por dois” a caminhar
pelo jardim mais extenso da cidade, ainda à espera do final do “Estado de Emergência” que acontece já amanhã
e que se deseja definitivo. Na foto seguinte, quadro que se repete ano após
ano, ainda que com cães diferentes, vemos o Bohr e Shelby sentados numas
cadeiras de jardim debaixo do comando de “quieto” enquanto a tarde se esfuma.
No
GIF seguinte vemos o CPA Bohr a usar uma cerca de arbustos como Slalom, desafio
que aceitou alegremente, ainda que se visse obrigado a fazê-lo um pouco mais
cabisbaixo. Trabalhar na cidade não impede que concorramos aos muitos
obstáculos naturais e artificiais que ela tem para nos oferecer, obstáculos que
os cães irão encontrar no seu dia-a-dia e que por alguma vicissitude terão que ultrapassá-los.
Para além dos aspectos ligados à educação física e ao robustecimento atlético
dos cães, o propósito dos obstáculos da
Pista Táctica é facilitar a ultrapassagem daqueles que os cães irão encontrar
no seu quotidiano. Graças ao contributo dos obstáculos escolares, o
Labrador Shelby, que nem um salto de 40cm de altura fazia, consegue agora
saltar muros de 1 metro de altura e toda a sorte de obstáculos verticais à sua
frente. Lamenta-se a sua pouca frequência na escola que fica a dever-se à ausência
de um compromisso sério por parte do seu dono e condutor, amigo de “comes e
bebes”, que segundo diz “é o melhor que levamos desta vida”, mais apostado em criar
tecido adiposo extra do que em valer ao seu jovem cão.
Participaram nos trabalhos os binómios André/Shelby e Paulo/Bohr. O pobre do Soneca deve continuar enjaulado numa varanda a desperdiçar a sua juventude e muita energia (merecia melhor sorte). O Binómio Noé/Ruky não compareceu porque trocou a aula do dia de ontem pela de segunda-feira passada. A reportagem fotográfica esteve a cargo do Adestrador e do Paulo Jorge, cabendo ao último portento a sua montagem. Os objectivos foram cumpridos, a tarde esteve amena e o treino foi agradável.
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