quinta-feira, 29 de abril de 2021

DE VOLTA À CIDADE

 

Desenvolvemos os trabalhos de ontem na cidade a pensar na melhor integração social dos cães, porque a pista táctica só por si não a promove ao ser um ambiente protegido, onde os desafios são mais atléticos do que sociais, os cães são quase sempre os mesmos e as pessoas pouco variam, assistindo-se à constituição da “matilha heterogénea escolar”, o que não garante em absoluto a sociabilização entre iguais dos nossos cães quando confrontados com outros seus desconhecidos. Por causa isto recorremos ciclicamente à necessária “alternância pista-cidade”. Na foto acima vemos os binómios André/Shelby e Paulo/Bohr “em frente por dois” a caminhar pelo jardim mais extenso da cidade, ainda à espera do final do “Estado de Emergência” que acontece já amanhã e que se deseja definitivo. Na foto seguinte, quadro que se repete ano após ano, ainda que com cães diferentes, vemos o Bohr e Shelby sentados numas cadeiras de jardim debaixo do comando de “quieto” enquanto a tarde se esfuma.

No GIF seguinte vemos o CPA Bohr a usar uma cerca de arbustos como Slalom, desafio que aceitou alegremente, ainda que se visse obrigado a fazê-lo um pouco mais cabisbaixo. Trabalhar na cidade não impede que concorramos aos muitos obstáculos naturais e artificiais que ela tem para nos oferecer, obstáculos que os cães irão encontrar no seu dia-a-dia e que por alguma vicissitude terão que ultrapassá-los. Para além dos aspectos ligados à educação física e ao robustecimento atlético dos cães, o propósito dos obstáculos da Pista Táctica é facilitar a ultrapassagem daqueles que os cães irão encontrar no seu quotidiano. Graças ao contributo dos obstáculos escolares, o Labrador Shelby, que nem um salto de 40cm de altura fazia, consegue agora saltar muros de 1 metro de altura e toda a sorte de obstáculos verticais à sua frente. Lamenta-se a sua pouca frequência na escola que fica a dever-se à ausência de um compromisso sério por parte do seu dono e condutor, amigo de “comes e bebes”, que segundo diz “é o melhor que levamos desta vida”, mais apostado em criar tecido adiposo extra do que em valer ao seu jovem cão.

Participaram nos trabalhos os binómios André/Shelby e Paulo/Bohr. O pobre do Soneca deve continuar enjaulado numa varanda a desperdiçar a sua juventude e muita energia (merecia melhor sorte). O Binómio Noé/Ruky não compareceu porque trocou a aula do dia de ontem pela de segunda-feira passada. A reportagem fotográfica esteve a cargo do Adestrador e do Paulo Jorge, cabendo ao último portento a sua montagem. Os objectivos foram cumpridos, a tarde esteve amena e o treino foi agradável.

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