Setenta
e cinco depois do final da II Guerra Mundial, ainda se encontram evidências desse
grande conflito em território alemão, sendo comum encontrar-se bombas
enterradas por rebentar, fruto do prolongado bombardeamento aéreo aliado e
munições de vária ordem desleixadas, inclusive alemãs. Assim aconteceu ontem na
área florestal do município alemão de Fürstenwalde, situado no distrito de
Oder-Spree, no estado de Brandenburg, onde um cão que se encontrava a passear
com o seu dono desenterrou munições que remontam a este grande conflito
mundial. O dono do cão alertou a polícia do seu achado e o Departamento da
Polícia do Leste foi informado no Domingo. Após isto e no solo da mesma
floresta, o serviço de recuperação de munições descobriu 23 cartuchos de “Flak” (arma na foto
seguinte) e retirou-os em segurança.
O Flak 18/36/37/41 de 8,8 cm é um canhão de artilharia antiaérea e antitanque alemão de 88 mm, desenvolvido na década de 1930. Foi amplamente utilizado pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial e é uma das armas alemãs mais reconhecidas daquele conflito. O desenvolvimento do modelo original levou a uma grande variedade de armas. O nome “Flak” aplica-se a uma série de armas relacionadas, como a primeira Flak 18 de 8,8 cm, a Flak 36 de 8,8 cm aprimorada e posteriormente, a Flak 37 de 8,8cm. “Flak” é uma contracção do alemão “Flug a bwehr kanone”, também referido como "Fliegerabwehrkanone", que significa "canhão de defesa de aeronaves", que foi o propósito original da arma. Em inglês, "Flak" tornou-se um termo genérico para fogo antiaéreo terrestre. Informalmente, as armas eram conhecidas como “Acht-acht” (8-8) pelos alemães e " eighty-eight " (88) pelos Aliados. Oxalá a Europa e o Mundo não se autoflagelem novamente, porque seriamente sangrados já estamos com a actual pandemia. Seria óptimo se doravante os cães encontrassem, ao invés de armas e munições, cogumelos, turfas e outros produtos para o bem-estar de todos, o que me parece uma utopia.
Sem comentários:
Enviar um comentário