Com os pirilampos (Lampyris
noctiluca) em falta nos nossos campos, florestas e jardins, insectos que
abrilhantavam outrora as noites de Verão com a sua luz bioluminescente, outros bem
diferentes desceram aos jardins da cidade e procuraram a proximidade da luz dos
candeeiros públicos: meia dúzia de binómios apostados em aprofundar o
relacionamento interespécies e ir avante, sem temer o ridículo e honrar os seus
compromissos.
Não há melhor ocasião para
ensinar condutores caninos do que à noite, particularmente depois de um jantar
apetitoso e descontraído com amigos, porque a digestão induz à serenidade e a
barriga cheia à amizade, para já não se falar do silêncio que facilita a
atenção. Na noite de anteontem atendemos a um amigo que pretendia participar na
classe e que viu o seu desejo cumprido depois de breves
explicações.
Na foto seguinte podemos
ver a Sofia a convidar o pequeno Max para um grande salto. O convite da jovem
emanou tanta ternura que o cão saltou sem hesitações, o que mais uma vez traz o
amor à baila, porque sem ele o adestramento não passaria de um “fábrica” de
autómatos.
Aos irmãos Mendonça, na
foto seguinte, foi pedido que melhorassem o “junto” para mais depressa
alcançarem a condução em liberdade. A Lexa, a Fila de S. Miguel, está a
revelar-se extraordinária na obediência, ginástica e guarda, permanecendo
invariavelmente ao lado do seu dono e condutor aguardando ordens.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Lupa; Inês/Cosi; Sofia/Max; Tomás/Lexa e
Unknown/Cosi. A reportagem fotográfica esteve a cargo da Svetlana, a noite
esteve excelente e os objectivos foram cumpridos.
Agora que os dias são
maiores e as noites agradáveis, a cumplicidade entre donos e cães pode sair
reforçada e o adestramento pode ganhar um novo alento. Por outro lado, o
adestramento nocturno é mais célere, menos maçador e altamente proveitoso.
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