terça-feira, 2 de julho de 2019

ADOLESCENTES E CÃES DE COMBATE

Entregar um cão de luta ou de guarda a um adolescente é a mesma coisa que oferecer uma caixa de fósforos a um pirómano. Apesar de haver adolescentes responsáveis, a irreverência própria da idade e a imaturidade de uns tantos, somada à carga instintiva e aos impulsos herdados dos cães, pode induzi-los a actos criminosos de que mais tarde se virão a arrepender, alegando inclusive que não esperavam tal desfecho, na célebre e mui antiga dicotomia que sempre os caracterizou: desejam ser tratados como homens e responsabilizados como crianças.
A nosso ver, porque grande parte dos ataques caninos acaba por atingir membros do agregado familiar dos donos, onde nem os bebés escapam, a posse de cães perigosos deveria ser proibida às famílias com filhos menores residentes no mesmo lar, assim como deveria ser proibido o passeio destes cães em locais públicos quando conduzidos por menores, outros inimputáveis e pessoas sem a necessária robustez física, já que a segurança e integridade de todos nós não deverão ser postas em causa. Porque uma vez instalado o disparate, não há como dar-lhe a volta, como foi o caso que vamos contar-vos seguidamente.
Recentemente, por razões ainda a apurar, dois jovens de 22 e 16 anos, num campo entre as cidades Leimen e Heidelberg, decidiram atiçar os seus dois cães de luta contra um ciclista de 15, natural de Leimen, cidade no noroeste da Alemanha, Estado de Baden-Württemberg, Distrito de Rhein-Neckar. A vítima, o ciclista adolescente, foi arrancado da bicicleta e acabou com graves lesões faciais que provavelmente o deixarão desfigurado. Os cães foram apreendidos e levados para um abrigo e os seus donos foram presos.
Eis uma história trágica que poderia ter um final feliz senão tivessem entregado àqueles fedelhos dois cães assim!

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