Entregar um cão de luta ou
de guarda a um adolescente é a mesma coisa que oferecer uma caixa de fósforos a
um pirómano. Apesar de haver adolescentes responsáveis, a irreverência própria
da idade e a imaturidade de uns tantos, somada à carga instintiva e aos
impulsos herdados dos cães, pode induzi-los a actos criminosos de que mais
tarde se virão a arrepender, alegando inclusive que não esperavam tal desfecho,
na célebre e mui antiga dicotomia que sempre os caracterizou: desejam ser
tratados como homens e responsabilizados como crianças.
A nosso ver, porque grande
parte dos ataques caninos acaba por atingir membros do agregado familiar dos
donos, onde nem os bebés escapam, a posse de cães perigosos deveria ser
proibida às famílias com filhos menores residentes no mesmo lar, assim como deveria
ser proibido o passeio destes cães em locais públicos quando conduzidos por
menores, outros inimputáveis e pessoas sem a necessária robustez física, já que
a segurança e integridade de todos nós não deverão ser postas em causa. Porque
uma vez instalado o disparate, não há como dar-lhe a volta, como foi o caso que
vamos contar-vos seguidamente.
Recentemente, por razões ainda
a apurar, dois jovens de 22 e 16 anos, num campo entre as cidades Leimen e
Heidelberg, decidiram atiçar os seus dois cães de luta contra um ciclista de
15, natural de Leimen, cidade no noroeste da Alemanha, Estado de Baden-Württemberg,
Distrito de Rhein-Neckar. A vítima, o ciclista adolescente, foi arrancado da
bicicleta e acabou com graves lesões faciais que provavelmente o deixarão
desfigurado. Os cães foram apreendidos e levados para um abrigo e os seus donos
foram presos.
Eis uma história trágica
que poderia ter um final feliz senão tivessem entregado àqueles fedelhos dois
cães assim!
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