Hoje iniciámos os nossos
trabalhos mais tarde porque pretendíamos deslocar-nos a uma feira de velharias
e visitá-la numa hora em que tivesse maior movimento. Vista a feira, cada vez
menos interessante pela burrice dos autarcas locais, fomos passear à sombra das
árvores e aproveitámos os obstáculos que nos iam surgindo. De repente deparo-me
com um casal que nunca deixou de observar-nos. Intrigado com o seu interesse,
dirigi-me a ele e expliquei-lhes o que andávamos por ali a fazer. No meio da
conversa disse que no adestramento é mais fácil ensinar os cães do que os
donos, ao que o homem na minha frente retorquiu: “Há vinte anos atrás alguém
disse-me o mesmo”. Mais intrigado ainda, perguntei àquele desconhecido quem lho
havia dito, ao que ele respondeu: “Foi um homem chamado João Garrido em
Alcainça!” Não havia dúvida – estava perante um ex-aluno da Acendura! De volta
a casa procurava lembrar-me de quem seria, porque a partir de determinado
momento aquela cara deixou de parecer-me estranha. Depois de muitas
reviravoltas à cabeça, lembrei-me de quem era – o Hugo, um dos valentes que
passou pela Acendura, que em determinada altura acabou acidentalmente rasgado
pelos cães e que só foi receber atendimento hospitalar depois de cumprir todas
as voltas que lhe faltavam no “passarinho”. Desculpa lá ò Hugo, os anos não
perdoam!
sábado, 20 de julho de 2019
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