ALEXANDRA
GRUNOW (na foto acima) é uma especialista em cães do k9 Search
Dog Center na Caríntia, um Estado meridional da Áustria, onde quase todos os
dias morrem cães afogados em rios, lagos e lagoas, pormenor que a obriga a
deslocar-se a estes locais duas ou três vezes por semana para salvar cães em
aflição.
Segundo ela, os proprietários caninos não estão bem cientes das suas
responsabilidades e algumas raças de cães correm sério risco de morrer afogadas,
assim como os cachorros e os cães mais velhos.
Grunow adianta que os cães
com cabeças grandes e pesadas apresentam um problema que lhes pode ser fatal:
perdem o senso de equilíbrio e acabarão por afogar-se caso não sejam socorridos
de imediato, o mesmo acontecendo com cachorros e cães mais velhos. A maioria
dos grandes molossos, o Staffordshire, o Pug e os Bulldogs francês e Inglês são
os que exigem maior cuidado e
vigilância.
Uma simples lagoa no
jardim para um cachorro recém-chegado é suficiente para afogá-lo e os cães mais
velhos sedentos de água podem cair nela por se encontrarem inaptos fisicamente
e não conseguir sair dela. Uma lagoa no quintal para esta especialista é uma
armadilha letal.
O maior problema para
estes cães é o distúrbio do equilíbrio provocado pela entrada de água nos seus
ouvidos. Para além deste problema, outro sucede em rios, lagos, córregos e
lagoas menores, e é igualmente subestimado – a existência de poços profundos,
alguns que chegam aos dois metros de profundidade, escondidos em lençóis de
água com apenas 30 ou 50cm de altura. A somar a isto há que considerar também
as correntes. Para evitar que mais cães morram afogados, Grunow aconselha e
bem, o uso de colete salva-vidas nos animais (há-os de todas as cores, padrões
e tamanhos).
Para evitar que os nossos
cães corram os mesmos perigos, temos por hábito ensiná-los a nadar na Primavera,
para que possam refrescar-se no Verão sem qualquer percalço. Fazemo-lo na
Primavera porque no Outono e no Inverno a temperatura da água encontra-se
abaixo dos 15º celsius, o que pode pressagiar problemas e lesões indesejáveis.
O facto de um cão saber nadar correctamente e nisso ser experimentado, não o
isenta do uso do colete salva-vidas, porque pode encontrar-se exausto, ser
repentinamente levado por uma forte corrente e ficar desnorteado. Alexandra
Grunow está certa, se ainda não comprou, está na hora de comprar um colete
salva-vidas para o seu cão.
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