quarta-feira, 24 de julho de 2019

HÁ QUE DAR OUVIDOS À FDA

Há muito que sabermos ser falso o conceito que diz: “O que é bom para mim, é bom para o meu cão!” porque há muitos alimentos que não nos são nocivos, mas que são-no para os cães e vice-versa. A FDA, Food and Drug Administration (FDA ou USFDA), é uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos e também departamento executivo federal, sendo responsável pela protecção e promoção da saúde pública através do controle e supervisão da segurança alimentar, produtos de tabaco, suplementos dietéticos, prescrição e medicamentos sem receita, medicamentos farmacêuticos, vacinas, bio farmacêuticos, transfusões de sangue, dispositivos médicos, radiação electromagnética (ERED), cosméticos, alimentos para animais e produtos veterinários. Esta agência lançou este mês um alerta – o XILITOL pode ser mortal para os cães!
O que é o Xilitol? É um adoçante natural encontrado nas fibras de muitos vegetais, como o milho, a framboesa, a ameixa, entre outros, e que pode também ser extraído de algumas variedades de cogumelo. É obtido pela hidrogenação catalítica da xilose e é tão doce quanto a sacarose, porém é cerca de 40% menos calórico. Este comum substituto do açúcar é um tipo de álcool encontrado numa infinidade de alimentos, particularmente nos isentos de sacarose. Apesar desta substância ser perfeitamente tolerada pelos diabéticos, ela pode ser venenosa para os cães, segundo afirma a FDA. Nos últimos anos, esta agência federal  recebeu relatos de cães envenenados pela ingestão de alimentos que contêm xilitol. Muitas das intoxicações ocorreram quando os cães comeram acidentalmente pastilha elástica sem açúcar, apesar do xilitol também poder ser encontrado noutros alimentos ou produtos de consumo como rebuçados sem açúcar, rebuçados de menta, assados, gelados sem açúcar ou "magros", pasta de dentes, xarope para tosse e em algumas manteigas de amendoim e nozes. A ingestão destes 7 alimentos causaram a maioria das mortes dos animais de estimação.
Quando os cães ingerem xilitol, este é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea e causa uma rápida libertação de insulina, hormónio que ajuda o açúcar a entrar nas células. Esse pico de insulina pode fazer com que os níveis de açúcar no sangue dos cães desçam a níveis que ponham a sua vida em risco, lançando-os numa condição conhecida como hipoglicemia. O xilitol não é perigoso para os humanos, porque neles não estimula a libertação de insulina. Os sinais de envenenamento por xilitol em cães incluem vómitos, debilidade, dificuldade em andar ou ficar em pé, convulsões e coma, ocorrendo de 15 a 30 minutos após o consumo. As mortes ocorreram em menos de uma hora, segundo fez saber a FDA.
Para proteger o seu cão, Martine Hartogensis (na foto seguinte), veterinária da FDA, recomenda a leitura dos rótulos dos alimentos para se evitar o xilitol, particularmente se os produtos forem publicitados como “sem açúcar” ou com baixo teor de açúcar. "Se um produto contém xilitol, certifique-se que o seu animal de estimação não o consiga alcançar" - disse Hartogensis num comunicado. Este cuidado aplica-se também a produtos que não consideramos alimentares, como o dentífrico que o nosso cão pode tentar comer. Entretanto, se você está acostumado a dar amendoins ou nozes ao seu cão para facilitar a ingestão de comprimidos, antes de o fazer, deverá verificar o rótulo desses alimentos para se certificar que não contêm xilitol, advertiu ainda a FDA.
Retransmitimos o aviso e enfatizamos o seu pedido – protejam os vossos cães, leiam os rótulos!

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