Neste último Sábado
levámos os cães para dentro da cidade, para um frondoso jardim onde ainda é
possível escutar as aves, encontrar sombra, ouvir o gargalhar límpido das
crianças e o barulho das suas bicicletas, apostados na melhor aceitação dos
nossos companheiros de 4 patas. Quando menos esperávamos, encontrámos uma
senhora que observava com curiosidade o nosso labor e que nos disse que o seu
filho também tinha um Pastor Alemão, por sinal mau, mas que andava a ser
ensinado não sabia onde. Conversa para cá, conversa para lá, descobrimos que a
dita senhora era mãe de um aluno nosso e a foto abaixo marca o momento em que
foi convidada para conduzir o Blaze.
Desta vez o nosso amigo
José Maria conseguiu chegar a horas ao treino com a CPA Mel, demonstrando um
vigor que denunciava o contributo de um ginásio que muito aprecia, já que há
muitos e não são todos iguais. A Mel está a integrar-se cada vez mais no grupo
escolar e está a dar mostras de maior segurança e curiosidade, particularmente
nas induções ofensivas de que tem sido alvo.
Com o Pedro de volta, cuja
ausência foi muito notada, passámos-lhe para as mãos o CPA Blaze, opção que foi
do seu agrado e que o levou a exclamar: “Com este cão até posso andar de olhos
fechados!”.
Normalmente o Blaze é
entregue à Jessy e é-o por duas razões: porque o cão convive normalmente com
africanos no lar e porque é óptimo para quem tem medo de cães, mostrando-se um
companheiro calmo e seguro. Mas como tivemos de distribuir o Blaze ao Pedro,
acabámos por entregar à Jessy a Pitbull Cosi, que se prestou exemplarmente para
o mesmo efeito.
De olhos fechados, mas com
alguém com eles bem abertos atrás dele, o Pedro ia usufruindo do momento em que
se tornou fila-guia daquela classe excursionista, incumbência que surpreendeu
muitos viandantes, não fora o cão tão grande e o miúdo tão pequeno.
Quando não esperávamos
mais surpresas, eis que nos surge uma ex-aluna com “Traje de Luces” – a Sónia,
que se fazia acompanhar pelo seu Pastor Belga Groenendael, animal que ao
ver-nos logo correu na nossa direcção. Apesar da indumentária menos confortável
para a ocasião, dona e cão integraram-se segundos depois nos trabalhos
escolares debaixo do olhar curioso do Afonso.
Afonso que viria a servir
de apoio à inesperada anciã condutora e de referência para o seu irmão Tomás,
que conduzia na altura a Fila de S. Miguel Lexa, apesar de apresentar no treino
de havaianas (chinelos), como se de “tropa de pé-descalço" se tratasse.
Durante alguns momentos,
com o Paulo entregue à reportagem fotográfica, o João Mendonça viu-se obrigado
a conduzir o CPA Bohr, tarefa para ele hercúlea mercê da sua falta de forma e
do dinamismo do cão. Porém, valeu o esforço.
Alheio a tudo isto e a “passear
na avenida”, o Blaze adaptava-se ao Pedro sem qualquer dificuldade, apesar de
não ser fácil adequar a passada para acompanhar um garoto tão pequeno, já que o
este CPA mede mais de 70 cm e cobre naturalmente em cada passada 150 cm de
terreno.
Empenhados em levar de
vencida o medo da Jessy pelos cães, para além de lhe distribuirmos uma Pitbull,
ainda a pusemos a conduzir mais um cão: a Doberman Lupa. E como se isso só por
si não bastasse, ainda pusemos na sua retaguarda a Lexa, Fila de S. Miguel que
melhora a sua prestação a cada dia que passa.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Adestrador/Bohr; Afonso/Lupa; Jessy/Cosi; João/Bohr;
Paulo/Bohr; Pedro/Blaze, Sónia/Shane e Tomás/Lexa. A reportagem esteve a cargo
do Paulo Motrena e a sessão de treino foi a menos concorrida deste ano (havia
muita gente de férias).
Para a semana tomaremos
outros trilhos e abraçaremos outras metas levados pelo amor que nos liga aos
cães, companheiros que merecem o nosso maior apreço pelo muito que nos dão.
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