Só damos pelo que nos faz
falta quando precisamos e não o encontramos, o que diante duma necessidade de
socorro pode significar a diferença entre a vida e a morte. Os pequenos cães,
toys e miniatura, a menos que se tornem insuportáveis ou façam as necessidades
fisiológicas em casa, raramente concorrem ao adestramento, porque adestradores
e donos têm deles falsos pressupostos, os primeiros julgam-nos imprestáveis e
os últimos “entendem” que não precisam de treino. Ambos estão profundamente enganados
por não reconhecerem imediatamente a utilidade destes pequenos companheiros e a
sua abrangência.
O que terá o adestramento
a oferecer a estes cães? Perguntar-me-ão. No que diz respeito às disciplinas de
obediência e sociabilização tanto os cães grandes como os pequenos nelas precisam
de ser aprovados, especialmente os de menor tamanho, tendencialmente mais
nervosos, assustados, desconfiados e barulhentos (alguns chegam a morder
impiedosamente). Devolver a calma a estes cães é doar-lhes vida e promover a
sua integração social, tarefas prioritárias do adestramento.
Para além destes aspectos
e da optimização da sua biomecânica, porque o seu bem-estar não pode ser
esquecido e o aumento da sua esperança de vida é um objectivo, devemos treinar
estes cães para o que melhor sabem fazer – ladrar, algo que é-lhes instintivo e
intrinsecamente ligado à sua reduzida morfologia. Estamos a falar de um ladrar
condicionado e não arbitrário, há muito procurado nos cães de vigia, hoje tidos
como “cães de alarme”, que pertencem à primeira e mais numerosa das categorias
dos cães de protecção civil.
Este ladrar incutido não
se reporta apenas ao alarme, mas estende-se até aos pedidos de socorro, quando
os donos sofrem algum tipo de ataque, natural ou provocado, não podem pedir
ajuda e necessitam de auxílio urgente por parte dos vizinhos. Como se
depreende, num caso destes, um pequeno cão é uma mais-valia de valor
inestimável. Hoje o site https://www.tag24.de/nachrichten/hunde-vergewaltigung-frau-friedhof-rettung-fremder-mann-attacke-australien-1131429
dá notícia de um grande feito levado a cabo por dois pequenos cães.
Em Williamstown, na
Austrália, primeiro assentamento portuário de Melbourne, não se sabe bem por que
razão, uma mulher passeava os seus dois cães, um mestiço de Shih-Tzu e um Terrier,
junto ao cemitério daquela localidade, quando foi surpreendida por uma homem
que a atirou para o chão, pretendia despir-lhe as calças e consolidar o
estupro. Segundo confessou a vítima ao Yahoo News, que escapou ilesa, os seus
pequenos cães começaram a ladrar e caíram sobre aquele predador sexual,
mordendo-o e obrigando-o a pôr-se em fuga.
A mulher em questão, que
deseja manter o anonimato, foi directamente à polícia para a alertar do
sucedido. Devido a este incidente optou por ir morar para outras bandas, uma
vez que vive sozinha com os seus cães e não quer voltar a correr riscos. JENNA SLADEK (na
foto seguinte), detective da polícia local, classificou os cãezinhos de “pequenos
heróis” de acordo com a sua prestação em prol da dona.
Depois desta narrativa
penso que ninguém tem dúvidas acerca da importância do treino dos cães mais
pequenos, porque são tão protectores como os demais e bem treinados podem
salvar vidas. Estes evitaram que a sua dona fosse molestada sexualmente, outros
abraçarão outras façanhas!
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