Fartos de ouvir falar de
crimes violentos, perpetrados muitas vezes por quem menos se espera, decidimos
este Sábado proceder à defesa dos donos e dos seus bens, preparando os cães
para acções reais através de simulacros próprios para lhes dar vantagem no
confronto directo com os mais variados meliantes, tornando a sua resposta mais
eficaz e inesperada, exactamente como faríamos com uma alça de mira. Por outro
lado e tendo em conta o caso do cruzado de Teckel Cerdoso, o valoroso pequeno
Max, agora a aprender os rudimentos da obediência, esperamos fazer dele
simultaneamente um menino bem-comportado e uma arma de bolso, daqueles
cãezinhos que saltam do saco da mamã e quem impedem assim que venha a ser
surripiado. Na foto superior podemos ver o voo do CPA Bohr sobre o seu opositor
e em baixo o SRD Max a aprender a sentar-se.
Apesar de ser Sábado e os
baptizados acontecerem maioritariamente aos domingos, a Sofia, a dona do
pequeno Max, acabou por ser “baptizada” segundo o nosso rito e tradição tendo
como padrinhos os CPA’s Bohr e Max, junto com o Labrador Soneca. Na foto
seguinte podemos ver a participação do CPA Max neste ritual, ocasião em que
parece compadecer-se da sua afilhada.
E como havia mais um
“neófito”, acabámos também por “baptizar” na disciplina o Afanasie, um jovem
português de origem moldava, alto e esguio que voluntariamente se prestou à
mesma iniciação, tendo como padrinhos todos os cães presentes em classe. Na
foto seguinte é possível vê-lo a defender-se de um ataque do CPA Bohr.
O pequeno Labrador Soneca,
arredado dos treinos por imperativos do dono, retornou e em força, porque
apesar de ainda não ter atingido a maturidade sexual, também adora fazer
ataques à manga e não a larga mesmo que o suspendam.
Que ninguém pense que o
faz por brincadeira, porque a sua decisão não engana. Para dissipar dúvidas,
vale a pena ver uma das cargas que efectuou. Para além das capturas, o Soneca
adora perseguir e detectar intrusos. É possível que se julgue um Pastor Alemão
por força do grupo escolar a que pertence. Contudo, certo é que a indução do
dono e o churro fazem maravilhas.
Quando os homens estão
exaustos e já sem vontade de ser cobaias, também quando o Jorge não está e a
coisa fica mais preta, sempre avança a Svetlana, que desprovida de grandes temores,
veste a pele de figurante com a maior das naturalidades.
Como só perde quem tem e
há coisas de valor inestimável, pelo sim pelo não, mais vale protegê-las. Assim
pensou o Tomás quando convidou o CPA Bohr para um ataque superior. É evidente
que ninguém acredita no diabo, todavia mais vale jogar pelo seguro, não vá ele
tecê-las!
Com o Adestrador empenhado
em proteger o figurante se necessário, passou para as mãos da Sofia o CPA
Blaze, cão que não conseguiu segurar e que a levou a reboque, porque o animal
pesa tanto ou mais do que ela. Apesar do susto, o Paulo escapou ileso.
Entre os ataques ainda
houve lugar a exercícios de obediência dinâmica visando a destreza dos
condutores caninos. Na foto abaixo podemos ver a Svetlana a conduzir em
simultâneo dois cães: a Doberman Lupa e a Fila de S. Miguel Nexa.
Dentro do período
reservado à obediência começámos a ensinar o “quieto” ao SRD Max, um verdadeiro
fenómeno de aprendizagem, porque depressa aprende tudo o que lhe é ensinado,
apesar de ter vivido seis anos praticamente dispensado de regras.
Apostados em reavivar no
CPA Blaze os comandos inerentes à sua missão doméstica, convidámo-lo para
várias perseguições, nomeadamente aquelas em que o perseguido acabava
praticamente ao seu alcance.
Raros são os cães que sobem
às árvores, mas vale a pena tentar e, se há alguns que são capazes, porque não
os nossos? É evidente que o sucesso nesta matéria reside no tempo de partida
entre figurante e o animal.
O CPA Max continua “a
encher a boca” e está a aprender a usar o seu peso e força para imobilizar os
figurantes, evitando assim que futuramente venha a ser ludibriado ou
projectado. Continuamos a pedir ao seu condutor maior estímulo nas acções do
seu cão.
Nos 10 minutos que
dedicámos ao aquecimento entregámos o CPA Blaze aos cuidados do José António.
Homem e cão depressa se constituíram em binómio e levaram de vencida os
desafios colocados à sua frente.
“De vento em popa”
continua o relacionamento entre o Afonso e a Doberman Lupa, entendimento que
vem possibilitando imagens de rara beleza como a seguinte, desempenho que acaba
por motivar todos os binómios para novas metas e objectivos.
Atendendo à sua
disposição, potência de mordedura, peso e envergadura, a maioria dos ataques do
CPA Blaze é feita à trela, porque importa proteger a integridade dos
figurantes. Preparar ataques lançados à trela, para além da inescusável
protecção das cobaias, aumenta substancialmente a motivação e o ímpeto dos
cães.
Não é fácil aguentar o
embate e o sacudir de um cão com mais de 50 kg de peso, particularmente se for
rápido e jovem, mas o Jorge esteve à altura e o José António também, porque se
o primeiro aguentou o embate, o segundo tudo fez para o tornar ainda mais
forte.
A imagem que se
segue é de rara beleza e fala por si: o cão mede o salto para a manga e o
figurante “aguenta-a” com alguma cautela, ainda que mal posicionado ou
desequilibrado de pés (sempre há prioridades a respeitar).
Participaram nos
trabalhos os seguintes binómios: Afanasie/Blaze; Afonso/Lupa; Aníbal/Max;
Jorge/Soneca; José António/Blaze; Sofia/Max; Svetlana/Lupa e Tomás/Nexa.
Sentimos a falta do José Maria, da Mel e da Jessy, a Carla foi de férias para a
Tunísia, a Maria para Castelo Branco e os fotógrafos foram o José Maria e o
Paulo Motrena.
Desejamos a todos
os nossos leitores uma boa semana, quer se encontrem a trabalhar ou de férias,
apesar da temperatura da água do mar se encontrar abaixo dos 20 graus celsius
na Costa Portuguesa, o que não é muito normal para a época. Para a semana cá estaremos com outras novidades.
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