Polícias e ladrões usam
cães com o mesmo sucesso, porque estes companheiros a tudo se prestam pelos
vínculos afectivos que os ligam aos donos. Do mesmo modo que os cães policiais
não são abatidos por qualquer dolo que causem a um cidadão desobediente à lei,
também os cães dos marginais não deverão ser abatidos por defenderem os seus
donos, muito menos aqueles que acidentalmente ou por falta de cuidado dos seus
mestres acabam por atacar alguém. Mais do que elaborar uma lista de cães
perigosos, importa listar os donos que não têm condições para os ter, o que
parece significativamente mais complicado perante a liberdade individual. Ninguém
duvida que um cão pode ser uma arma e que o livre acesso às armas é um tremendo
disparate. Não será também tamanha insanidade entregar um cão bélico a qualquer
um?
A imprensa online alemã de
hoje faz eco duma notícia que envolveu um Rottweiler, propriedade de um bêbado
de 21 anos, que tinha na ocasião 1,5 miligramas de álcool no sangue (alguns alemães
quando bêbados são piores que cavalos com o freio nos dentes). O incidente
aconteceu na noite de ontem, na Cidade de Karlsruhe, quando o dono do
Rottweiler se atirou ao dono de outro cão mercê de qualquer desaguisado. A
Polícia foi chamada ao local e o Rottweiler acabou por atacar e ferir um dos agentes.
O jovem foi detido pela polícia e o cão confiscado, restando saber se irá ou
não ser-lhe entregue, considerando a sua dependência e o seu comportamento agressivo
e anti-social.
Em casos como este, a bem
das pessoas e dos cães, considerando o bem-estar e longevidade de ambos, somos
contra a entrega destes animais aos seus proprietários, porque ninguém ganha
juízo de um dia para o outro e as dependências precocemente enraizadas são de
difícil extracção. Cães como este Rottweiler de Karlsruhe deveriam ser
entregues à polícia e/ou às forças armadas para posterior adaptação aos seus
serviços. Somos abertamente contra a pena de morte em pessoas e em cães, porque
nenhuma vida foi dada para ser desperdiçada.
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