Num país onde o combate à
corrupção nunca terá tréguas, dá ideia que os pirómanos assassinos são
invisíveis, gozam de protecção, são inimputáveis e parecem fazer parte de uma
acção consertada e conservada no segredo dos deuses, quiçá encontrada na “Teoria
dos Antigos Astronautas” que sempre é martelada no Canal História. Os ataques à
nossa floresta são acções terroristas que, ao não serem travadas, irão atentar
contra a nossa própria soberania, pelo que importa que os fogos florestais não
se transformem numa “mera” indústria capaz de combater o desemprego e de sustentar
todas as pessoas e meios envolvidos no seu combate a despeito do aumento da
dívida externa do País.
Os políticos bacocos que
temos e os tecnocratas que os subsidiam, iguais a tantos que já tivemos no
passado, ainda não compreenderam que o combate mais eficaz contra os incêndios
é a sua prevenção e que cada novo hectare queimado é menos um que não
conseguimos defender. E se não conseguimos defender eucaliptos, pinheiros,
sobreiros e castanheiros, muito menos seremos capazes de defender-nos de quem
nos quiser subjugar, coisa há muito sabida e que levou à nossa inglória participação
na I Guerra Mundial. A queima desmedida das florestas é por isso uma dura e profunda
facada contra a independência nacional e contra todos os portugueses, que de
uma forma ou de outra irão ser quotizados para saldarem os estragos.
Que me importa a mim saber
quantos homens, aviões e viaturas são destacados para determinado incêndio? O
que eu quero saber e as populações atingidas querem, é que as suas vidas e o
seu património sejam poupados, que o número de vítimas não aumente e traga
consigo ainda mais miséria, dor e pranto. Estaremos a usar os melhores meios no
combate aos incêndios? Pelo discurso dos responsáveis operacionais tudo leva a
crer que não, porque raramente falam (não sei se alguma fez o fizeram) no
recurso às novas tecnologias, com as quais se fazem as “eficientes” guerras de hoje.
Assim, no combate aos
incêndios florestais, as Forças Armadas Portuguesas têm muito que aprender,
pelo que a sua participação é inescusável, já que dificilmente encontrarão
melhor simulacro para futuras acções, que se esperam e desejam vitoriosas (quem
não consegue apagar um fogo doméstico, como conseguirá defender a sua casa?).
Acredito, devido aos reacendimentos
e ao despoletar estratégico dos incêndios, que os pirómanos façam uso das novas
tecnologias e que estas não tenham sido detectadas até ao momento por quem tem
a responsabilidade de proteger a nossa floresta, mormente pela ausência de novas
estratégias, logística apropriada e de pessoal especializado, cuja existência
aumentaria os níveis de eficácia e diminuiria substancialmente os gastos pelo
uso racional dos recursos (muitos euros e rios de combustível).
Nos
tempos em que era moço e acreditava piamente em tudo o que me diziam, disseram-me
um dia que, em caso de ataque ou invasão, os portugueses teriam que se esconder
nas serras e ripostar a partir dali. Como hoje ir para as serras é ir ao
encontro da morte, para onde fugiremos agora? Urge fazer qualquer coisa para
que a situação se altere, nem que para isso tenhamos que responsabilizar os
políticos, rodar as cabeças dos generais 180 graus e formar novos corpos de bombeiros,
agora melhor preparados e equipados, porque os primeiros não sabem o que fazer,
os segundos parecem presos no tempo e os últimos são as suas vítimas. A Nação
quer o fim dos incêndios e é isso que espera dos seus filhos!
PS:
Não sei se não seria boa ideia soltar o hacker português (Rui Pinto) e usá-lo no
combate aos incêndios.
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