A Organização Mundial de
Saúde (OMG) reconheceu recentemente um novo distúrbio mental, o relacionado com
o vício dos videojogos, que em inglês é catalogado como “Gaming Disorder” e que
é caracterizado por um padrão de comportamento obsessivo com os videojogos.
Estranhamente, esta doença mental não afecta só os mais jovens (crianças e
jovens) mas vitima também adultos em grande número, nomeadamente aqueles que
se encontram na casa dos 30. Segundo faz saber esta organização, os pacientes
que apresentam esta condição médica “não conseguem dominar a sua relação com os
videojogos", deixando a frequência, intensidade, duração e contexto dos
seus hábitos fora do seu próprio controlo.
Ao tomarmos conhecimento
desta nova doença lembrámo-nos de uma mais antiga mas que ainda prevalece, a ligada
aos apaixonados da guarda desportiva, que tendem a ver a realidade pela
simulação e a induzir os seus cães em erro, animais que não conseguem
diferenciá-la da ficção. Também estes condutores caninos chegam a adquirir um
comportamento obsessivo com as modalidades desta índole, como se o adestramento
não existisse para além delas ou que as outras modalidades fossem de menor
valia quando comparadas consigo.
E a obsessão desta gente é
tão grande que chegam a dar fome aos cães e a desconsiderar a sua integridade, longevidade,
fragilidade de impacto, aprumos e biomecânica na ânsia de pontuarem e
alcançarem os títulos que tanto desejam, também por dar-lhes “pica”, verem-se
aprovados e necessitarem avidamente de constantes descargas de adrenalina. As
guardas desportivas são um dos meios para se alcançar a guarda real, mas jamais
serão o único ou melhor e muito menos um fim em si mesmo, estando para a guarda
real como o Paintball está para as acções de combate.
Pecam os adeptos desta “guerra
a feijões”, cujo resultado já se encontra viciado e é esperado, ao pensar que
as leis cá fora são iguais aos regulamentos que respeitam, insanidade que
poderá vulnerabilizar os cães e pô-los à mercê da impiedade dos assaltantes,
que aprendem com os seus erros e não os repetem, peritos que são em ludibriar “cãezinhos
de aviário”, os acostumados a vencer lutas com fraca oposição. Meus caros
amigos, que demência tamanha é amar mais a competição que o próprio cão!
Para quem gosta de
reflectir, lançamos uma pergunta: a salvaguarda dos cães não será o primeiro
objectivo do adestramento, seja ele qual for?
Sem comentários:
Enviar um comentário