Infelizmente não podemos
escolher os nossos vizinhos ou outras pessoas com quem nos cruzamos. Eu tenho
um vizinho que em tempos idos seria catalogado como “burro que nem uma porta”,
atendendo ao facto de ser duro de entendimento.
Imaginem que o fulano todos os
dias arranja boleia de um amigo, um homem simpático que se faz acompanhar do
seu cão. O meu vizinho também tem um e todos partem no mesmo carro. Ainda a
viagem vai a meio, já andam os cães à pancada e a cena repete-se dia após dia. Convém
dizer que o meu vizinho segue no banco de trás com os dois cães. Os seus
procedimentos usuais são: abrir a porta do carro, mandar o cão saltar lá para
dentro e sentar-se depois na ponta direita do banco traseiro. Como deveria
proceder para poder controlar os cães e evitar que se engalfinhem?
Penso que a solução não é difícil
e não é preciso pensar muito: o homem deve manter o cão quieto, entrar primeiro
para o carro e chamar o animal depois, para ficar no meio dos cães, posição
vantajosa para os controlar e óptima para evitar que se peguem. Sabem que mais?
Caso ninguém indicasse ao meu vizinho a solução, seria bem possível que os cães
continuassem a brigar por tempo indeterminado!
A melhor desta semana
ouvi-a da boca de um pequeno empresário, a quem uma velhota quer impingir um
cachorro que foi buscar a um abrigo. A anciã tem 84 anos, algumas dificuldades
em se mexer e mora num 3º andar sem elevador. Como o cão precisa de vir à rua,
a idosa cansa-se muito e não tem disponibilidade física para isso, quer agora livrar-se, quanto antes, desses trabalhos! Onde teria o pessoal do dito abrigo a cabeça? Não seria
melhor ir buscar a velha senhora de vez em quando para ver os cãezinhos e
deixá-la conviver com as pessoas ali presentes? Quantos idosos pelas mesmas
razões tiveram de abrir mão dos seus cães? Diante destas situações anedóticas
parece que o raciocínio passou de moda!
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