Eis-nos no Natal mais uma
vez, época de grande alegria para alguns, de grande tristeza para muitos, de
boas recordações para uns tantos e de triste e má memória para outros,
sendo-lhe a maioria das gentes indiferente ou quase indiferente. Não faltará
neste Natal, como não faltou nos outros, alguém para me recordar que ele foi
posto no lugar da festa maior do paganismo romano e que não se sabe ao certo
quando Jesus nasceu, lembretes que nunca pedi e que sempre visam desacreditar a
fé que tenho no Salvador do Mundo: Jesus Cristo. Se a fé que tenho não fosse
dom de Deus, por certo já estaria há muito confundido.
Todos os dias são dias de
qualquer ou para qualquer coisa, praticamente em todos se comemoram feitos,
datas e centenários, efemérides bem menores que o nascimento de Jesus Cristo, a
encarnação de Deus dada ao mundo para salvação da humanidade, o que equivale a
dizer que a nossa vida não acaba aqui e que outra melhor sucederá a esta, esperança
que lamentavelmente não habita nos que desprezam Deus e a obra redentora do Seu
Filho, que veio ao Mundo para nos reconciliar com o Pai. E se tudo começou com
o seu nascimento, porque não haveremos de celebrá-lo? A sua chegada não é uma
manifestação suprema do Amor de Deus?
Confiado nesse Amor
dispenso as prendas, porque Deus deu-me a maior de todas; mesmo que não tenha
ninguém sentado ao meu lado, jamais estarei só porque Deus está comigo. O meu
Natal não acaba a 6 de Janeiro, Dia de Reis, é uma celebração contínua e
eterna, uma dádiva de gratidão a Cristo, cujo nascimento agora celebramos. E
sabem que mais? Natal sem Cristo é nada e é tudo menos Natal! A gratidão que
sinto pela salvação e protecção divina leva-me a convidar outros sem excepção para
a mesma experiência, porque o Natal é universal – Cristo veio para todos!
E se assim é, por que
razão ou razões tantas pessoas abominam a época natalícia? Basicamente pela
ausência de amor ao próximo que exala hipocrisia, que leva ao sectarismo de
alguns e à ignorância de muitos, porque quem o havia de anunciar remete-se por
norma a um ritualismo estéril, outros guardam o Natal só para si e para os seus
e a grande maioria não sabe qual o seu real significado para a Humanidade, pelo
que importa dizer que não estamos sós, Cristo (Emanuel) já veio e está connosco
(Mateus 1:23). Diante deste panorama, não restam dúvidas: o Ocidente está
necessitado de ser outra uma vez evangelizado!
E enquanto isso não
suceder, o Natal continuará a ser a festa maior do consumismo (há mais gente nos shoppings que nas igrejas), um pretexto para
a apostasia, o melhor dos sinónimos para a hipocrisia, uma excelente ocasião
para a ostentação e para a vaidade, um fechar de olhos para o sofrimento que
nos rodeia, uma porta fechada para quem precisa do nosso auxílio e um profundo
desrespeito pela vinda de Jesus ao mundo, que encarnou para nos livrar desta
carga e tropeço.
Bom Natal significa que
Deus reconciliou o Mundo consigo, que através de Cristo temos paz com Deus e que
tendo-a com o Pai somos convidados a estendê-la a todos os homens. Desejamos a
todos os leitores deste blogue um Bom Natal, que o Menino Jesus que agora
celebramos, os acompanhe para toda a vida e os conserve debaixo das suas
promessas no caminho que nos leva à Vida Eterna.
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