Eu cresci a ler os livros
de Pearl Sydenstricker Buck, nascida Pearl Comfort Sydenstricker, escritora
norte-americana que ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção de 1932 e o Prémio Nobel
da Literatura em 1938, em cujas obras descrevia a China e os chineses como um
país místico e gente adorável. Pouco a pouco fui vendo que a China e os
chineses nada tinham a ver com os relatos de Pearl Buck e a cada ano que passa
mais me desiludem.
A última que me chegou da
China veio pelo “Mirror” on-line, onde fiquei a saber de um acto bárbaro
perpetrado por um chinês do município de Xiong, na Província de Hebei, no Norte
da China.
O dito chinês, cujo nome
não foi revelado, decidiu comprar um galgo para competir numa importante
corrida, apostando forte no animal na esperança de ganhar. Infelizmente o Greyhound
não ganhou a corrida e o homem acabou por perder uma quantia avultada.
Revoltado e querendo
vingar-se, o mau apostador espancou o cão até à morte, gravando num vídeo a sua
selvajaria com os seguintes dizeres: “Oiçam donos de cães, se o seu cão não for
bom o suficiente, coma-o” e “Perdeu a corrida, então agora [eu vou] comer a sua
carne.
O horrível vídeo acumulou
quase cinco milhões de visualizações desde que surgiu online. Os usuários
chineses das redes sociais, que não compreenderam o “pragmatismo” daquele mau
perdedor assassino, manifestaram-se furiosos, chamando-o de “cruel” e “ganancioso”.
E como tudo se passou na
China, cujas leis não protegem pequenos animais como gatos e cães dos
maus-tratos infligidos pelos seus donos, é bem provável que o homem não venha a
sofrer qualquer punição. Não restam dúvidas: a China descrita por Pearl S. Buck era bem melhor
do que a actual!
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