sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS
O
TOP 10 semanal de leitores por país obedeceu à seguinte ordem:
1º Portugal, 2º Brasil, 3º Rússia 4º Estados Unidos, 5º
Ucrânia, 6º Espanha, 7º França, 8º Angola, 9º Suíça e 10º Austrália.
RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS
O
Ranking semanal dos textos mais lidos ficou assim ordenado:
1º
_ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
2º
_ JÁ SE ESPERAVA!, editado em 26/12/2017
3º
_ QUEM DÁ E TIRA, AO INFERNO VAI PARAR, editado em 28/11/2014
4º
_ O CÃO: THE GREAT PRETENDER, editado em 28/11/2014
5º
_ PASTOR ALEMÃO X MALINOIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS, editado em 15/06/2011
6º
_ A CURVA DE CRESCIMENTO DAS DIVERSAS LINHAS DO PASTOR ALEMÃO, editado em
29/08/2013
7º
_ PASTOR DE SHILOH: SUPER-CÃO OU DECEPÇÃO?, editado em 23/01/2014
8º
_ ENCONTROS FELIZES, editado em 28/12/2017
9º
_ O CÃO LOBEIRO: UM SILVESTRE ENTRE NÓS, editado em 26/10/2009
10º _ O VÍCIO DOS
VIDEOJOGOS E AS GUARDAS DESPORTIVAS, editado a 28/12/2017
SABIA QUE…
Sabia que as Forças
Armadas dos Estados Unidos levaram 3 décadas a retomar a antiga tradição dos Cães
de Guerra e que não os usavam desde a Guerra do Vietname, onde abandonaram
muitos à sua sorte? A tradição dos Cães de Guerra foi restaurada na
Guerra do Iraque, sabe porquê? Por causa dos “IEDs”, improvised
explosive devices (dispositivos explosivos improvisados). Mais de 600 binómios detectaram explosivos ali, entre militares e contratados,
pertencendo 90% deles ao Exército Americano.
O MUNDO À NOSSA VOLTA: KIM JONG-UN E OS CÃES
Julgo que ninguém duvida
que o líder tontinho da Coreia do Norte é uma marioneta da China nos jogos de
poder pelo domínio mundial, porque não fora o receio pelos chineses, há muito
que teria encontrado a mesma sorte que surpreendeu Bin-Laden dentro de casa.
Estados Unidos, Rússia e China têm as mesmas aspirações e um passo em falso de um
deles será imediatamente aproveitado pelos outros. É mais do que certo que algum
irá passar para segundo plano e nenhum o deseja, pelo que a Coreia do Norte deverá
ser entendida como uma armadilha chinesa para caçar americanos, imbróglio que a
Federação Russa segue com muita atenção, apesar de Putin e Trump parecerem duas
felizes comadres.
Ao abrigo dos Direitos
Humanos e com o patrocínio dos Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, França,
Grã-Bretanha e Japão, foi levado a cabo, no passado dia 11, um evento nas Nações
Unidas intitulado “The Terrifying experience of forcibly Repatriated North Korean women”,
onde uma ex repatriada norte-coreana, Ji Hyeon-a, narrou que por duas
vezes foi repatriada depois de já se encontrar “a salvo” na China, adiantando
em simultâneo as condições vividas por si nas prisões do regime de Kim
Jong-un e onde os cadáveres dos presos mortos à fome, segundo disse, eram
entregues aos cães para serem devorados. https://www.express.co.uk/news/world/891283/North-Korea-news-latest-dead-inmates-fed-prison-DOGS-united-nations-human-human-rights.
Segundo notícias vindas a público,
não é a primeira vez que os cães dali são convidados para “manjares” idênticos,
pelo que devem estar agradecidos àquele excêntrico e anafado ditador, que adora
ser idolatrado e bajulado, e que mantém o seu povo debaixo da pior opressão. Pode-nos
parecer estranho que os cães comam carne humana, porque os nossos não fazem
isso e se matam algum animal não o comem, como aconteceu anteontem em Bragança,
onde 3 cães vadios mataram 42 ovelhas num curral. Os cães norte-coreanos não
são diferentes dos nossos e se os nossos carregassem a fome que eles trazem, bem depressa comeriam cadáveres e gente moribunda como já tem sucedido,
quando um dono morre e seu cão não encontra nada para comer durante dias a fio.
Por isto se vê que na
Coreia do Norte não são só os presos que morrem à fome, os cães também andam à
míngua, penso até que não deverão ser muitos, terei eu um dedo que adivinha?
Queira Deus que Kim Jong-un e os seus associados chineses não iniciem a III
Guerra Mundial, porque dificilmente sobrará alguém para contar como tudo
aconteceu. Será que o “Cairo”, o Pastor Belga Malinois pertencente
aos U.S.
Navy SEALs ainda se encontra no activo? Caso não esteja, deixou descendência?
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
PIADA DA SEMANA: PÂNICO NO TRANSATLÂNTICO
Um transatlântico começa a
afundar-se e o seu Comandante diz para os passageiros e tripulação: “ As
senhoras por favor dirijam-se aos botes da esquerda e os homens aos do lado
direito!” No meio daquela azáfama e aflição, alguém com voz fina questiona sem
se saber donde: “Então eu, morro afogado?”
JÁ OUVIU FALAR DA VIAGEN PETS DO TEXAS?
É bem possível que não.
Trata-se de um Centro de Clonagem Veterinária em Cedar Park no Texas/USA, que
para além de clonar gado, cavalos, porcos, ovelhas e gatos, clona também cães e
preserva o ADN daqueles que lhe forem confiados numa instalação de crio-armazenamento.
Segundo Melain Rodriguez,
gerente da ViaGen Pets, esta empresa já produz animais clonados há 15 anos, tem
de momento uma grande lista de espera e a clonagem de cães custa ali 50.000
dólares e a dos gatos metade desse valor.
Como é que acontece essa
clonagem? O ADN congelado de um certo cão é unido ao óvulo de um doador para
produzir um embrião que acaba implantado num animal substituto. Apesar da
gestação do clone acontecer dentro do período normal de reprodução, ele só será
entregue aos seus proprietários 6 ou 7 meses depois.
Já lá vão 21 anos após a
clonagem do primeiro mamífero: a ovelha Dolly. Os animais que são hoje clonados
vivem mais tempo e são mais saudáveis que a ovelha pioneira, servindo todos de
ensaio para a procura humana da imortalidade e disso não temos dúvidas (é bem
provável que os cães estejam a ser usados mais uma vez como cobaias). Valerá a
pena clonar cães? Entendemos desnecessário, porque graças à sua multivariedade
são todos especiais, parecer que jamais impedirá quem o quiser fazer e tiver
dinheiro para isso, pois vivemos num mundo dominado pela vaidade.
O VÍCIO DOS VIDEOJOGOS E AS GUARDAS DESPORTIVAS
A Organização Mundial de
Saúde (OMG) reconheceu recentemente um novo distúrbio mental, o relacionado com
o vício dos videojogos, que em inglês é catalogado como “Gaming Disorder” e que
é caracterizado por um padrão de comportamento obsessivo com os videojogos.
Estranhamente, esta doença mental não afecta só os mais jovens (crianças e
jovens) mas vitima também adultos em grande número, nomeadamente aqueles que
se encontram na casa dos 30. Segundo faz saber esta organização, os pacientes
que apresentam esta condição médica “não conseguem dominar a sua relação com os
videojogos", deixando a frequência, intensidade, duração e contexto dos
seus hábitos fora do seu próprio controlo.
Ao tomarmos conhecimento
desta nova doença lembrámo-nos de uma mais antiga mas que ainda prevalece, a ligada
aos apaixonados da guarda desportiva, que tendem a ver a realidade pela
simulação e a induzir os seus cães em erro, animais que não conseguem
diferenciá-la da ficção. Também estes condutores caninos chegam a adquirir um
comportamento obsessivo com as modalidades desta índole, como se o adestramento
não existisse para além delas ou que as outras modalidades fossem de menor
valia quando comparadas consigo.
E a obsessão desta gente é
tão grande que chegam a dar fome aos cães e a desconsiderar a sua integridade, longevidade,
fragilidade de impacto, aprumos e biomecânica na ânsia de pontuarem e
alcançarem os títulos que tanto desejam, também por dar-lhes “pica”, verem-se
aprovados e necessitarem avidamente de constantes descargas de adrenalina. As
guardas desportivas são um dos meios para se alcançar a guarda real, mas jamais
serão o único ou melhor e muito menos um fim em si mesmo, estando para a guarda
real como o Paintball está para as acções de combate.
Pecam os adeptos desta “guerra
a feijões”, cujo resultado já se encontra viciado e é esperado, ao pensar que
as leis cá fora são iguais aos regulamentos que respeitam, insanidade que
poderá vulnerabilizar os cães e pô-los à mercê da impiedade dos assaltantes,
que aprendem com os seus erros e não os repetem, peritos que são em ludibriar “cãezinhos
de aviário”, os acostumados a vencer lutas com fraca oposição. Meus caros
amigos, que demência tamanha é amar mais a competição que o próprio cão!
Para quem gosta de
reflectir, lançamos uma pergunta: a salvaguarda dos cães não será o primeiro
objectivo do adestramento, seja ele qual for?
UM EMAIL INTERESSANTE
Recebemos de um leitor o
seguinte email que reproduzimos na íntegra e que veio acompanhado da foto
abaixo: “Boa noite, Têm algum grupo de
facebook/ outros onde partilhem experiências / outros? Adicionei há 2 meses uma
Cadela de Pastor Alemão à minha "matilha" e gostava de integrar um
grupo de pessoas que se identificam com a raça. Linhagem de trabalho com foco
de treino para trabalho/mondioring. Com os melhores cumprimentos (…)”.
Passamos à resposta: Caro
leitor, a Acendura Brava não tem e não deseja nenhum grupo no Facebook para
partilhar as suas experiências. Caso pretenda integrar um grupo de pessoas que se
identificam verdadeiramente com o Cão de Pastor Alemão, nomeadamente com as
linhas de trabalho, pode participar nos nossos treinos caso lhe convenha e
obter gratuitamente as informações necessárias sobre a raça através do email
constante no nosso blogue (iniciamos o treino dos cachorros aos 4 meses de
idade). Não treinamos cães para guarda desportiva porque levamos os cães a
sério e a sua salvaguarda ainda mais.
Adiantamos-lhe ainda que
ter uma matilha animal não significa só por si que tenhamos uma funcional e que
todos os cães merecem um acompanhamento individual capaz de potenciar as suas
mais-valias e de minimizar as suas incapacidades. Quanto à sua cachorra, esperamos que não esteja a comer dum prato colocado no solo, o que seria mau para as
suas articulações e dorso, para além da condicionar a comer do chão e com isso
vir a morrer envenenada. Estamos ao seu dispor e
gratos pelo seu contacto, desejando-lhe em simultâneo as maiores felicidades
com a cachorra, que é lobeira e não nos parece ser descendente de Pastores Alemães
negros.
CÃO QUE ATACA CÃES DIFICILMENTE ATACA PESSOAS
O ataque de um cão a
outros cães não carece de ensino porque é instintivo, pormenor que torna a
sociabilização obrigatória para todos os cães, quer eles sejam bravos ou
dóceis, meros animais de companhia ou cães para os mais diversos serviços, porque
se uns necessitam de controlo, os outros não devem constituir-se em presas para
não comprometerem as suas tarefas. Os cães de maior impulso ao conhecimento são
menos instintivos que os demais, particular que torna possível o seu uso muito para
além dos instintos, que podem ser a primeira barreira à desejável absorção dos
conteúdos de ensino, o que equivale a dizer que quanto mais educado é um cão,
menos se sujeita aos seus instintos.
O facto de um cão atacar
outro não o torna mais valente que os outros, apenas desnuda a sua
individualidade desequilibrada e uma carga genética que obsta à necessária adaptação.
Os cães mais valentes que conhecemos, quiçá por serem seguros, nunca que se
preocuparam em morder outros ou em carregar sobre os mais fracos, sempre
preferiram alvos maiores diante da sua salvaguarda e protecção dos seus, alvos
e nobreza de carácter que os cães mais instintivos não atingem senão pularem do
patamar das acções automáticas.
Os cães têm poucos instintos
e não os seguem cegamente e os poucos que têm, são resquícios atávicos do lobo
seu ancestral, que como é sabido dificilmente atacará um só homem sem o auxílio
da alcateia, ainda que intente intimidá-lo, mais por medo que por valentia. E neste sentido, o que é verdade para os
lobos é-o também para os cães, pois aqueles que atacam os seus iguais
dificilmente atacarão pessoas. E quando isso acontece, diz-se que
estamos diante de um problema de “troca de alvos”, problema que ao não ser
ultrapassado impedirá os seus portadores de alcançarem um sem número de
serviços.
A despeito disto, há por
aí quem atice cães medrosos contra gatos, na esperança de mais tarde carregarem
sobre pessoas, começo de maus augúrios que pode culminar no ataque a crianças e
idosos, que indefesos sofrerão golpes dolosos, imprevistos e de surtida
(nalguns casos até fatais) na procura de vantagens pelos seus agressores. Este “método”
virá a arruinar a sociabilização dos cães para sempre e perpetuará os seus ataques
cobardes. Para melhor compreensão, para quem segue o que se passa diariamente
no Reino Unido acerca de cães, a esmagadora maioria dos ataques caninos, senão
todos, provém de animais que nunca foram objecto de ensino ou treinados para
guarda, sendo por isso ataques instintivos.
Atiçar ou picar um cão
medroso é como tirar o mecanismo de segurança a uma arma e contar que ela
disparará em todas as direcções quando menos se esperar, inclusive contra nós, porque
o medo é instintivo e acciona-se automaticamente. Assim como o robustecimento
dos cães medrosos acontece pelo abandono sistemático dos seus instintos, os
cães que atacam os seus pares deixarão de fazê-lo pelo equilíbrio dado pela
sociabilização. Queremos também com este texto tranquilizar os nossos alunos na
“Troca
de Condutores”, quando se vêem obrigados a conduzir cães que mordem
noutros e que por isso temem pela sua integridade física.
ENCONTROS FELIZES
A ocasião de sair com o
seu cão à rua deve prestar-se à sua sociabilização com outros cães, para que
ele possa alcançar encontros felizes, divertidos e cúmplices, desejos que nem
sempre acontecem e que por vezes dão azo a verdadeiras lutas campais, com os
donos aos gritos e os cães a morderem-se, não sendo raro que algum dos
contendores ou ambos acabem no veterinário com ferimentos de menor ou maior
gravidade, que poderão também ser extensivos aos seus proprietários. E tudo
isto porquê? Basicamente porque a individualidade dos cães foi desconsiderada e
certas regras elementares foram violadas, despropósito indissociável da
ignorância dos donos nesta matéria. Apostados em evitar este despropósito,
vamos seguidamente enunciar algumas regras que permitirão ao seu cão ter mais
encontros felizes.
A primeira regra diz respeito ao local onde os cães deverão ser
apresentados, considerando que muitos deles são territoriais, zelosos dos donos
e que ao seu lado tornam-se mais seguros e desafiadores, pormenores que os
poderão levar a não tolerar a presença doutro cão nos seus percursos habituais
e a considerá-lo como um intruso. Pelo que foi dito, facilmente se antevê como primeira
condição que a apresentação dos cães
ocorra num espaço neutro, não distante dos seus trajectos rotineiros e
onde não costumam marcar território (defecar e urinar).
Os dois cães a
familiarizar deverão ser conduzidos à trela (em andamento) nos locais
indicados, numa distância que permita a observação recíproca mas que ao mesmo
tempo impeça a mútua provocação. Como sabemos que a fixação canina funciona
como um “medir de forças” e antecede as suas arremetidas, para a evitar e
atenuar a indesejável tensão nervosa nos cães, convém felicitá-los e recompensá-los
com guloseimas do seu agrado quando não demonstram qualquer atitude ou
comportamento hostil, procedimento que deve ser amplamente repetido.
Escusado
será dizer que os donos deverão manter-se calmos e confiantes, ao mesmo tempo
encorajadores, não temendo por si nem pelos seus cães, porque doutro modo, ao
serem mal compreendidos, poderão suscitar dos animais uma dispensável e indesejável
atitude defensiva de maior ou menor consequência.
A
segunda regra obriga os condutores caninos à observação da linguagem corporal
dos cães que conduzem. Independentemente do estágio de
interacção em que os cães se encontrem, mais longe ou mais perto um do outro,
se um deles manifestar alguma postura defensiva, cautelosa ou agressiva, como o
levantamento do pêlo no dorso; mostrar os dentes; cauda levantada e hirta ou
abatida e enroscada; corpo rígido e demorada fixação, o processo de
familiarização deverá ser calmamente interrompido e regressar à primeira forma,
repetindo-se depois os mesmos procedimentos, agora com maiores cautelas.
Caso
se verifique o contrário e os cães estejam relaxados e confortáveis, nada
impede que a distância entre eles seja encurtada e que a desejável recompensa
seja repetida.
A
terceira regra é esta: serão os cães e não os donos a determinar o ritmo da
familiarização. É bem possível que os cães desejem
brincar no meio das caminhadas em paralelo, como também é possível que tal
demore mais. O que mais importa é que a apresentação aconteça sem atropelos, sem
pressas por parte dos donos e de acordo com as respostas dadas pelos cães, o
que implica em dizer que ninguém deverá forçar tanto a apresentação e como a
interacção desejáveis.
Quando os cães já tolerarem
a proximidade um do outro é chegada a altura de os colocarmos em fila, com um na
frente do outro e invertendo depois as suas posições. E se disso não advir
nenhum comportamento reprovável, então é chegada a hora de deixar os animais
interagir, ainda que debaixo de apertada supervisão.
Com a familiarização
ganha, a desejável sociabilização breve acontecerá graças à experiência feliz e
ao reforço positivo. Como complemento ao que acabámos de explicar, aconselhamos
os nossos leitores à lerem o texto “QUEM
DÁ E TIRA AO INFERNO VAI PARAR”, editado no passado dia
28 de Novembro. Torna-se evidente que tudo acontecerá de modo mais célere se os
cães frequentarem uma escola e ali participarem em manobras de sociabilização.
Caso os donos se sintam desconfortáveis e inseguros nestes procedimentos, podem
açaimar os cães e tirar os açaimes quando tiverem a certeza que nada de
desagradável acontecerá.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
A ESCOLHA DE MEGHAN MARKLE
Desde que foi anunciado o
seu noivado com o Princípe Harry do Reino Unido, que os media internacionais
não dão descanso a Meghan Markle, uma actriz afro-americana igual a tantas
outras e de relativo sucesso. A última a sair do saco, de intenções ainda por
determinar, prende-se com um dos seus cães que irá deixar no Continente
Americano, um mestiço de Beagle com Pastor chamado Bogart, que até aqui tem
vivido na companhia dum Beagle de nome Guy. Com o Bogart a ser notícia de
primeira página, muita gente manifesta a sua opinião acerca da escolha de
Meghan, chovendo pareceres e conselhos de toda a parte, na sua maioria lamechas,
infundados cientificamente e carentes de razão e bom senso.
É evidente que o cão
estaria melhor junto da dona que afastado dela, desde que esta lhe dispensasse
a atenção necessária, o que nos parece pouco provável atendendo aos futuros
compromissos da sua agenda. Também não se nega que o Bogart, perante a ausência
da dona, se sentiria socialmente mais cómodo na companhia do Guy e que a
separação forçada de ambos será um rude golpe tanto para um como para o outro.
Contudo, caso o Bogart continue no seu espaço habitual, que bem conhece, sempre
ficará melhor que o Guy, que será obrigado a adaptar-se a um novo território e possivelmente
a uma dona mais ausente. Assim, se porventura os cães fossem nossos e estivéssemos
em idêntica situação, jamais os separaríamos e iríamos visitá-los sempre que
possível, conselho que damos a outros como nós, gente de senso comum que não
aspira à realeza.
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
JÁ SE ESPERAVA!
Primeiro foram os
veterinários e agora são os canis de abrigo ingleses a dar o alerta: o número
de Bulldogs Franceses e de Pugs, cães agora na moda, tem engrossado de sobremaneira
o montante geral dos cães abandonados. A razão principal do abandono destes
animais prende-se com a incapacidade dos seus donos pagarem as contas dos
veterinários.
Ainda que o Bulldog Francês e o Pug sejam os que atingem maior
destaque nesta infelicidade, porque são pequenos e cabem em qualquer lado, as
demais raças braquicéfalas seguem-nos imediatamente, porque sofrem de idênticos
problemas devido a pormenores morfológicos comuns.
E porque é nosso dever
informar, vamos já adiantar o que é um cão braquicéfalo e quais são as raças
que pertencem a este grupo particular de cães. Um cão braquicéfalo é aquele que
foi criado para ter um maxilar inferior normal, proporcional ao seu tamanho
corporal e um superior recuado, alteração morfológica antinatural que
compromete vivamente o seu bem-estar e saúde e que irá obrigar os seus donos a
cuidados especiais, a estarem psicológica e financeiramente preparados para lhe
valerem.
Pertencem ao grupo dos braquicéfalos, entre outras, as seguintes raças
mais comuns: Affenpinscher; Cocker Spaniel Americano; Boston Terrier; Boxer;
Bulldogs de todos os tipos; Bulldog Francês; Bulldog Inglês, Bullmastiff; Cane
Corso; Cavalier King Charles Spaniel; Chin Japonês; Chow-Chow; Dogue de Bordéus;
Griffon de Bruxelas; King Charles Spaniel; Mastiff Inglês, Mastim Napolitano;
Pequinois; Presa Canário; Pug; Sharpei; Shih Tzu; Silky Terrier; Spaniel
Tibetano e Terra Nova.
Todas estas raças estão
sujeitas, umas mais do que outras, à “Síndrome Respiratória Braquicefálica”,
que afecta as diferentes áreas do trato respiratório em função de deformidades
agonizantes e defeitos congénitos. Os sintomas mais frequentes desta síndrome
são: respiração intensa ou esforçada; ruído sibilante nas narinas; respiração
em repouso de boca aberta; hiperextensão da cabeça e pescoço para abrir as vias
aéreas; dormir de queixo levantado; dormir com algo dentro da boca para a
manter aberta e poder respirar, coloração azulada da pele e dos lábios em
ataques extremos; apneia do sono; pouca tolerância ao calor e exercício físico
intenso e regurgitação frequente de alimentos.
Nos cães que sofrem problemas
respiratórios frequentes ou graves por conta da “Síndrome Braquicefálica”, as várias
opções cirúrgicas devem ser consideradas para corrigir os maiores factores de
risco e permitirem uma vida mais normal e menos penosa para estes animais.
Estas intervenções cirúrgicas deverão acontecer o mais cedo possível, porque o
tempo só irá piorar a situação. Independentemente de se proceder à ampliação
das narinas, de remover-se o excessivo tecido do palato ou de se proceder à
desobstrução da laringe, qualquer uma destas intervenções destas intervenções é
dispendiosa, apesar de indispensável ao bem-estar dos cães.
Também aqui pegou a moda
do Bulldog Francês e todos os dias cruzamo-nos com alguns (por vezes muitos)
que evidenciam problemas respiratórios graves, problemas que os seus donos
tentam ocultar de alguma forma. Será que nos próximos anos assistiremos a um
fenómeno igual ao que está a acontecer em Inglaterra? Para que o número de
pequenos cães braquicéfalos não venha a aumentar o rol já mui extenso dos cães
abandonados, torna-se assaz importante alertar as pessoas para os problemas e
despesas extra que eles podem acarretar. Entre comprar um cão assim, propenso a
doenças e adoptar um também pequeno e saudável vindo dum abrigo, a escolha
parece-os óbvia.
domingo, 24 de dezembro de 2017
NÓS POR CÁ: OS LOBOS DA IURD
A República que nos
governa, apesar de ter o dever de nos defender, não tem como rechaçar os
ataques que as modernas seitas entusiastas desferem contra o povo, porque é
laica e nalguns casos até adversária do Evangelho, pela efémera sacralidade dos
políticos que alimenta, invariavelmente pela ignorância popular. Actuará contra
elas quando já for tarde de mais, quando já tiverem violado um conjunto de leis
e liberdades fundamentais de terríveis consequências para os cidadãos que
enredaram. E porque a vida é assim, sempre foi e o poder corrompe, políticos e
líderes de religiosos costumam andar de mãos dadas valendo-se uns aos outros.
Quem desprezará os votos dos mórmons nos Estados Unidos e dos Católicos aqui?
Não é verdade que por um voto se ganha e por um voto se perde?
E se a República só nos pode
valer depois do “caldo entornado”, quando o clamor das vítimas já não pode ser
calado, quem deveria ter instruído, prevenido, preparado e esclarecido o povo
contra o ataque destes “lobos devoradores”, gradativamente ainda menos
escrupulosos que os políticos corruptos? Serão “filhos da mesma porca” como diz
o povo? Obviamente quem tem como missão anunciar aqui o Evangelho, guardar à
sua sombra aqueles que Cristo redimiu e mantém na Fé – a Igreja Católica! O que
teria impossibilitado o seu principal dever e obrigação? A perpetuação de
heresias há muito denunciadas e que visam o lucro, como é o caso de Fátima, uma
fonte de riqueza tirada a partir da obscuridade e da ignorância, uma verdadeira
porta aberta para a entrada de toda a sorte de salafrários!
Quem se arrasta para Fátima
o que procura? Um momento único com Deus, a procura doutro intercessor privilegiado
para além do seu Filho, um reavivar da fé e um maior apego às “profecias” dos pastorinhos
como badalam os seus arautos? Não, o grosso da multidão é movido pela crendice enraizada
que espera o milagre e o conforto que esta vida não lhe pode dar, ilusão que
caberia aos homens da casula denunciar por apego à verdade contida nas
Escrituras Sagradas e por respeito à dignidade humana. Essa patranha de vender
terrenos no céu é muito antiga e infelizmente já provou ser sectária e
aberração aos olhos de Deus revelado na Bíblia.
O que oferecem os homens
da IURD e os seus comparsas de menor vulto? Milagres! Os mesmos falsos milagres
de que os outros fizeram e fazem uso, que na sua essência e propósito em nada deferirão
dos alcançados pelos magos do Egipto no tempo de Moisés. Quem transportou o
povo como cordeiro para o holocausto nos altares da IURD? Quem primeiro
assentou arraiais e vendeu milagres! Diante deste facto compreende-se por que
razão quem devia falar está calado, ainda mais quando defende uma doutrina
ecuménica que coloca lobos e pastores dentro da mesma barca para cativar o seu
lugar ao sol.
Quem são os Pastores e
Bispos da IURD? Decididamente uma geração espontânea, uns self made men, porque não foram instruídos nem por judeus nem por
cristãos e nenhum deles lhes reconhece formação e autoridade para o seu
pretenso ministério, apesar de usarem por usurpação símbolos de uns e de outros.
Deus seria terrivelmente injusto, e nós sabemos que não é, se só agora se revelasse
através da IURD, pelo que estes pastores e bispos não lhe pertencem. Pergunta-se:
quem os erigiu e para que propósitos? A sua pregação dá fortes indícios, os
seus frutos são esclarecedores e ainda por cima, as suas portas de entrada
costumam ser bem largas.
Eu, um simples mortal, néscio e sem
préstimo, ao contrário do nosso governo, políticos, teólogos e opinião pública,
há muito que conhecia o modus operandi desta seita, exactamente desde os dias
em que assistia às suas pregações em São Paulo, Capital do Estado (Brasil), que
é: entra, engorda, saca o dinheiro, fica com o património e põe-te ao fresco!
Em Portugal, infelizmente, as coisas não se passaram de maneira diferente. Agora,
como coisa nunca vista, anda toda a gente chocada porque a IURD meteu as unhas
em adopções ilegais. Será que foi o único crime grave que aqui cometeu? Não
teria também incorrido nos crimes de burla, tráfico de influência e
branqueamento de capitais? Mas se condenarmos a IURD por isso, quem lhe
sucederá? Há gente que tem licença para roubar e a dita “fé” esconde muita
cangalhada!
De qualquer modo, porque o
dinheirinho vai parar à Rede Record de Televisão, não todo mas uma importante
fatia, porque importa manter o status de uns quantos, penso que é cristão,
patriótico e solidário desprezar tal canal de televisão em Portugal. É cristão
porque é alimentado por sectários que malbaratam a Escritura, deturpam o que Cristo
disse e a Fé que Deus nos deu; é patriótico porque importa defender o País dos grandes
lobbies e ladrões e é solidário atendendo ao número das pessoas que foi
estripada dos seus filhos, famílias, valores e haveres, aqui e noutras partes
do mundo. Decididamente Portugal não tem sorte com os incêndios, porque ainda
antes que o de Pedrogão Grande deflagrasse, já o da IURD consumia pelas chamas
muitos lares portugueses. Há que estar atento, pois é sabido que os
governos pouco aprendem com os erros e que o povo esquece depressa.
Subscrever:
Mensagens (Atom)