quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

TRENTO SEM SABER O QUE FAZER AOS URSOS

 

O tribunal administrativo regional de Trento, em Itália, suspendeu novamente a sentença de morte a 2 ursos problemáticos e remeteu a questão para o Tribunal de Justiça Europeu, o que significa que o regulamento aprovado pela província de Trento para matar os dois ursos foi congelado. Todavia, o tribunal administrativo regional confirmou a possibilidade de capturar o urso, conhecido pelo código MJ5, que atacou um homem quando este passeava com o seu cão na floresta acima do município de Malè, no Trentino.

Crê -se que o urso problemático JJ4, que está num centro de animais em Casteller, em Trento, seja o responsável pelo ataque fatal à corredora Andrea Papi, de 26 anos, em abril passado. Está prevista uma audiência judicial para 11 de janeiro, na qual será tomada uma decisão sobre a transferência do urso JJ4 para um santuário de ursos na Roménia, a expensas da associação de protecção animal LAV. Entretanto, activistas dos direitos dos animais reclamam que um “clima de medo e ódio” foi criado em relação aos ursos no Trentino.

Em Itália, desde a morte de Andrea Papi, o debate sobre a coexistência de ursos e humanos atingiu o auge. Muitas pessoas protestaram contra os planos originais de matar os ursos JJ4 e MJ5. Os activistas dos direitos dos animais apelam repetidamente a que as pessoas sejam informadas sobre os animais selvagens ou que se criem corredores de vida selvagem (estão com carradas de razão). De acordo com a província de Trento, o número de ursos na área aumentou enormemente desde que o projecto da UE “Life Ursus” começou há 24 anos atrás. No lugar dos 50 previstos, instalaram-se ali cerca de 100 ursos. Escondendo-me na ironia, apraz-me dizer que Trento não é bom para concílios nem para os ursos!

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