Este
ano já aconteceram 6 ataques caninos na cidade texana de San Antonio, terra do
Álamo, que mereceram destaque nas manchetes. Dois foram fatais e os restantes
quatro resultaram em lesões corporais graves (estamos na América). Uma mulher desta
cidade perdeu uma orelha na semana passada ao ser atacada por três cadelas
Pitbull no East Side. Esta agressão é a mais recente de uma série que
desencadeou um debate na comunidade sobre se San Antonio está a fazer o
suficiente para resolver o problema dos cães perigosos. Na verdade, é o sexto
ataque deste tipo na cidade do Álamo este ano a ganhar destaque nas notícias. A
mulher, Effie Washington, caminhava no quarteirão 1300 da Norfleet Street por
volta das 14h de domingo, dia 26 de novembro, quando os cães a atacaram. Os
donos dos cães, que conheciam a vítima, disseram à polícia que deixaram os
animais sair para o quintal cercado, mas que eles conseguiram arrombar o
portão. Ao chegar, a polícia descobriu que faltava uma orelha a Washington. Ela
também sofreu dentadas no braço e na nuca, acabando por ser levada às pressas
para o Centro Médico Militar de San Antonio para ser tratada e já recebeu alta.
A
San Antonio Animal Care Services (ACS) assumiu a custódia das três jovens
cadelas. Os proprietários disseram à polícia que assumem total responsabilidade
pelo ataque. Como disse atrás, dos seis ataques de cães em San Antonio que
receberam cobertura noticiosa significativa este ano, dois foram fatais,
enquanto os outros quatro resultaram em lesões corporais graves, incluindo perca
de membros ou de características faciais. Só este ano, os residentes da cidade
relataram um total de 300 mordeduras caninas graves ao ACS (na foto acima), um
aumento anual de 172% desde 2018, de acordo com o Express-News. A série de
ataques levou a Câmara Municipal a destinar 26,9 milhões de dólares à ACS para
o seu novo ano fiscal, um aumento de 26% no financiamento. A ACS também lançou
um mapa online pesquisável na semana passada, onde é possível localizar os 123
cães perigosos registados na cidade.
As soluções encontradas pela cidade estão longe de resolver o problema, este e o relativo aos tiroteios. Precisará San António de um milagre do santo homónimo? Eu penso que não, que a tomada de medidas mais assertivas conseguirá resolver o problema dos cães agressivos e dos tiroteios, que na sua essência são praticamente a mesma coisa – crimes. A última coisa que San António precisa é de afastar quem a pretende visitar, porque ninguém quer ir ver o Álamo e ser apanhado no meio de um tiroteio ou vir a ser mordido por um cão. É evidente que quem for para lá ataviado de um capacete integral, de um colete à prova de bala, de umas jardineiras de ataque e de umas botas com biqueira de aço, tem grandes chances de não ser mordido, especialmente se for munido de um taco de basebol.
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