Dez
dias depois de se ter perdido num passeio pelas dunas da estância balnear
francesa de Fort-Mahon-Plage, no département de Somme, uma Bichon Maltesa
(Nina) foi finalmente encontrada anteontem, terça-feira, dia 26 de dezembro de
2023, pela esposa do responsável pelos serviços técnicos da Mairie, que junto
com o marido participava nas buscas pela cadela nas referidas dunas, quando os
donos do animal já rumavam em direcção a Arras (Pas-de-Calais).
A
persistente resgatadora da pequena cadela branca parece ter sido mordida no
momento em que conseguiu agarrá-la, cadelinha que desistiu da fuga quando foi
persuadida com um pouco de ração (a fominha faz milagres!). Como os
proprietários da cadelinha reencontrada já iam de regresso a casa (Arras)
quando receberam a agradável notícia, voltaram para trás para reavê-la. Após
uma breve ida ao veterinário, a Bichon adoptada há alguma semanas, reencontrou
a sua casa e Looka, o outro cão do casal, casal que também tem um gato. “A
partir de amanhã, vou encomendar um rastreador GPS para ela. O Looka já tem
alguns. Ela também irá ter coleira e arnês, disse o seu dono a um diário
regional.
Eu gosto do que faço e sinto-me bem no ambiente onde estou inserido, mas sou obrigado a confessar que no panorama canino não faltam donos patetas e irresponsáveis! O dono da cadelinha reencontrada, que a havia adoptado algumas semanas antes, ousou soltá-la numas dunas que o animal desconhecia, o que inevitavelmente a fez desorientar-se. A cadelinha poderia ter morrido em consequência do disparate, morrer à fome, de hipotermia (estamos a falar de um pequeno animal branco) ou ser atropelada. Teria este dono aprendido a lição? Eu julgo que não quando ele disse que iria encomendar no dia seguinte um rastreador GPS para a cadelinha, também uma coleira e um arnês. Que eu saiba, e nesta matéria gosto de estar actualizado, não conheço nenhum rastreador de GPS capaz de substituir o juízo dos donos e, por mais bonitos e funcionais que sejam os assessores que pretende comprar, eles só terão préstimo se vierem a ser utilizados! Este cavalheiro, dono de 3 animais de estimação (dois cães e um gato), precisa de informar-se e de formação para ensinar os seus cães a não fugir, diligências para as quais possivelmente não manifestará grande disponibilidade. Com a Alemanha ali ao lado e com alguns estados teutónicos a exigirem cartas de condução para cães aos seus cidadãos, não sei quando, mas é possível que a França venha a seguir o seu exemplo tendo em conta o bem-estar e a sobrevivência dos animais. Costuma ouvir-se dizer que o “casamento é uma carta fechada”, mas a adopção de um cão não lhe fica trás – o animal nunca sabe para o que está guardado!
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