Já
lã vão mais de 15 anos que a norte-americana Boston Dynamics introduziu pela
primeira vez robots parecidos com cães. Ao reparar neles, as pessoas reagiram
num misto de admiração e temor – essa coisa parece querer matar-me! O museu da
Ciência em Boston tem um dos robots “Spot” de 2016 (na foto seguinte), que pode
subir escadas e andar para a frente e para trás, mas que também pode pôr uma
criança a gritar e a chorar de medo, conforme foi visível no inverno passado.
Há de facto algo verdadeiramente perturbador nestes robots. Futuristas,
misteriosos, fazem-nos questionar acerca dos horrores que causamos com a nossa
arrogância ao criar esta tecnologia.
Hoje
já temos alternativas. Uma empresa chinesa de robótica chamada Weilan exibiu o seu
mais novo modelo numa feira de electrónicos em Nanjing, província de Jiangsu,
na China - o "BabyAlpha" (na foto abaixo) – que é a versão
actualizada do robot "AlphaDog". Os chineses deram ouvidos às queixa
e fizeram um simpático cachorrinho, incapaz de nos matar quando estamos a
dormir e de destruir a humanidade. Acontece que as orelhas são para os
cães-robots o que as pernas são para as pessoas em Meta's Horizons ou os dedos
são para as representações de IA: você precisa deles ou então tudo parece muito
estranho. Certo é que a caixa de correio electrónico da Weilan caiu e não dá
mais informações de preços ou vendas no seu site. “Desculpem compradores,
estamos de férias!”
Considerando a defesa do nosso sagrado solo pátrio e atendendo ao que aí vem, mais do que gente para pegar em armas, precisamos de cérebros que abracem a IA e a robótica, sendo este um dos maiores desafios que é colocado à nossa juventude. Já existem robots para os mais variados serviços, há-os para construir, destruir, curar e até matar, mas nenhum capaz de substituir plenamente o cão de carne e osso nas guerras, inovação que tarda e que aguardo com rara ansiedade.
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