Há
quem ande por aí a pôr os cães a morder de esguelha a toda a gente, quem evite
qualquer contacto dos animais com desconhecidos e quem os faça evoluir debaixo
de suspeita, o que invariavelmente tem como consequência um ou mais ataques
inusitados, entendidos depois como acidentais e rotulados de incidentes, o que
não deixa de ser lisonjeiro e uma grande mentira. Há também quem pense,
erradamente, que o treino do cão de guarda é simplesmente: alto; senta; deita;
quieto; aqui e “em cima dele”, esquecendo-se constantemente dos comandos de
inibição e travamento. Nós entendemos o contrário e exigimos que os nossos cães
de segurança permaneçam sempre debaixo de controlo e às ordens dos donos,
capazes de conviver com tudo e com todos sem agirem de modo próprio –
instintivamente. Assim, os nossos cães mais velhos em treino – Bohr e Doc -
foram aumentando com os anos um verdadeiro clube de fãs (mais o Doc do que o
Bohr, porque o último, estando velho, já pouca paciência tem para quem lhe
amoche as orelhas!). No treino matinal de ontem, sábado dia 9 de dezembro, o
FSM Doc foi muito solicitado como cartão-de-visita escolar, transformando-se
num verdadeiro ídolo para as senhoras que iam chegando, que o viam como um
companheiro extraordinário. Na foto acima vemo-lo de pé ao lado de uma menina
que parece quer mandá-lo sentar e na seguinte a passar por debaixo das pernas
de outra muito bem-disposta.
A
segunda destas meninas, também desconhecida do animal, para quem a manhã
parecia ter sorrido de um modo especial, querendo brincar ainda mais com o FSM
Doc, pediu ao alano-molosso que saltasse ao eixo por cima dela, convite a que o
cão anuiu prontamente.
Um
desconhecido casal de jovens namorados bem-dispostos prontificou-se a aumentar
a área a transpor da janela, colocando-se um a seguir ao outro na frente da
entrada do obstáculo. No GIF seguinte, relativo a esta tarefa, é possível ver a
extraordinária suspensão do Doc, um cão cuja grandeza superará a sua finitude.
Entretanto
chegou-nos uma simpática bombeira que veio gozar dos bons ares da guerra. Como
nos disse que também tinha um cão, que havia ficado em casa, passámos-lhe de
imediato o Doc para as mãos, acção que foi do agrado da voluntariosa senhora,
que respirava confiança por todos os poros. Na foto seguinte vemo-la a mandar
deitar o Doc com rara delicadeza.
Com
os pais do David Moura alegres e à nossa disposição, pedimos-lhes se constituíssem
em dois obstáculos humanos consecutivos para o Doc saltar, manobra que serviu
para lhe endereçarmos o nosso bem-vindo à escola e que também contribuiu para a
sociabilização deste Fila de São Miguel.
Depois
de tanto préstimo, o Doc finalmente descansou e o CPA Bohr entrou em cena
acompanhado pelo seu esforçado condutor, porque constatando da valentia da
bombeira, optei por baptizá-la naquela mesma hora.
Enquanto
isso, o José Maria ia rodando os seus cães, que são mais do que muitos. Na foto
seguinte aparece com um deles a saltar o Lápis (Draco ou Ghost) de
forma irrepreensível e com raro garbo.
No
final da aula houve lugar a algumas explicações teóricas, a algumas evoluções “em
passo de corrida” e à gravação de vídeos fora de horas, para mal do nosso
fotógrafo – Paulo Jorge – que tinha que se despachar para chegar a tempo de um
jantar social.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Cláudio/Balzac; David Goldman/César; David Moura/Smoke; José António/Doc; José Maria/Drako; José Maria/Gost; José Maria/Kiara; Oded Goldman/Boss e Paulo/Bohr. A chuva ameaçou vir e não veio, o Jorge Filipe desapareceu do mapa, quiçá entalado nas roupas da cama e o Paulo Jorge sempre chegou a tempo dos seus compromissos.
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