terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

SÓ DAMOS PELA FALTA DELES QUANDO NÃO OS TEMOS

 

Se as pessoas se prevenissem, o número de assaltos diminuiria drasticamente, já que os assaltantes estudam a ocasião e só avançam debaixo de surpresa. Na cidade alemã de Dortmund, no passado domingo, dia 5 de janeiro, pelas 20h15, quando se encontrava a passear o seu cão em Dortmund-Scharnhorst, sem se aperceber do perigo, apesar de já haver reparado no sujeito noutros lugares, uma jovem de 33 anos foi agarrada por detrás por um homem. Após curta mas violenta resistência, a jovem conseguiu libertar-se e pôr-se em fuga, descrevendo o assaltante como tendo um indivíduo normal com uma altura entre 170 e 175 cm magro; aparentando entre 25 e 30 anos; olhos escuros, barba escura de 3 dias, moreno (com aparência do sul da Europa), que trazia um boné de basebol à cabeça e que vestia uma blusão preto, umas jeans azuis escuras e que calçava uns ténis pretos (melhor estereotipado não poderia ser). A polícia procura agora testemunhas do incidente e disponibilizou uma linha telefónica para o efeito.

É verdade que a esmagadora maioria dos proprietários caninos é assaltada por ter cães que precisa de proteger e não o contrário, como também é verdade que a presença de um cão grande e mal-afamado carrega a dissuasão necessária para evitar incidentes destes. Se a jovem de Dortmund segurasse pela trela um cão de defesa pessoal, jamais o presumível assaltante se aproximaria dela de surpresa – o cão não o consentiria. É em ocasiões destas que lamentamos não ter um cão que nos guarde! As grandes metrópoles da Europa já não são lugares seguros como outrora, até mesmo as pertencentes à “nossa santa terrinha”, onde os litígios a murro e à paulada cederam lugar aos tiros e às facadas. Contudo, por mais alarmante que nos pareça a situação, ainda não é chegada a hora de andarmos por aí todos acompanhados de cães de defesa pessoal pelas ruas, proliferação que só aguçaria o engenho aos meliantes e que levaria a um sem número de incidentes de diferente consequência, para além de contribuir também para o aumento da criminalidade, uma vez que um cão destes é uma arma que tanto pode ser usada para o bem como para o mal e mal seria se estivéssemos sujeitos ao entendimento de cada um!

Nestas situações a melhor defesa não é o ataque, mas sim a prevenção, considerando o inesperado falhanço das acções e a possibilidade de represálias. Uma jovem senhora a passear sozinha e à noite um cão inofensivo pelos subúrbios de uma grande cidade não se constituirá numa excelente presa para um predador sexual? Como de um jeito ou de outro, muitas vezes por quem menos se espera, todos os donos de cães que saem com eles à rua se encontram sinalizados, importa que o façam debaixo da maior segurança, evitando rotinas, trilhos que oferecem pouca ou nenhuma segurança, saindo acompanhados e procurar conselhos junto das autoridades. A insegurança que pare o aumento da criminalidade é em muitos casos da responsabilidade ou irresponsabilidade dos políticos dos sucessivos governos, que por falta de verba, não dão às polícias as condições vantajosas para combater o crime. No caso português, lamentavelmente, não há dinheiro para nada, nem para a educação, nem para a saúde, nem para as forças de segurança e muito menos para as forças armadas, que são o garante da nossa soberania. Em contrapartida, a corrupção é a melhor misericórdia do País, vamos zelosamente pagando os juros da dívida externa e esbanjamos rios de dinheiro na TAP, que privatizámos, nacionalizámos e voltámos a privatizar. Para dar caça aos pequenos ladrões ainda temos os cães, com quem caçaremos estes políticos? Como com cães não há-de ser!

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