Muitos
donos sem serem invisuais, ainda que de certo modo o sejam, julgam que os seus
amigos de 4 patas são genuínos e inatos cães-guias, bem comportados sem o
benefício de qualquer tipo de treino, portadores de um comportamento mais
próximo do encontrado nos seus donos do que o visível nos seus pares, cúmulo de
disparates que por norma pressagia algum tipo de tragédia. Assim aconteceu
ontem, na Áustria, mais precisamente na Floresta de Bregenzer, pelas 21h00,
quando um homem de 40 anos passeava com o seu cão e este pôs-se em fuga.
Querendo recuperar o animal fugitivo naquele terreno íngreme, por causa do breu
da noite e do terreno acidentado, o dono acabou por cair desamparado e ficar
seriamente ferido. Felizmente que ainda conseguiu fazer uma chamada de
emergência a partir do seu telemóvel.
De imediato foi iniciada uma operação
de busca, envolvendo os bombeiros mais próximos, o Serviço de Resgate de Montanha,
uma ambulância com dois serviços de emergência e um helicóptero do Serviço de
Resgate Suíço (Rega) com dois médicos. Graças à detecção do telemóvel do
sinistrado, este pôde finalmente ser socorrido, encontrando-se 100 m abaixo da
calçada. Devido à gravidade dos ferimentos e ao terreno acidentado, o homem teve
que ser transportado de maca durante mais de uma hora até chegar à ambulância
que o havia de transportar ao Hospital Regional de Bregenz. Para além das dores, este proprietário ainda terá que suportar os custos do accionamento dos meios de socorro envolvidos. Poder-se-ão atribuir
culpas ao cão, quando competia ao seu dono educá-lo? Seria recomendável passear
o animal à noite em terreno acidentado? Com donos assim, os acidentes tornam-se
incidentes e estes podem reverter-se em desgraça.
PS: A notícia deste incidente não esclarece se o cão foi encontrado ou não.
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