NÓS POR CÁ: A IGREJA DOS ABUSADORES SEXUAIS

 

Quando um homem vai parar à prisão, farto de ouvir o mesmo, a última coisa que quer é deixar cair o sabão na hora do duche, porque os abusadores sexuais são mais do que muitos e espreitam ocasião nos presídios. Lamentável e vergonhosamente, os pais que matriculam os seus filhos num colégio católico ou que os mandam para a catequese da Igreja Romana poderão estar a entregá-los nas mãos de padres predadores sexuais (violadores, estupradores e sodomitas), criminosos que esta igreja tem abrigado debaixo de rigoroso silêncio ao longo dos tempos a despeito do mal causado às vítimas, que tende a acompanhá-las persistentemente durante a sua existência. Ninguém quer preparar os seus filhos para a Primeira Comunhão para depois serem assediados no confessionário, na casa do padre e até dentro da própria igreja, onde virão a ser obrigados às mais diversas práticas sexuais, apesar da sua tenra idade.

Toda a Igreja Católica Apostólica Romana é culpada dos abusos sexuais perpetrados pelo seu clero, porque se uns foram e continuam a ser criminosos, outros omitiram e continuam a omitir os seus crimes, perpetuando-os assim ao longo dos séculos como prática comum e não horrenda!? Talvez esteja na altura de repensar o celibato e de acabar com a sua hipocrisia, de dar maior enfâse à absolvição do que à enumeração dos pecados, prática que muito tem facilitado as arremetidas sexuais dos padres sobre crianças e adultos, colocando em causa o bem-estar e a unidade das famílias afectadas. A Igreja Católica dificilmente sobreviverá a este rude golpe e se porventura vier a sobreviver, não será pelos milenares conluios com os governantes e poderosos deste mundo onde sempre se escudou, mas pelo Amor de Deus que só a pode reerguer. Contudo, se continuar como até aqui a virar as costas ao seu Criador e a fazer do Evangelho palavra de escândalo, é mais do que certo que se esfumará com os seus falsos profetas. Por amor ao próximo, importa continuar a denunciar estes patifes. Mas como o diabo tem poder, com as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa à porta, é possível que estes crimes sejam mais uma vez envoltos em silêncio e os seus autores momentaneamente esquecidos - a tanto se presta a entrada do Papa em cena!