A partir
do treino de anteontem, sábado, vou aqui explicar, mediante a prestação do
binómio Maria/Hobby, quais os 5 passos escolares necessários para a
transposição de obstáculos verticais extraordinários como os de projecção
negativa, que têm a barra de transposição para fora do seu corpo na entrada; as
verticais cruas, que apresentam apenas uma vara vertical a transpor e as
abertas, aquelas cujo corpo do obstáculo permite aos cães ver para além dele,
quando levantadas em cercas, redes, grades; varões de ferro, chapas de vidro e
de acrílico, quando erigidas acima dos 80 cm de altura, por norma entre 1 e 1,2
metros de altura. O treino das verticais abertas, porque tendem a induzir os
cães em erro e a colocar em risco a sua integridade, é obrigatório para os cães
que chamam ou prestam socorro e para todos aqueles que carecem de estar
preparados para evadir-se. Como São obstáculos de execução de risco, há que
usar de todas as cautelas no seu ensino. Conforme se pode observar a foto
acima, o primeiro passo é a APRESENTAÇÃO DO OBSTÁCULO AO CÃO, tendo o cuidado
de se cobrir a parte superior do obstáculo com alguma peça de roupa (ex: o
casaco do dono) para que o animal não se intimide com os arames da rede e veja
que obstáculo está ao seu alcance. O segundo passo caberá ao Adestrador fazê-lo, levando o cão a SALTAR O OBSTÁCULO COM
PROTECÇÃO, porque tem mais experiência do que os donos, podendo
servir-se deles como incentivo para os animais ao colocá-los para lá dos
obstáculos (foto abaixo).
Depois
de verificado o sucesso do Adestrador e com o cão confiante na transposição, é
chegada a vez do dono o convidar para SALTAR O OBSTÁCULO AINDA COM PROTECÇÃO, trabalho
que não dispensará várias transposições com êxito. Quando o entendimento
homem-cão for perfeito e o animal saltar sem dificuldade e folgadamente, é
chegada a altura do passo seguinte.
O
passo seguinte aponta para o SALTO DO OBSTÁCULO SEM QUALQUER PROTECÇÃO,
passo resultante do acerto dos anteriores, que só acontecerá se o condutor se
encontrar seguro de si para que não obste à perfeita prestação do seu cão.
Caso
o cão já tenha obediência para isso, o 5º passo aponta para o SALTO EM LIBERDADE,
altura em que donos e cães rejubilam de alegria e que marca uma nova aptidão
para o serviço que escolheram.
Considerando o bem-estar e a saúde dos cães, também a sua necessidade da experiência feliz, nenhum cão deverá ser convidado para um salto destes se não estiver já aprovado noutros de altura igual. Fora da escola e perante necessidade absoluta, os condutores terão que reduzir estes 5 passos a três: à apresentação do obstáculo, ao salto com protecção e proceder finalmente ao salto em liberdade. Como acontece na esmagadora maioria dos casos, para além de amplamente felicitados, os cães deverão ser generosamente recompensados.
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