O
título acima e que atribuí aos trabalhos de sábado nada tem a ver com a expressão
tradicional piscatória da Póvoa do Varzim, que significa força (para cima) no puxar
dos barcos para a praia, tampouco com o filme homónimo realizado por José
Leitão de Barros em 1942, que foi a sua primeira docuficção, neologismo que
designa uma obra cinematográfica híbrida cujo género se situa entre o
documentário e a ficção com o intuito de reforçar a representação do real com o
recurso a determinada forma de expressão artística. “Ala-Arriba” porque fomos
da mata ao mar e tivemos que vencer as arribas para voltar. Impedidos de trabalhar
à sombra dos pinheiros como era nosso propósito, optámos por atravessar o
pinhal rumo ao mar, parando aqui e ali para efectuar qualquer exercício específico,
como o multidireccional acima efectuado com a maior das “limpezas” pelo CPA
Bohr sobre uma cerca. Bohr que também serviu de exemplo para a CPA Gaia na
transposição de uma cancela conforme se pode ver na foto seguinte.
Como
o CPA Dobby havia cumprimentado sem autorização e efusivamente um brasileiro
perto de casa, decidimos contrariar-lhe a tendência e acabar-lhe com a
ciumeira, convidando o Jorge Filipe vezes sem conta a abraçar a Maria, tendo
esta o cuidado de manter o cão imóvel perante o cumprimento. Diante a resposta
afirmativa do Lupino, ficou claro que a Maria não deve sair à rua com o cão
descomandado, para que ele entenda a diferença entre um cumprimento e uma
tentativa de agressão. Como o Dobby à menor distracção pode agarrar alguém e a Maria
ser surpreendida, enquanto o pastor não estiver devidamente comandado e afinado,
é de todo conveniente que saia à rua com ele açaimado.
Tendo
como marcadores dois cactos gigantes (Agave amarela e verde) colocámos na sua
frente, debaixo do comando de “quieto”, os CPA’s Bohr e Gaia, num lugar onde na sua frente se encontravam vários cães a ladrar repetidamente e em bom som.
Nas
paragens destinadas ao refrescamento dos cães e ao retemperar das forças dos
donos, na ocasião transformados em momentos de supercompensação, aproveitámos a
título de souvenir para tirar algumas fotos, normalmente de 6 em 6 km e em
locas pretensamente mais cómodos. Durante o trajecto e em simultâneo, o
adestrador foi explicando para a Maria quais as plantas espontâneas prontas a
valer-nos em caso de necessidade.
Ao
redor da placa toponímica do nosso destino e com o mar ao fundo, tirámos uma
foto para assinalar a nossa presença e boa disposição, com o Dobby a olhar
curiosamente para a dona e o Jorge Filipe ao telefone (não o largaram de mão
toda a manha!).
Num
momento particular da sua vida, em que pensará a Maria à beira-mar com o seu
cão, deixar-se-á enveredar pela nostalgia ou ganhará força para ir avante com
os seus projectos? Para onde vai a cabeça dela ninguém sabe, mas o Dobby confia
nela e segue-a confiante para toda a parte, como que a dizer: para onde fores, irei
contigo.
Com
as gaivotas a separá-lo do mar, o grupo escolar evoluiu no “junto” de forma
descontraída e segura, debaixo de uma harmonia também fornecida e composta pelo
mar, com a CPA Gaia a reparar nas gaivotas e o CPA Bohr algo desapontado com o
dono (há que reparar nas orelhas do animal).
Empoleirada
sobre um tronco, como é seu hábito, uma vez que é comum vê-la a andar sobre os
telhados, vemos a CPA negra Gaia, decidida, atenta e sempre pronta actuar, um
animal pleno de energia que dificilmente se cansa.
Com
um aquecimento superior a 12 km, os binómios foram ainda convidados para subir
umas pequenas arribas visando o uso do comando de “à frente”. Decidida como é,
a CPA Gaia subiu a pequena arriba num ápice, ajudando assim o seu dono a chegar
ao topo.
Como
ainda falta à Maria a técnica para valer pontualmente ao seu cão, ela foi ajudada
pelo CPA Bohr na subida da arriba, num verdadeiro esforço de ala-arriba!
Com
a praia deserta, connosco andou o Jorge Filipe, trazendo consigo a jovial Gaia,
agora mais assente e menos dada a explosões anímicas, binómio que temos em
grande estima e que normalmente cumpre com galhardia os desafios que lhe são
destinados.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Jorge/Gaia; Maria/Dobby e Paulo/Bohr. O dono do Marquês encontra-se a recuperar, a Pomba Mansa está para chegar e o Pedro Rodrigues continua a convalescer (agora com um carro novo). O tempo e o frio não nos atrapalharam e as alterações ao Plano de Aula decorreram sem qualquer transtorno.
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