Já
morreu há alguns atrás um amigo meu, homem de saudosa e grata memória,
que tinha por estranho hábito mandar rondar o seu CPA negro quando o namorado da
filha se encontrava dentro da sua sala, acabando o pobre coitado borrado de
medo e com algumas trincadelas, contratempos que nunca conseguiram tirar-lhe o
apetite, pois comia que nem uma besta. Mercê de repetidas acções, o cão
transformou-se num excepcional rodante, apesar dos pedidos insistentes da jovem
ao pai para que lhe poupasse o namorado. Sem saber, o falecido ribatejano
estava a ser percursor de um disparate hoje muito em voga – O DE TER UM CÃO PARA MORDER OS
PARCEIROS – incidente que se vem repetindo por toda a parte e
que acontece devido a “causas desconhecidas". Desta vez a proeza aconteceu
ontem, domingo, no distrito alemão de Lütten Klein em Rostock, onde uma mulher
ao ser atacada pelo cão do seu companheiro, acabou por ser transportada para o
hospital com cortes considerados graves, segundo foi relatado na ocasião por um
porta-voz policial.
O cão, já considerado perigoso pelas
autoridades devido ao seu histórico, atacou na tarde de domingo a parceira do
seu dono, uma mulher de 46 anos que se encontrava num prédio de apartamentos.
As equipas de resgate chamadas ao local temeram também vir a ser atacadas e
inicialmente puseram-se em fuga, chamando a polícia de seguida. Quando os
agentes da autoridade chegaram, depararam-se com o cão de pé sobre a mulher
gravemente ferida. Sem outras soluções à vista e perante um novo ataque do animal,
os polícias viram-se obrigados a abatê-lo a tiro para resgatar a vítima e
procederem à sua própria defesa. Não é a primeira vez que um incidente destes
acontece e infelizmente não será o último, já que ele se repete por toda a
parte! Como me nego a acreditar que estes ataques sejam premeditados, aconselho
qualquer um a escolher um cão tendo em conta o seu agregado familiar. Eu bem
sei que namorado não é família, mas nenhum é digno de ser atacado ou eliminado
por um cão, apesar de saber que a maldade humana parece não ter limites.
Diante de incidentes deste género, os parceiros que se cuidem, porque podem vir
a estar em maus lençóis!
PS: Se calhar é mais sensato escolher um companheiro que não tenha cães!
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